quarta-feira, 30 de junho de 2010

BOM DIA, CADA DIA UM RECOMEÇO!

Tenha fortaleza e ânimo,
para resistir a todos os embates e
tempestades do caminho.
Não se iluda:
mesmo a estrada do bem
está cheia de tropeços e dificuldades...
Continue, porém!
Não dê ouvidos às pedras colocadas pela inveja,
pelo ciúme, pela intriga...
Marche de cabeça erguida, confiantemente,
e vencerá todos os obstáculos da caminhada.
E, se for ferido, lembre-se
de que as cicatrizes serão luzes
que marcarão a sua vitória.
Minuto de Sabedoria
ABRAÇO
Angel

REUNIÕES PRIVATIVAS

1 - Por que alguns Centros Espíritas não realizam reuniões mediúnicas públicas?
Mais correto perguntar por que muitos as realizam. Pela sua própria natureza, envolvendo a necessidade de harmonização do ambiente, as reuniões mediúnicas devem ser privativas.

2 - O que é essa harmonização do ambiente?
Uma identidade de pensamentos em torno dos objetivos da reunião, buscando a comunhão com a espiritualidade. Isso exige familiaridade com o assunto, o que não se pode esperar de um participante eventual que compareça à reunião sem nenhuma noção sobre o intercâmbio.

3 - O que acontece se não há essa harmonização?
O médium terá dificuldade para captar o pensamento do Espírito comunicante; este terá dificuldade para exprimir-se. Possíveis benefícios a entidades sofredoras ficam prejudicados. E há, ainda, um problema: pessoas com desajustes espirituais podem produzir manifestações anímicas (de sua própria alma) ou de Espíritos em desequilíbrio, tumultuando o ambiente.

4 - Não se poderia conscientizar os frequentadores quanto à seriedade do assunto?
Uma reunião pública pode envolver dezenas de participantes, o que, em si, já é um entrave à harmonização. O outro problema é o ambiente heterogêneo. Neófitos, sem nenhum conhecimento sobre o intercâmbio, tendem a estranhar as manifestações. Não raro acham tudo ridículo e atrapalham ao invés de colaborar.

5 - Como encarar os Centros Espíritas que desenvolvem as reuniões mediúnicas públicas, alegando que são eficientes e ajudam muitas pessoas?
Talvez isso aconteça, eventualmente. Não obstante, devemos cogitar de dois princípios, em se tratando de Espiritismo. Primeiro, o cumprimento das orientações de Allan Kardec. Em O Livro dos Médiuns ele deixa bem claro que a pessoa deve se preparar para a reunião mediúnica, familiarizando-se com os fenômenos. Isso envolve tempo e dedicação ao estudo. O segundo é o empenho por otimizar a reunião.

6 - O que é otimizar?
Como o próprio termo sugere, seria tornar ótimo, fazer alcançar plenamente as finalidades. Uma reunião mediúnica pública pode estar beneficiando pessoas, mas com um potencial, digamos, de quarenta por cento.
Otimizar seria aproximar-se dos cem por cento. Isso somente será possível tornando-a privativa e reduzindo o número de participantes. Pessoal consciente, esclarecido, afinado com os objetivos do intercâmbio.

7 - Os Centros Espíritas que realizam reuniões mediúnicas públicas alegam que se as suprimirem perderão frequentadores, já que as pessoas querem mesmo é o contato com os Espíritos.
Se o Centro criar um serviço de atendimento fraterno, com entrevistas, encaminhamento ao passe magnético, trabalho de vibrações, orientação para leitura, cursos de Espiritismo e mediunidade, fatalmente a frequência tenderá a aumentar, não a diminuir. A experiência demonstra isso.

8 - Há médiuns de bom potencial que estão habituados a essa prática. Considerando seus méritos, não seria complicado impor-lhes mudanças?
Sem dúvida, e é preciso cuidado. Mas é possível amenizar o problema com uma reciclagem, envolvendo cursos e seminários, em que se enfatize a importância dessa disciplina. Sempre é mais fácil a renovação quando as pessoas são esclarecidas e preparadas.
Resumindo: mudemos a cabeça das pessoas antes de mudar o serviço que realizam.

