domingo, 7 de março de 2010

CENTROS ESPÍRITAS




Alguns centros espíritas erguidos em nome de Jesus, tem sido posto de obsessões e doenças, graças à natureza enfermiça de seus condutores.

Que critério temos adotado para aferir resultados na seara do Cristo? Será eficazes? ou fruto de nossa análise ainda interesseira e autopromotora?
Mais que resultados palpáveis externamente para os beneficiados do centro espírita, importa a construção íntima que edificamos através da escola dos relacionamentos. Homens fundaram casas e mais casas, poucos foram os que consolidaram grupos. É fácil reunir pessoas, díficil é unir pessoas. Sem equipes fraternas e afetuosos, não se tem serviços criativos e ricos de entusiasmos e alegria. Sem isso como avançar em direção ao Espírito do Cristo?

Inimigos ocultos
Existem grupos espírita inúmeros que foram sitiados por inimigos inteligentes, cujo o propósito jamais foi de acabar com o centro. Essa técnica está em desuso há boas décadas. Os gênios da maldade concluíram que, melhor que fechar centros, é mantê-los inoperantes, mediocres, improdutivos, escravo de convenções inúteis. Assim aproveitam da tendência humana de estagnar mentalmente na rotina, e incentivam ao marasmo. Fácil ação! O psiquismo humano está congestionado pelo dogmatismo e pela preguiça.

Assuntos inúteis
Assuntos que até poderiam ter alguma utilidade, tornam-se "bandeiras de ponto de vista". Criam celeumas, ficam melindrados, apoiam-se em textos e discutem como velhos religiosos bem informados, debatendo questões de pouca utilidade.

Sistemas disciplinares rígidos
Com isso os homens se acomodam na ritualidade, e na repetição, no padrão. Bane-se a criatividade, o novo e a experimentação, estabelecendo uma nação de segurança em torno de formas usuais de fazer. Todos os grupos doutrinários na atualidade são convocados a "reaprender a fazer", "aprender a conviver".

Como enfrentar as dificuldades se não existe uma convivência tecida na confiança e no amor?
Que espécie de questionamento e avaliações poderão ser levantados onde existam discórdia e instabilidade nos relacionamentos?
Mas importante que o Espiritismo teórico, é necessário a aplicação de suas lições éticas. Nada impedirá o amor que todos temos a doutrina, esse fato interminável de consolo e luz, todavia, o centro das cogitações da própria doutrina é o amor que devemos uns aos outros. Esse é o foco essencial. A legítima obra do Cristo, constitui-se de pessoas que aprenderam a se amar. De que valerá erguer paredes, escrever livros, distribuir gêneros, instituir pactos, se não aprendermos a perdoar, a aceitar críticas, e a gostar de se relacionar?

Opção ou imposição? Optamos ou optei?
De fato, para evitar o abuso, são necessárias medidas disciplinadoras, mas não exterminadoras ou irredutíveis. O que é mais importante na Obra do Cristo: os sistemas ou as pessoas nela inseridas?

Máscaras
Somos dominados por ímpetos e acabamos assumindo máscaras diversas; prepotência, autoritarismo, ciúmes, controle, teimosia, julgamento, apropriação da verdade, inveja, conivência. A Luz e a treva, degladiam-se em nossa intimidade.

Arrogância
Amplamente vinculado em suas origens ao instinto de "posse". Daí surge o impulso da competição, essa fria "assassina" da fraternidade. A mais destrutíva forma de arrogância é a fascinação, que nutrida pelas certezas pessoais, especialmente em relação a intenção e conduta alheias, ela agrega a perspicácia, transformando-se em intransigência, teimosia, e autoritarismo, atráves de manifestações de convicções irredutíveis.
Os pontos de vista, os julgamentos e toda a idéia definitiva acerca de fatos e pessoas, quase sempre, traduzem o espírito enfermiço do orgulho, a necessidade compulsiva de se sentir superior a alguém; sendo que esse alguém pode ser aquele que tenha tocado nas mazelas interiores e que ainda sem intenções, fez se sentir, pequeno, frágil, e desprovido intelectualmente ou moralmente.

União
A união faz a força, devemos unir nossos pensamentos, nossos corações e firmar no ideal "coletivo". Exemplo do nosso mestre Jesus que mesmo detentor da majestade espiritual, foi em busca de doze companheiros para ajudar na sua missão de amor. A união não deve ser apenas de aglomeração física, mas sobretudo de amor entre todos, aliados pela vontade de servir.

"O relacionamento entre os tarefeiros é responsável pelo campo vibratório das casas doutrinárias. Os sentimentos determinam a qualidade espiritual do ambiente."

texto baseado no Livro: Lírios da Esperança.

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