sexta-feira, 24 de setembro de 2010

BOM DIA!

Quando o teu próprio trabalho te pareça impossível...
Quando dificuldade e sofrimento te surjam a cada passo...
Quando te sintas à porta de extremo cansaço...
Quando as críticas de vários amigos te incitem ao abatimento e à solidão...
Quando adversários de teus ideais e tarefas te apontem por vítima do azar...
Quando as sombras em torno se te afigurem mais densas...
Quando companheiros de ontem te acreditem incapaz a fim de assumir compromissos novos...
Quando te inclinas à tristeza...
Levanta-te, trabalha e segue adiante.
Quando tudo reponte no caminho das horas, não te desanimes, porque terás chegado ao dia de mais servir e recomeçar.
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Se já é capaz de entender, que neste mundo ainda temos o "mal" como impulso para a evolução.
Saberá aproveitar as lições que vem ao seu encontro.
Tenha essa consciência e conseguirá atravessar todos os percalços do caminho com coragem, fé, e perseverança.
Amando seus semelhantes, pois eles também estão passando pelas mesmas lições.
Se neste momento passa por alguma situação mais difícil, a paciência também se faz necessária.
Procure as soluções, mas saiba esperar o momento que elas aparecerão.
Nada chega antes da hora, sem o amadurecimento necessário para entender que a solução quase sempre está em nós mesmos!

Paz e amor no seu coração!
Angel

TELEFONE MEDIÚNICO

Uns não acreditam nas comunicações dos espíritos, outros acreditam demais e querem obtê-las com a facilidade de uma ligação telefônica. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra!
Se as comunicações entre as criaturas terrenas nem sempre são fáceis, que dizer das que se processam entre os espíritos e os homens? Muita gente procura o médium como se ele fosse uma espécie de cabina telefônica. Mas nem sempre o circuito está livre e muitas vezes o espírito chamado não pode atender.
Não há dúvida que estamos na época profetizada por Joel, em que as manifestações se intensificam por toda parte.
Nem todos os espíritos, porém, estão em condições de comunicar-se com facilidade. Além do desazo*, a manifestação solicitada pode ser inconveniente no momento, tanto para o espírito quanto para o encarnado.
A morte é um fenômeno psicobiológico que ocorre de várias maneiras de acordo com as condições ídeo-emotivas de cada caso, envolvendo o que parte e os que ficam. A questão 155 de O Livro dos Espíritos explica de maneira clara a complexidade do processo de desencarnação. Alguns espíritos se libertam rapidamente do corpo, outros demoram a fazê-lo e isso retarda a sua possibilidade de comunicar-se.
Devemos lembrar ainda que os espíritos são criaturas livres e conscientes. Não estão ao sabor dos nossos caprichos e nenhum médium ou diretor de sessões tem o poder de fazê-los atender aos nossos chamados. Quando querem manifestar-se, eles o fazem espontaneamente, e não raro de maneira inesperada. Enganam-se os que pensam que podem dominá-los. Já ensinava Jesus, como vemos nos Evangelhos: o espírito sopra onde quer e ninguém sabe de onde vem nem para onde vai.
É natural que os familiares aflitos procurem obter a comunicação de um ente querido. Mas convém que se lembrem da necessidade de respeitar as leis que regem as condições do espírito na vida e na morte. O intercâmbio mediúnico é um ato de amor que só deve realizar-se quando conveniente para os dois lados.
O Espiritismo nos ensina a respeitar a morte como respeitamos a vida, confiando nos desígnios de Deus. Só a misericórdia divina pode regular o diálogo entre os vivos da Terra e os vivos do Além. Façamos nossas preces em favor dos que partiram e esperemos em Deus a graça do reencontro que só Ele nos pode conceder.
Muitos religiosos condenam as comunicações mediúnicas, alegando que elas violam o mistério da morte e perturbam o repouso dos mortos. Esquecem--se de que os próprios espíritos de pessoas falecidas procuram comunicar-se com os vivos. Foi dessa procura de comunicação dos mortos, tão insistente no mundo inteiro, que se iniciaram de maneira natural as relações mediúnicas entre o mundo visível e o invisível. O conceito errôneo da morte, como aniquilamento ou transformação total da criatura humana, gera e sustenta essas formas de superstição. O Espiritismo, revivendo os fundamentos esquecidos do Cristianismo puro, mostra-nos que a comunicação mediúnica é lei da vida a nos libertar de erros e temores supersticiosos do passado.

Irmão Saulo
* desazo:Falta de aptidão, de jeito.

NÃO INCOMODE OS MORTOS!

Perguntam-me, frequentemente, o que podemos fazer por familiares desencarnados, que saibamos não preparados para enfrentar o retorno à vida espiritual.

Três iniciativas são básicas.
• Oração.
É um refrigério para as almas pertubadas, aquelas que se situam perplexas ante as realidades espirituais que insistiram em ignorar no desdobramento de suas experiências.
Quando oramos pelos desencarnados, não só os beneficiamos com vibrações balsamizantes, como evocamos, em favor deles, a assistência dos amigos espirituais.
• Serenidade.
Os recém-desencarnados permanecem em estreita sintonia com os familiares e são muito sensíveis às suas vibrações.
O desespero, a revolta, a inconformação, não apenas colocam em cheque nossa crença, como atingem os que partiram, exacerbando suas perplexidades e sofrimentos.
• Normalidade.
Se sofro um acidente e perco um membro, devo aprender a viver sem ele, adaptando-me à nova situação.
Caso contrário, cairei em depressão e desequilíbrio, que apenas vão exacerbar o problema.
A morte de um ente querido é uma amputação psicológica. Sentiremos falta, tanto maior quanto mais fortes os elos do amor, mas é preciso que nos habituemos a viver sem ele, conscientes de que devemos seguir em frente, em nosso próprio benefício.
Sem esse empenho, fatalmente nos desajustaremos, com reflexos negativos no ânimo daquele que partiu.
Não raro, ao invés do desencarnado perturbar o encarnado, de quem se aproxima, carente, sofrido, ocorre o contrário.
Pode parecer inusitado, amigo leitor,mas a Doutrina Espírita nos fala de obsessões de encarnados sobre desencarnados.


