terça-feira, 17 de agosto de 2010

BOM DIA!

Verifica o que semeias.
Toda colheita é segura.
Aquilo que procuramos
Vem sempre à nossa procura.

Casimiro Cunha

Estejamos atentos as nossas semeaduras,
para que não venhamos a reclamar,
da nossa colheita.

Abraço fraterno
Angel

DEUS E O INFINITO E PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS

 I - Deus e o Infinito
a) "Deus e a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas."
b) “Deve-se entender por infinito o que não tem começo nem fim: o desconhecido, tudo o que e desconhecido é infinito."
c) “Poder-se-ia dizer que Deus e o infinito, porém, e uma definição incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir que está acima da linguagem dos homens." E tomar atributo de uma coisa pela própria coisa.
E definir uma coisa desconhecida por outra desconhecida. O Universo e uma abstração.

II. Provas da existência de Deus
a) Pode-se encontrar a prova da existência de Deus num axioma que aplicamos as nossas ciências. Não há efeito sem causa. Procuremos a causa de tudo o que não é obra do homem e a nossa razão responderá."
b) "A dedução que se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus é a de que Deus existe. E ainda uma consequência do princípio - não há efeito sem causa".
c) "O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não é fruto da educação nem resultado de idéias adquiridas. Se assim, fosse, os selvagens não teriam esse sentimento."
d) "Não está nas propriedades da matéria a causa primária da formação das coisas. E sempre indispensável uma causa primária."
e) "A opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria ao acaso, é absurda. O homem de bom-senso não pode considerar o acaso um ser inteligente, pois que o acaso é nada."
f) "O que se revela na causa primária, uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências, e que pela obra se conhece o autor. A obra é o Universo. Basta procurar o autor. A incredulidade é gerada pelo orgulho. O homem orgulhoso nada admite acima de si."
g) Há inteligência nas manifestações gerais do universo; homem não pode criar o que cria a natureza. Então a causa mater da natureza e uma inteligência superior a humanidade.

Estudo Sintético do Livro dos Espíritos
Parte Primeira, Capitulo I, perguntas 01 a 09.cvdee

O HOMEM NO MUNDO

O Espiritismo é um processo de integração do homem no mundo e não de fuga. Todas as formas de isolamento social e de segregação religiosa são condenadas pela Doutrina. Os resíduos do sectarismo religioso, alimentados em várias encarnações, permanecem ainda bastante ativos em alguns adeptos, fazendo-os sonhar com um isolacionismo sectário que atenta contra a própria essência dos ensinos espíritas. É o fermento velho a que se referiu Jesus, como vemos no Evangelho.
O Cristianismo teve de enfrentar esse mesmo problema em seu desenvolvimento. E, apesar da vitória das correntes cristãs mais ativas, não foi possível evitar-se a criação de ordens e congregações dedicadas à vida contemplativa, empenhadas na fuga ao mundo para o encontro com Deus. Essa tendência à fuga é característica das religiões orientais. Basta comparamos a vida contemplativa e os ensinos disciplinares de Buda com a vida ativa e os ensinos morais do Cristo, para vermos a diferença entre o espírito oriental e o espírito ocidental nas religiões.

Na mensagem intitulada "O homem no mundo", constante do capítulo XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos o seguinte trecho:

"Não penseis que, ao vos exortar à prece e à evocação mental, queiramos levar-vos a viver uma vida mística que vos mantenha fora das leis da sociedade. Não. Vivei com os homens do vosso tempo, como devem viver os homens. Sacrificai-vos às necessidades e até mesmo às frivolidades de cada dia, mas fazei-o com o sentimento de pureza que as possa purificar".

E no capítulo "A Lei de Sociedade", de O Livro dos Espíritos, a afirmação é taxativa:
"Os homens são feitos para viver em sociedade".

 E foi o próprio Jesus quem ensinou que não devemos esconder a lâmpada embaixo da cama, mas colocá-la no alto, para que ilumine a todos.
Irmão Saulo

Do livro “Na Era do Espírito”.
Francisco C. Xavier e Herculano Pires.
Espíritos Diversos.

A PARÁBOLA DO SEMEADOR

Um semeador, como fazia todos os dias, saiu de casa e se dirigiu ao seu campo para nele semear os grãos de trigo que possuía, honrando a Deus com seu trabalho honesto.
Começou a semeadura. Enquanto lançava as sementes ao campo, algumas caíram no caminho, na pequena estrada que ficava no meio da seara.
Você sabe que os passarinhos costumam acompanhar os semeadores ao campo, para comer as sementes que caem ao chão? Pois, isso aconteceu na história. Alguns grãos caíram à beira da estrada, e os passarinhos, rápidos, desceram e os comeram.
O semeador, porém, continuou semeando. Outras sementes caíram num lugar pedregoso. Havia ali muitas pedras e pouca terra. As sementes nasceram logo naquele solo, que não era profundo. O trigo cresceu depressa, mas, vindo o sol forte, foi queimado; e como suas raízes não cresceram por causa das pedras, murchou e morreu. Outros grãos caíram num pedaço do campo onde havia muitos espinheiros. Quando o trigo cresceu, foi sufocado pelos espinhos e também morreu. Uma última parte das sementes caiu numa terra boa e preparada, longe dos pedregulhos e das sarças. E o trigo ali semeado deu uma colheita farta. Cada grão produziu outros cem, outros sessenta ou outros trinta...

