quarta-feira, 4 de agosto de 2010

BOM DIA!

Eleve seu coração em prece!
Mas evite recitar fórmulas lidas ou decoradas.
Que de seu coração partam as palavras espontâneas,
como você faz quando conversa com
um amigo querido.
Prece não é obrigação que alguém desempenhe
para "ver-se livre de um peso".
Ore fervorosamente,
mas sentindo as palavras que profere,
para que a ligação com as Entidades
Angélicas seja efetiva e real.
Faça da Oração um hábito indispensável à saúde espiritual.
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ABRAÇO FRATERNO

21ªAULA - G.E DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

Capítulo 20
Obsessão: Tratamento, Prognóstico e Profilaxia

Antes de Jesus, os obsediados eram marginalizados; objetos de curiosidade e de terror.
Isolados pelos próprios familiares, padeciam sob a ação ainda maior dos "inimigos" espirituais.
Com a vinda do Mestre, chegou a lição do amor. Como remédio e como alimento para ambos os doentes: obsessor e obsediado.
O verdadeiro trabalho de desobsessão se iniciou com Jesus ensinando aos homens que o amor deve ser o alicerce de toda terapêutica.

Com o passar dos tempos, os homens se esqueceram, deturparam também estes ensinamentos e foi necessária a vinda da terceira revelação, o Consolador Prometido, para que a luz novamente se fizesse. Foi a Doutrina Espírita que realmente traçou diretrizes lógicas, seguras e eficazes para o tratamento da obsessão.

O processo obsessivo, para realmente ser resolvido, necessita a atuação terapêutica no obsessor e no obsediado.
Poderíamos dividir o estudo do tratamento da obsessão, analisando a terapêutica espírita e a terapêutica médica, que devem ser avaliadas adequadamente.
Tratamentos

a) Reforma Moral (Auto-desobsessão):
A auto-desobsessão tem um item óbvio que é a reforma moral do obsediado. É um trabalho consciente e necessário, de mudanças de hábitos e pensamentos. Substituindo os hábitos por pensamentos e sentimentos de elevado conteúdo moral.
Como sabemos, a conduta e os hábitos do obsediado atuam como causa secundária, facilitando a instalação do processo obsessivo, em conjunto com a causa primária (débito do passado).
Reforma moral é esta auto-educação de valores e sentimentos.
O meio mais fácil de atingir este objetivo é pela prática da caridade com Jesus. A caridade é terapia. Conseguirá o obsediado, aos poucos, convencer o seu obsessor de sua renovação moral e também desfrutará de elevadas companhias espirituais.

b) Fluidoterapia:
"O obsediado fica envolto e impregnado de seu fluido pernicioso... é deste fluido que importa desembaraçá-lo." (A Gênese, Cap. XIV, item 46)
O obsessor envolve fluidicamente o obsediado, absorvendo-lhe os fluidos benéficos, substituindo-os por fluidos deletérios.
Só existe um meio de retirarmos estes maus fluidos, é substituindo-os por bons fluidos, como afirmava o sábio mestre lionês. Para isso, é fundamental a fluidoterapia, feita pelo passe e pela água fluidificada.

c) Frequência ao Centro Espírita:
A frequência do obsediado ao Centro Espírita é muito importante no tratamento: permite a instrução espírita, facilita o hábito de bons pensamentos, permite a prática da caridade com Jesus, permite o acesso mais fácil à fluidoterapia, etc.
Um fato importante, é que em grande número de casos, quando o obsediado penetra no Centro Espírita, leva consigo o seu obsessor(es), fato permitido pela espiritualidade maior, para propiciar o auxílio renovador também para o "irmãozinho perseguidor".
A frequência ao Centro Espírita deverá ser cobrada ao obsediado e também à sua família.