Roberval, modesto servidor público, pai de três filhos, casado com Ifigênia, mulher de bons princípios, preocupada com a família, mas extremamente apegada ao marido, amor possessivo.
Era Roberval pra cá, Roberval pra lá, em efusões amorosas extremadas que acabavam por aborrecê-lo, tirando-lhe a liberdade.
Não fosse a sua índole pacata, haveria sérios conflitos entre eles.
Mel demais sempre enjoa. Quando Roberval desencarnou, repentinamente, vitimado por um enfarto, foi um transtorno para Ifigênia.
Não se conformava com a morte do bem-amado, razão de sua existência.
Lamuriava-se em oração, questionando os desígnios divinos.
E chamava pelo marido.
– Ah! Roberval, onde anda você, minha vida?
E, dia e noite, continuava a história do Roberval pra cá, Roberval pra lá!
Não dava sossego para o pobre marido, mesmo depois de morto, porquanto suas vibrações o atingiam em cheio, reclamando sua presença, aprisionando- o ao lar.
Tanto se perturbou que os benfeitores espirituais decidiram interná-
lo em nova encarnação. Foi a solução para livrá-lo da pressão desajustada da esposa inconformada.
Por uma questão de afinidade e disponibilidade, ele reencarnou como filho de sua filha. Por sugestão insistente de Ifigênia, deram o nome do avô à criança.
Roberval reencarnado recebeu o mesmo nome.
Como a jovem mãe tinha compromissos profissionais o dia inteiro,
decidiu confiar a criança à sua mãe.
Pobre Roberval!
O dia todo se via às voltas com os excessivos zelos de Ifigênia, agora sua avó.
Roberval pra cá, Roberval pra lá!

Amor que amarra é egoísmo. É preciso amar sem prender. Ótimo quando agimos assim. Nossos amados partem em paz.
Em paz ficamos nós.

Agosto 2008 • Reformador

OBSESSORES

[…] A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor[.. .]
ESE item 6 capítulo X


Essa observação de Kardec, faz entender porque o  Espiritismo é contra a pena de morte.
Que a pessoa condenada, passa para o mundo espiritual, e continua agindo na invisibilidade, perseguindo os seus desafetos.
Embora sofrendo os horrores de uma morte violenta seu comportamento criminoso tenderá a permanecer a iniciativas de vingança, próprias de seu caráter.
O ideal seria aplicar a sábia orientação de Jesus (Mateus, 9:12):
Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.
O criminoso é um doente moral.
Deve ser tratado e não supostamente eliminado.

Nas reuniões mediúnicas de desobsessão, causa perplexidade o grande número de Espíritos que exercem vingança por prejuízos sofridos em pretérita existência Perseguem os responsáveis, impondo-lhes variados problemas de saúde física e psíquica.
Parecem ter perdido o contato com a realidade, dominados pelo desejo de revide, sem atentarem ao passar do tempo, contabilizando, não raro, dezenas de anos e até séculos.
Localizam e assediam seus desafetos com a intenção de submetê-los a toda sorte de sofrimentos e desajustes.
É difícil lidar com um Espírito nessa condição, fixado na idéia de que seus desafetos, que tanto o fizeram sofrer, devem experimentar sofrimentos mil vezes acentuados.
Inútil racionalizar, dizendo-lhe que responderá por seus atos, que está sendo insensível, que não está agindo de conformidade com as leis divinas. É impermeável aos apelos da razão.
Obsessão
As causas da obsessão variam, de acordo com o caráter do Espírito. É, às vezes, uma vingança que este toma de um indivíduo de quem guarda queixas da sua vida presente ou do tempo de outra existência. Muitas vezes, também, não há mais do que o desejo de fazer mal: o Espírito, como sofre, entende de fazer que os outros sofram; encontra uma espécie de gozo em os atormentar, em os vexar, e a impaciência que por isso a vítima demonstra mais o exacerba, porque esse é o objetivo que colima, ao passo que a paciência o leva a cansar-se. Com o irritar-se e mostrar-se despeitado, o perseguido faz exatamente o que quer o seu perseguidor.
Esses Espíritos agem, não raro, por ódio e inveja do bem; daí o lançarem suas vistas malfazejas sobre as pessoas mais honestas.

Um deles se apegou como “tinha” a uma honrada família do nosso conhecimento, à qual, aliás, não teve a satisfação de enganar.
Interrogado acerca do motivo por que se agarrara a pessoas distintas, em vez de o fazer a homens maus como ele, respondeu:
Estes não me causam inveja.
Outros são guiados por um sentimento de covardia, que os induz a se aproveitarem da fraqueza moral de certos indivíduos, que eles sabem incapazes de lhes resistirem.
Um destes últimos, que subjugava um rapaz de inteligência muito apoucada, interrogado sobre os motivos dessa escolha, respondeu:
Tenho grandíssima necessidade de atormentar alguém; uma pessoa criteriosa me repeliria; ligo-me a um idiota, que nenhuma força me opõe.

B.V.E

MENSAGEM FINAL

A maior parte da nossa felicidade depende da nossa atitude e não das circunstância.
Martha Washington