quarta-feira, 1 de setembro de 2010

BOM DIA!

Se abraçaste o ministério do bem,
segue adiante e não temas.
O mal que possas sofrer é a preparação do bem
que te propões a concretizar.
O vaso não consolida a própria forma
sem o calor do forno que o molesta.
O trigo não se faz pão autêntico
sem o processo de esmagamento que o tritura.
Entrega-te a Deus,
a bem dos outros e
Deus saberá usar-te em teu próprio bem.
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Aquele que se propõe a fazer o bem,
deve estar preparado para enfrentar o mal como obstáculo.
Mas não devemos desânimar, pois, para que possamos nos transformar em seres humanos melhores, é necessário enfrentar as adversidades. Só assim nos fortaleceremos e consolidaremos, a força e a luz que trazemos dentro de nós. Aqueles que acreditam que a vida, é um eterno aprendizado, do qual o destino é o retorno ao Pai, perseverará sempre!

Abraço Fraterno

AMOR E PAIXÃO

A jovem pergunta:
– Chico, amor é sinônimo de paixão?
– Ah! minha filha, amor é comidinha fresca, roupa lavada e passada, mamadeira prontinha… Paixão é como o Joelma, pega fogo e acaba tudo!

Com a simplicidade e a jovialidade dos sábios, o médium estabelece diferenças fundamentais entre esses dois substantivos, equivocadamente tomados à conta de sinônimos.

A Paixão
A paixão situa-se nos domínios do instinto, busca apenas a auto-afirmação, o prazer a qualquer preço, sem preocupações além da hora presente.
Estribando-se no desejo de comunhão sexual, a paixão é fogo arrebatador, que obscurece a razão e leva ao desatino, deixando, depois, apenas cinzas, como aconteceu com o Edifício Joelma.
George Bernard Shaw, com a irreverência que o caracterizava, dizia:

"Não há diferença entre um sábio e um tolo, quando estão apaixonados".

O apaixonado ama como quem aprecia um doce.
Deleita-se!
É saboroso! Satisfaz o paladar!

Por isso logo deixa de amar, atendendo a várias razões:
• Saciou-se.
• Enjoou.
• Deseja novos sabores.

A partir daí, há campo aberto para o adultério e a separação, sem que a pessoa tome consciência do mal que causa ao parceiro e, principalmente, à prole, quando há filhos.

Enquanto perdura a paixão, podem ocorrer problemas mais graves e comprometedores:

• Crimes.
Bárbaros assassinatos são cometidos por amantes que se sentem traídos e negligenciados ou que foram abandonados. Perdendo o domínio sobre o parceiro, tratam de eliminá-lo, como quem joga fora um doce que azedou.

• Maus tratos.
É característica masculina, própria de machistas incorrigíveis, sempre dispostos a agredir para impor sua vontade, com o que apenas conturbam a relação, matando a afetividade na parceira.

• Suicídio.
Uma das causas mais comuns dessa ação nefasta, que precipita o indivíduo em sofrimentos inenarráveis no Mundo Espiritual, é a paixão contrariada. O sentir-se traído, negligenciado, ou não correspondido.

O Amor
O amor situa-se nos domínios do sentimento.
Sustenta-se numa regra básica: pensar no bem-estar do ser amado, com a consciência de que nossa felicidade está diretamente subordinada a esse empenho.
O amor que mais se aproxima desse ideal é o materno.
A mãe está disposta a todos os sacrifícios em favor do filho, porque o bem dele é o seu próprio bem.
É aquele “espelho em que se mira, admirada, luz que lhe põe nos olhos novo brilho”, conforme o poema famoso de Coelho Neto.
As uniões felizes, os casamentos que se estendem além da morte, ensejando reencontros felizes na Espiritualidade, são aqueles em que os cônjuges revelam maturidade suficiente para mudar de pessoa na conjugação do verbo de suas ações.
Da primeira do singular – eu, para a terceira – ele, permutando cuidados recíprocos, a se exprimirem em carinho e solicitude.

No livro Trovas do Outro Mundo, psicografado por Chico, o Espírito Marcelo Gama encerra o assunto:

"De afeições anoto a soma
De todo ensino que há:
Paixão é o bem que se toma,
Amor é o bem que se dá".

Livro Rindo e Refletindo com Chico Xavier
Richard Simonetti

MELANCOLIA

Por que, às vezes, sem motivo aparente, uma vaga tristeza se apodera de nossos corações?

Porque estando presos ao corpo, que nos serve de prisão, buscamos sair dele. Como não conseguimos e o corpo sofre a influência disso, advém o desânimo, a melancolia.

Não devemos deixar que a tristeza nos vença, pois a felicidade almejada virá com o nosso esforço no cumprimento da missão terrena que nos foi confiada.

O que devemos fazer quando a melancolia tomar conta de nossos corações?

Devemos resistir com energia, desempenhando a nosso missão, quer dedicando-nos à nossa família quer cumprindo as diversas obrigações que Deus nos confiou.

Devemos ser fortes e corajosos quando sobre nós desabarem as inquietações e tribulações de nossas provações.

A melancolia é a ânsia do espírito por uma vida melhor, pois o mesmo não foi criado por Deus para viver preso ao corpo no solo terreno. Essa vida melhor virá a todos, depois que forem cumpridas as diversas obrigações que Deus confiou a cada um.

Esclarecimento de um Espírito:

"Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra". - François de Genève. (Bordéus.)