Richard Simonetti

DESAJUSTES ESPIRITUAIS

1 - É comum a pessoa com problemas, envolvendo depressão, angústia, doenças crônicas, ser informada no Centro Espírita: "você é médium". Deve desenvolver sua mediunidade para sarar?
É o que dizem os dirigentes espíritas menos avisados. Não podemos confundir desajuste espiritual com mediunidade a desenvolver.

2 - Mas há casos em que a pessoa vivencia fenômenos espirituais, vendo e sentindo os Espíritos...
Se estiver tensa, doente e nervosa, em face de seus problemas existenciais, experimentará uma superexcitação psíquica que poderá levá-la a ver e sentir o mundo espiritual. Não significa que tenha mediunidade a desenvolver.

3 - O que deve fazer?
Tratar-se espiritualmente, procurando um Centro Espírita bem orientado, onde funcione o "atendimento fraterno", e um companheiro esclarecido que a oriente quanto às providências necessárias em favor de sua estabilidade física e psíquica.

4 - Ao falar em Centro Espírita bem orientado você quer dizer que há os que não têm boa orientação?
Infelizmente, sim. Nem sempre os dirigentes preocupam-se com o estudo das obras básicas da Doutrina, particularmente O Livro dos Médiuns, em se tratando de mediunidade. Fazem um Espiritismo "à moda da casa", distanciando-se das normas.

5 - Como a pessoa vai saber se seus problemas são decorrentes do desabrochar de uma faculdade mediúnica ou mero fruto de desajustes espirituais?
Em princípio não deve se preocupar com isso. Ainda que tenha mediunidade a desenvolver, é fundamental que faça o tratamento espiritual e supere seus desajustes. Depois se cogitará dessa possibilidade.

6 - Mas, se for médium, como poderá ajustar-se sem frequentar reuniões mediúnicas?
Seu equilíbrio não está subordinado a essa participação. Sua presença, em princípio, é contraproducente. Se for médium, ampliará sua sensibilidade, sem saber como controlá-la. Acentuará os próprios desajustes.

7 - No que consiste esse "tratamento espiritual"?
Basicamente, seria a aplicação de passes magnéticos, o encaminhamento de seu nome às reuniões mediúnicas adequadas a essa assistência, o uso da água fluidificada e a assimilação de orientação doutrinária, envolvendo reuniões públicas e leitura de livros espíritas indicados.

8 - Não raro a pessoa está sob cuidados médicos. Como fica?
Deve ser alertada de que o tratamento espiritual não dispensa o concurso do médico. Psiquismo exacerbado por influências espirituais ou desajustes mediúnicos têm repercussão no corpo físico, originando, não raro, problemas que exigem a atenção de especialistas. O ideal, portanto, será conjugar ambos os tratamentos.

Richard Simonetti
Mediunidade- Tudo o que você precisa saber

INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS

1 - Geralmente as pessoas têm dificuldade para manter a estabilidade emocional. Variam muito, da tristeza à alegria, da depressão à euforia, do bom ânimo ao desalento. Nem sempre essas emoções estão associadas ao dia-a-dia. Tem algo a ver com mediunidade?
Sem dúvida! Essa ciclotimia, essa diversificação inexplicável de estados emocionais, está associada à natureza dos Espíritos que se aproximam de nós, das influências que sofremos.

2 - As almas dos mortos?
Sim. Homem desencarnados, libertos da matéria, mas presos aos interesses humanos. Permanecem entre nós e nos influenciam, motivam e até conduzem. Na questão 459, de O Livro dos Espíritos, os mentores espirituais que respondem a Kardec informam que essa influência é tão intensa que, não raro, são eles que nos dirigem.

3 - Por que fazem isso? Qual o seu propósito?
As motivações desses Espíritos atendem à sua própria condição. Há os que estão perplexos e querem ajuda; os que se divertem em atazanar os encarnados; os que exercem vingança; os que se vinculam aos vícios e desejam intermediários para satisfazer-se...