d) Culto no Lar:
o papel importante do equilíbrio no lar, como base para o equilibro de todos nós. O obsediado, mais do que ninguém, precisa de um porto seguro e bem aparelhado. Como sabemos, é muito comum o envolvimento dos familiares do obsediado no quadro obsessivo, pois, muitas vezes, são grupos de Espíritos devedores que se reúnem para enfrentarem o mesmo problema expiatório.
O culto do evangelho no lar facilita a frequência de bons Espíritos no lar do obsediado, permite a penetração do Evangelho de Jesus na vida de todos.

e) Laborterapia:
Quando trabalhamos, seja qual for o tipo de trabalho, ocupamos nossa mente, e os maus pensamentos, a influência dos Espíritos menos felizes, são repelidas. Mãos ocupadas, eis um bom antídoto contra a obsessão.

f) Participação da Família:
Não somente o obsediado deve ser conscientizado da importância de sua participação na terapêutica desobsessiva, mas também os seus familiares. Muitas vezes, o desequilíbrio do obsediado chega a tal ponto que a participação da família assume ainda maior importância.

g) Apoio de Um Grupo Mediúnico:
A ação da equipe espiritual de ajuda, se tornará mais evidente, quando houver a participação de um grupo mediúnico sério. Ambos Espíritos envolvidos serão beneficiados. O envolvimento carinhoso, o esclarecimento evangélico e doutrinário, realizado por um grupo mediúnico, serão extremamente benéficos ao obsessor e ao obsediado.
Importante enfatizar, que a presença do obsediado à reunião mediúnica é dispensável e até mesmo prejudicial.
A frequência de uma pessoa desequilibrada na reunião mediúnica é muito danosa, entre outros inúmeros fatores, quebra a harmonia do grupo, fator fundamental para um trabalho eficiente de desobsessão.

h) A Terapêutica Médica:
A terapêutica desobsessiva deve sempre ser orientada tendo como base estes dois aspectos: a terapêutica espiritual e a terapêutica médica, pois a não utilização de uma delas pode levar a um tratamento ineficiente e incompleto.
Como Espírito encarnado, possuindo Espírito, perispírito e corpo físico, o obsediado terá alterações psíquicas e orgânicas variadas e importantes, desde o início do quadro e no decorrer do mesmo. Para o equilíbrio, o êxito, a terapêutica desobsessiva deve estar alicerçada sobre esses dois suportes:A Terapêutica Médica e a Espiritual

O medicamento é extremamente importante para muitos obsediados pois permite sua socialização, a sua reintegração familiar, o retorno ao trabalho, sua melhor íntima, dispensando alguns internamentos, etc.
A psicoterapia e o internamento em alguns quadros de obsessão assumem papel muito importante. Sempre que indicados pelo médico assistente devem ser incentivados e respeitados por nós.

Bibliografia
1) O Livro dos Médiuns - Allan Kardec
2) Grilhões Partidos - Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo P. Franco
3) Obsessão e Desobsessão - Suely Caldas Schubert
4) Diálogo com as Sombras - Hermínio C. Miranda