As nossas almas,são comparáveis aos quatro terrenos da história: “o terreno do caminho”, “o solo cheio de pedras”, “a terra cheia de espinheiros e “o terreno lavrado e bom.
Jesus é o Divino Semeador. A semente é a Sua Palavra de bondade e de sabedoria. E os diversos terrenos são os nossos corações, os nossos Espíritos, onde Ele semeia Seus ensinamentos, cheio de bondade para conosco.
E como procedemos para com Jesus? Como respondemos à Sua bondade? O modo como damos resposta ao amor cuidadoso do Divino Mestre é que nos classifica espiritualmente, isto é, mostra que espécie de terreno existe em nossa alma. Cada coração humano é uma espécie de terra, um dos quatro solos da parábola.
Vejamos, então:
Quando alguém ouve a palavra do Evangelho e não procura compreendê-la, nem lhe dá valor, aparecem as forças do mal (os Espíritos maldosos, desencarnados ou encarnados) e arrebatam o que foi semeado no seu coração, tais como os passarinhos comeram as sementes... E sabe de que modo? Fazendo com que a alma esqueça o que ouviu, dando outros pensamentos à pessoa, fazendo com que ela se desinteresse das coisas espirituais. E a alma fica indiferente aos ensinamentos divinos. O coração dessa pessoa é semelhante ao “terreno do caminho”, onde a semente não chegou a penetrar.
E o segundo terreno, o pedregoso?
Esse terreno é a imagem da pessoa que recebe os ensinos de Jesus com muita alegria. São exemplos as pessoas entusiasmadas com o serviço cristão mas cuja animação dura pouco. Quando surgem as zombarias, as perseguições ou os sofrimentos, a alma, que é inconstante, abandona o caminho do Evangelho.
O terceiro solo é a “terra cheia de espinheiros “. É o caso das pessoas que recebem a palavra do Evangelho, mas, depois abandonam o caminho cristão por causa das grandezas falsas do mundo e da sedução das riquezas. Ouviram o Evangelho, mas se interessaram mais pelos negócios, pelos lucros, pelas
vaidades da vida, pelo cuidado exclusivo das coisas da terra. E passaram a interessar-se somente pelos problemas de dinheiro ou de modas, pelos ídolos do cinema ou do futebol. Não querem mais nem Jesus, nem lições de Evangelho. Só pensam em automóveis de luxo.
A princípio, sabiam repartir com os pobres o seu dinheirinho, porém, agora só pensam em juntá-lo: acaridade morreu nos seus corações. O mundo, com suas riquezas falsas (que terminam com a morte), seduziu suas almas e sufocou a plantinha de Deus em seus espíritos. Trocaram Jesus pelos sonhos e ambições de carros de luxo, de figurinos, de roupas elegantes, de campos de esporte, de concursos de beleza, de grandezas sociais... A plantinha de Deus foi sufocada pelos espinhos do egoísmo e das ilusões da vida material. E morreu...
O quarto terreno, “a terra lavrada e boa, é o símbolo do coração que escuta o Evangelho, procurando compreendê-lo e praticá-lo na vida. E a alma que estuda a palavra do Senhor, percebendo que está neste mundo para aprender a Verdade e o Bem. E, assim, dá frutos de bondade e eleva-se para Deus. Abandona seus vícios e maus hábitos, dedicando-se à prática das virtudes, guardando a fé no coração, socorrendo carinhosamente os necessitados e sofredores e buscando os conselhos de Deus no Evangelho de Cristo.
Aí está a Parábola do Semeador. Medite nela. Que você, guardando a humildade de coração, se esforce para ser, se ainda não o é, o bom terreno, que recebe os grãos de luz do Divino Semeador e dá muitos frutos de sabedoria e bondade.

(Mateus, capítulo 13º, versículos 1 a 9, e 18, a 23)

EXAMINEMOS A NÓS MESMO

O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente melhor.
Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima.
Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário.
Testa a paciência própria:
- Estás mais calmo, afável e compreensivo?
Inquire as tuas relações na experiência doméstica:
- Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa?
Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário: - Colaboras com mais euforia na seara do Senhor?
Observa-te nas manifestações perante os amigos:
- Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes?
Reflete em tua capacidade de sacrifício:
- Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente?
Pesquisa o próprio desapego:
- Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres?
-Usas mais intensamente os pronomes "nos", "nosso" e "nossa" e menos os determinativos "eu", "meu" e "minha"?
Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros?
Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma?
Dissipaste antigos desafetos e aversões?
Superastes os lapsos crônicos de desatenção e negligência?
Estudas mais profundamente a Doutrina que professas?
Entendes melhor a função da dor?
Ainda cultivas alguma discreta desavença?
Auxilias aos necessitados com mais abnegação?
Tens orado realmente?
Teus idéias evoluíram?
Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança?
Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais abençoadoras?
Evangelho é alegria no coração:
- Estás, de fato,mais alegre e feliz intimamente, nestes três últimos anos?

Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo!
Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te não vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.
Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.
Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária.
Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar diretrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil...


LE - Questão 919
OPINIÃO ESPÍRITA
Chico Xavier e Waldo Vieira
Espíritos André Luiz e Emmanuel