4 - Como distinguir nosso pensamento daquele que é inspirado por um desencarnado?
Em princípio é difícil, porqüanto o fluxo mental dos Espíritos aos quais nos associamos exprime-se em nossa mente como se fossem nossos pensamentos, algo de nosso íntimo.

5 - Isso significa que tanto pensamentos quanto emoções podem refletir simplesmente o que se passa com o Espírito que se aproxima?
Exatamente, mas é preciso considerar a questão da sintonia.
Geralmente essas entidades guardam compatibilidade com nossa maneira de ser, tendências e idéias.

6 - Segundo esse princípio, seria impossível, por exemplo, um Espírito induzir ao suicídio alguém que jamais cogitasse de tal iniciativa?
Sim, se o desencarnado consegue incutir napessoa o desejo de matar-se, certamente ela é simpática a essa idéia, admite-a e chega a acalentá-la.

7 - Como podemos superar essas influências negativas, habilitando-nos a receber apenas boas influências?
Na questão 469, de O Livro dos Espíritos, Kardec faz essa mesma pergunta. O mentor proclama, incisivamente: Praticando o Bem e pondo em Deus a vossa confiança... Temos aí precioso roteiro para nos livrarmos de influências negativas.

8 - Como funciona?
A confiança em Deus sustenta o equilíbrio das emoções, nas situações difíceis, evitando os estados depressivos que nos tornam vulneráveis às influências inferiores; a prática do Bem nos coloca em sintonia com as fontes da Vida, facultando a infalível proteção dos benfeitores espirituais.

Mediunidade- Tudo que você precisa saber.
Richard Simonetti

O REINO DE DEUS

Jesus não se cansou de nos dizer que precisamos trabalhar ativamente para alcançarmos o reino de Deus ou o reino dos céus, como também é chamado.
Onde estará situado esse reino maravilhoso do qual Jesus nos falava continuamente e com tanto entusiasmo?
O reino de Deus está situado em toda a parte; é o universo, é o espaço sem fim, são os milhões de estrelas; é o sol, é a lua, é a Terra.
Neste reino imenso uns são felizes e outros são infelizes.
São felizes aqueles que possuem uma consciência pura.
Os que possuem uma consciência pura são os obedientes, os bondosos, os trabalhadores, os estudiosos e todos os que vivem em paz com seus irmãos, sem prejudicá-los.
São infelizes os que são acusados por sua consciência dos erros que praticaram.
Os vadios, os malvados, os ignorantes, os preguiçosos e os inúteis são infelizes.
Nossa consciência é o nosso juiz. Ela julga todos os nossos atos e coloca-nos automaticamente nos planos felizes ou infelizes do reino de Deus.
Entretanto, Deus não quer que seus filhos culpados sejam infelizes para sempre; perdoa-lhes e lhes fornece os meios de se tornarem felizes pelo bem que começarem a fazer.
Não há ninguém excluído do reino de Deus. Cada espírito o sente de acordo com o grau de adiantamento e de purificação a que chegou.
O mundo espiritual tem esplendores por toda a parte, harmonias e sensações que nós, que ainda estamos presos à matéria, não podemos ver e que somente são acessíveis aos espíritos purificados.
No reino de Deus todos os espíritos trabalham; desde o mais pequenino até o mais luminoso, todos têm o seu dever a cumprir. A cada um segundo sua capacidade.
Os mais puros fazem parte do conselho supremo de Deus e conhecem todos os seus pensamentos. Uns são encarregados da direção de um mundo: a Terra, por exemplo, é dirigida por Jesus.
Outros zelam pelo progresso das nações, outros protegem as famílias e outros os indivíduos.
Por toda a parte há progresso, há vida, há trabalho, há felicidade.
Unicamente de nós depende sermos dignos de contemplar o majestoso reino de Deus.


52 Lições de Catecismos Espírita
Eliseu Rigonatti