NEM CASTIGO, NEM PERDÃO

Um dos maiores temores que vibram no coração do homem é o medo do castigo divino.
Convivendo com a possibilidade de que Deus possa se ofender e castigá-lo por suas faltas, o indivíduo sofre e se divide entre o amor e o temor de Deus.
Atribuindo ao Criador os mesmos vícios que ainda possui, o ser humano teme ser castigado a qualquer momento por um Deus caprichoso e cruel que está sempre à procura de defeitos para se vingar, impondo-nos sofrimentos.
Paulo, o apóstolo, se manifestou a respeito desse tema dizendo o seguinte:
"Gravitar para a unidade divina, eis o fim da humanidade".
Para atingi-lo, três coisas são necessárias: a justiça, o amor e a ciência. Três coisas lhe são opostas e contrárias: a ignorância, o ódio e a injustiça.
Pois bem! Digo-vos, em verdade, que mentis a estes princípios fundamentais, comprometendo a idéia de Deus, exagerando-lhe a severidade.
Duplamente a comprometeis, deixando que no espírito da criatura penetre a suposição de que há nela mais clemência, mais virtude, amor e verdadeira justiça, do que atribuis ao ser infinito.
Quem é, com efeito, o culpado? É aquele que, por um desvio, por um falso movimento da alma, se afasta do objetivo da criação, que consiste no culto harmonioso do belo, do bem, idealizados pelo arquétipo humano, pelo Homem-Deus, por Jesus-Cristo.
Que é o castigo? A conseqüência natural, derivada desse falso movimento; uma certa soma de dores necessária a desgosta-lo da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento.
Assim, o que se chama castigo é apenas a conseqüência das leis naturais.
É graças à dor física que a criatura procura o remédio para sua enfermidade. É graças ao sofrimento moral que a alma busca a própria cura.
O sofrimento só tem por finalidade a reabilitação, o retorno do aprendiz ao caminho reto.
Como podemos perceber, o mal não é de essência divina, é gerado pelas criaturas, ainda imperfeitas.
O sofrimento não é imposto por Deus como castigo, é o efeito natural do falso movimento da criatura, e que a estimula, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma, a voltar ao objetivo traçado pelas leis divinas, que é a harmonia.
E essas leis são justas, imparciais e amorosas. Um exemplo disso acontece quando um homem, enlouquecido, assassina várias pessoas, foge e, na fuga, se fere profundamente.
O que acontece com seu organismo? Suas células, obedecendo a lei natural, começam imediatamente a se movimentar para estancar o sangue, cicatrizar a ferida e expulsar os germes que causam infecção.
Se Deus quisesse castiga-lo, derrogaria suas próprias leis e faria com que as células desse indivíduo não trabalhassem a seu favor, mas se rebelassem e o deixassem morrer. Afinal, ele é um criminoso!
Mas não é isso que acontece. As leis divinas seguem naturalmente seu curso. O sol brilha, incansável, sobre justos e injustos, sem se importar com o que acontece sob sua luz.
A chuva cai sobre a mansão e sobre o casebre. O frio fustiga a pobres e ricos. As catástrofes naturais arrebatam sábios e ignorantes, velhos e crianças, fortes e fracos.
Por todas essas razões devemos entender que o Criador não derroga suas próprias leis para nos punir ou para nos premiar.
As nossas ações é que geram efeitos sobre essas leis. As boas ações geram efeitos positivos, e as infrações às leis geram efeitos desajustados.
Nada mais justo do que esta sentença: "a cada um segundo suas obras."
Nem castigo, nem perdão. Deus não castiga porque suas leis são de amor, e não perdoa porque jamais se ofende.
Pensemos nisso, e busquemos atender essas leis soberanas que estão inscritas em nossa própria consciência.

Autor: Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita
(http://www.momento.com.br/),
com base no item 1009 de O Livro dos Espíritos,
de Allan Kardec.

SABE ONDE ESTAMOS NOS PERDENDO?

É comum surgirem crises nas instituições humanas. Somos seres falíveis, com inúmeras limitações e dificuldades, e nossas falhas pessoais refletem-se diretamente nas atividades a que nos dedicamos ou nas instituições a que nos vinculamos, seja na condição de funcionário, voluntário, diretor ou mero colaborador.

Estas crises podem receber vários títulos: desorganização, desencontro, melindres, desentendimentos, agressões, separações, divisões, disputas, intrigas, "fofocas de bastidores", abandonos, brigas, inimizades, calúnias, desastres financeiros e administrativos, entre tantos outros adjetivos que poderíamos colocar.

E as instituições espíritas, compostas por seres humanos
igualmente falíveis que todos somos, não estão livres desses pesadelos que colocam a perder grandes investimentos de pioneiros, no passado, como de dedicados trabalhadores do presente. Isso nos dois planos da vida e não exclusivamente do ponto de vista material, mas especialmente na valorização da condição humana nas diversas áreas que se queira relacionar.

Muitas dessas crises são oportunidades de crescimento; outras poderiam ser evitadas e muitas – a maioria delas – simplesmente surgem porque ainda nos deixamos perder por bagatelas do relacionamento. Porém, sabe-se de onde se originam?