Evangelho Segundo Espiritismo
Cap. V - item 25

ORIGEM DOS PENSAMENTOS NOS HOMENS INTELIGENTES

As idéias que nos são sugeridas partem de duas fontes: elas podem ser de dentro de nós e de fora.
Quando se esgota o manancial das deduções, a alma apela para outras fontes, mesmo sem compreender de onde vem o socorro para as suas necessidades.

Todo sábio, em todas as ordens do saber humano, tem seus momentos de meditações, por onde canaliza para o seu ser as respostas das suas variadas perguntas mentais, no silêncio das suas idéias. E sempre nos intervalos dos seus pensamentos aparecem outros, como se fossem seus.
É a sugestão de fora, dos Espíritos que o assistem nas suas lutas. Muitas vezes, ele tem revelações em sonho, quando se junta a outros sábios desencarnados, onde aprende muitas coisas que buscava entender preso na carne.
Alguns deles, os mais espiritualizados, conhecem a fonte de todo saber, outros o ignoram, mas, de vez em quando dedicam alguns minutos pensando nesse fenômeno.

No final, sobre todos os trabalhos na Terra, de todas as invenções que beneficiam os homens, podemos afirmar que tudo vem de Deus. Como pensar sem o milagre da Sua presença? Os estudiosos de amanhã notarão que Deus está presente, agindo e nos sugerindo toda a sabedoria, todo o amor, no aprendizado universal.

Quando os homens encontram as equações de um plano que beneficia a humanidade, esse plano já existe em dimensões espirituais que escapam à consciência humana. Os Espíritos encarnados têm o trabalho de perceber, de buscar na fonte geratriz o que lhes traz conforto e bem-estar. Os chamados inventores do mundo, em muitos casos, visitam em sonho os planos espirituais, e lá aprendem a ciência. Voltando ao corpo, passam a pensar, lembrando em sequência o que já existe há muito no mundo da verdade.

Aquilo que é gerado dentro do ser é maturação de idéias que as lembranças fazem viver, e o que vem de fora são inspirações de Espíritos que afinizam com o receptor e lhe falam, pelo pensamento, os detalhes do que por ventura queiram transmitir. Assim, tudo no mundo surge com base na mente, e a palavra é instrumento incomparável para que se materialize o que se projeta na mente.

Cuidemos dos nossos pensamentos, analisando todos os dias, o que pensamos. Comparemos nossas idéias e testemos todos os ideais, porque, dessa forma, se todos tiverem esse cuidado, abrir-se-ão caminhos para a felicidade, mesmo na Terra. Tudo vem dos pensamentos; educados, eles transmitem novas esperanças. Os Espíritos mais velhos poderão ajudar aos da retaguarda com as suas experiências.

Precisamos confiar em Deus e em Cristo, porque o Mestre dos mestres é o canal do Senhor por onde a luz nos bafeja com todo o seu esplendor, de forma que a paz possa ser encontrada por esse meio, como nos prova o Evangelho, herança do Divino Messias para todas as criaturas da Terra. Procurarmos nos instruir por dentro é nosso maior dever, no entanto, abençoemos o que existe fora de nós, pois a força exterior é obediente à interna, de modo a nos falar em todas as direções que somos filhos de Deus, sujeitos à Sua influência, e certificando-nos de que nada nos falta para a nossa felicidade.

Peçamos a Jesus que nos ajude no entendimento e não nos deixe sem realizações, porque, se o Pai trabalha sempre e Jesus não pára, não queremos, igualmente, ficar fora do cinetismo divino do amor.

O Livro dos Espíritos
CAPÍTULO 03
Perg.0462
Comentário:Espírito Miramez

QUANDO A CURA NÃO ACONTECE.

Há males que vêm para o bem, diz o ditado.

Mas podemos tirar um bem de todos os males, dependendo da maneira como os vemos e de como passamos por eles.

Nosso modo, geralmente superficial, de ver leva-nos a considerar um acontecimento bom ou ruim, só pelo seu aspecto mas exterior.

No entanto, tudo encerra um aprendizado, e este aprendizado é a finalidade do que nos acontece. Se há vitória ou derrota, se há alegria ou tristeza, o importante é que há sempre um ensinamento para ser extraído e uma mensagem para ser compreendida.

É assim, também, com o que chamamos de doenças.

Que bem pode haver numa doença?
A oportunidade de percebermos o que há de errado conosco. As desordens de ordem física, emocional e mental, via de regra, nos alertam para o fato de que não estamos agindo bem conosco mesmos, que cometemos abusos, fizemos coisas contrárias as leis da Natureza ou adotamos uma postura interior auto-destrutiva.

E qual é a mensagem?
A dor serve para chamar nossa atenção. Ao contrário do que geralmente se diz, a dor não serve para nos punir. O sofrimento em si mesmo jamais será meio de evolução, num Universo onde a Lei Maior é a do Amor. A dor, simplesmente, vem nos acordar.

E uma vez que seu objetivo seja alcançado, ela perde sua razão de ser. Em outras palavras: uma vez que a dor nos tenha levado a encontrar a sua causa, que estejamos conscientes da necessidade de eliminá-la e decididos a fazê-lo, é o momento em que começamos a nos curar. Só então,qualquer tratamento poderá ser realmente eficaz.

Enquanto não se chega a tal nível de consciência, tudo será paliativo, serão feitas tentativas válidas de melhorar a qualidade de vida e minorar os sintomas, porém o problema continuará a existir.

Portanto, se você já procurou toda espécie de terapia, se já bateu em todas as portas e a dor persiste, pare e analise. É que a lição, no seu caso, ainda não foi compreendida. Você ainda não extraiu sabedoria dessa situação.

Rita Foelker
grupo Renascer