É simples. Muitas crises são construídas paulatinamente pela nossa invigilância, quando:
a. Consideramo-nos indispensáveis;
b. Tornamo-nos centralizadores e deixamos de preparar sucessores ou continuadores;
c. Desejamos impor pontos de vistas, considerando que somente nós sabemos;
d. Tornamo-nos indiferentes aos sentimentos das pessoas;
e. Desejamos fazer como achamos que deve ser feito, desconsiderando posições alheias;
f. Desejamos abraçar todas as tarefas, concentrando-as em nossa incomparável capacidade e experiência;
g. Tomamos para nós o título de enviado, missionário, porta-voz da espiritualidade ou aquele trabalhador sempre consciente e infalível;
h. Tornamo-nos fiscalizadores da conduta alheia;
i. Deixamo-nos levar pela crítica contumaz aos esforços alheios...
j. Quando levamos para o lado pessoal...
k. Quando consideramos as outras pessoas incapazes de levar adiante qualquer tarefa e as marginalizamos pelo ponto de vista de nossa opinião pessoal.

Será preciso continuar com tão nefasta relação? Não, são as circunstâncias humanas, não é mesmo? Infelizmente. Mas é daí que surgem as crises, que nem sempre são construtivas.

Nossos pensamentos infelizes, nossa língua inoportuna, nossos gestos e posturas destroem iniciativas e "matam" ambientes, relacionamentos e instituições.

Pessimismo? Exagero? Penso que não.
Estamos nos deixando perder por bagatelas... Voltemo-nos para a finalidade principal de nossa amada e grandiosa Doutrina Espírita: o aprimoramento moral de nós mesmos.

Autor: Orson Peter Carrara
http://www.carlosparchen.net/teste.html

COMO MELHORAR

Há um meio prático de se melhorar nesta vida, moralmente falando, resistindo às más tendências e procurando adquirir mais virtudes.
Uma recomendação do filósofo Sócrates indica o melhor caminho: Conhece-te a ti mesmo!

Isso significa uma viagem interior de questionamentos, uma entrevista onde somos o entrevistado e o entrevistador.
Sim, questionarmos a nós mesmos, avaliando diariamente o próprio comportamento para averiguar se alguém tem algo a reclamar de nós ou se cumprimos com o próprio dever no dia que passou.

Esta auto-avaliação pode ser resumida em cinco itens:
a) Interrogarmo-nos sobre o que temos feito;
b) Com que objetivo fizemos ou agimos dessa ou daquela forma;
c) Se fizemos algo que censuraríamos se praticado por outra pessoa;
d) Se algo fizemos que não ousaríamos confessar;
e) Se ocorresse a morte, teríamos temor do olhar de alguém?

E poderíamos ainda examinar se agimos contra Deus, contra nosso próximo e contra nós mesmos. As respostas obtidas nos darão o descanso para a consciência ou a indicação de um mal que precisa ser curado.

Havendo dúvida sobre determinado comportamento, há ainda um passo decisivo:

“(...) Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não na podereis ter por legítima quando fordes o seu autor (...) “.

Esta dica, inclusive é precisa para possíveis questionamentos sobre ilusões do julgar-se a si mesmo, atenuando as faltas ou tornando-as desculpávies.
Se censuramos no comportamento de outra pessoa, é sinal que não aceitamos. E, portanto, trata-se de comportamento que não devemos adotar.

A formulação nítida e precisa de questões dirigidas a nós mesmos sobre o móvel de nossas ações ou o questionamento de nossas motivações é o caminho de nos conhecermos. E, convenhamos, conhecendo a nós mesmos, alcançaremos a reforma moral.

Imagine-se agora se cada ser humano travar essa intensa luta consigo mesmo para melhorar-se a si mesmo, teremos um mundo melhor. É o que todos desejamos, não é?

Anotações preciosas essas, de Santo Agostinho, na resposta à questão 919 de O Livro dos Espíritos.

Orson Peter Carrara
http://www.carlosparchen.net/teste.html