quarta-feira, 13 de abril de 2011

OS QUE DIZEM SENHOR, SENHOR.

"Nem todos que dizem, Senhor, senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim o que faz a vontade do meu Pai.”

Muitos professam a missão de Jesus e o chamam de mestre, mas o que adianta chamá-lo assim se não seguem seus preceitos?
São cristãos que honram através de atos exteriores de devoção, se pegam as formas, se impõem aos homens, mas não a Deus.

Passam os dias em oração; assíduos frequentadores de templos, igrejas, centros espíritas, mas não se mostram melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes com seus semelhantes.
Alguns ainda se lembram de melhorar a si próprio, mas na primeira pressão exercida pela vida, voltam a seus hábitos antigos: revidando, respondendo a altura as ofensas, desertando do trabalho, demonstrando raiva, violência, se utilizando de palavrões no lar, tendo atos de pouca moral, julgando, censurando os irmãos, ou seja, desmentindo com atos o que dizem com os lábios.

Jesus nos diz que não esperemos dobrar a justiça de Deus pela repetição das nossas palavras e nem pelo dobramento dos nossos joelhos, por que o único caminho é o da pratica sincera da Lei do amor e da caridade.
E ele diz que:
"Todo aquele que ouve suas palavras, e as observa, será comparado ao homem sábio, que edificou sua casa sobre a rocha, e veio a chuva, e transbordou os rios, e assopraram os ventos, e combateram aquela casa, e ela não caiu, por que estava fundada sobre a rocha."
Todos nos estamos sujeitos as incertezas e mudanças drásticas neste planeta de provas e expiações em que vivemos. Perdemos dinheiro, perdemos entes queridos, sofremos acidentes, perdemos emprego, perdemos casa.
Tudo isso para aprendermos a ter desapego e fé, para desligarmos de todo sentimento de egoísmo e orgulho, para perceber que nada é nosso, que tudo pertence a Deus, e fé para acreditar que aconteça o que acontecer, terá sido pela vontade de Deus, que é infinitamente justo e bom.

A grande maioria se revolta contra Deus, outros aceitam a perda consciente por se tratar de uma prova ou expiação, no entanto continuam a viver suas vidas da mesma forma que viviam antes, preocupados com os pequenos problemas do dia a dia; oram, pedem proteção para que mais nada lhes aconteça e logo voltam a seu modo de existência, não conseguem ver nada além dos seus interesses imediatos, procuram manter a fé, mas recaem sempre nos mesmos erros, logo se arrependem, recriminando a si próprio, apesar de já terem decididos se reformar.
Mas este arrependimento só dura até que nova prova os faça demonstrar que na verdade evoluíram muito pouco.

fonte: Evangelho Segundo Espiritismo
MUITOS SÃO CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS- CAP XVIII
item.6
Palestrante: Francine

Um comentário:

Unknown disse...

Nos velhos tempos, um religioso homem, todos os dias vencia razoável distância que separava seu sítio da pequena cidade onde frequentava a igreja todos os domingos. Muito disciplinado, jamais faltava ao seu compromisso religioso. Certa feita, ao se dirigir mais uma vez à igreja, notou a pequena distância da margem da estrada, um pequeno cabrito que na ânsia de alcançar a fonte de água para saciar a sede, houvera se enganchado em espinhos e ramagens de forma que não conseguia de forma alguma desvencilhar. Seria morte certa, pensou o homem, pois o sol já se anunciava forte, e o pequeno animal não teria chance. Hesitou, seu tempo era justo para chegar à cidade. Por fim resolveu caminhar até o pequeno animal, e com algum trabalho o liberou e conduziu-o até a água onde ele saciaria sua sede. Cansado, retornou agora mais lentamente à caminhada até a cidade. Lá chegando a função religiosa estava praticamente ao final, e ele lamentou-se por tê-la perdida.
Passou o tempo, e o episódio caiu no esquecimento.
Muitos anos depois vem o homem a falecer, e segundo sua crença religiosa, se viu às portas do céu em espaçoso saguão, onde os eleitos eram admitidos.
Se apresentou como homem sumamente religioso, e foi com alguma surpresa que ouviu da secretária de São Pedro a informação que naquele momento era necessário uma consulta aos arquivos para ver quais foram suas obras, o que o deixou bastante confortado, pois pelo se recordava, jamais deixara de cumprir suas obrigações religiosas. Espera. A moça lhe diz que estavam encontrando alguma dificuldade para encontrar registros válidos em seus arquivos celestiais, já tendo varrido praticamente todos os grandes fichários sem nada encontrar. Ela se lamenta e acusa: Mas que lugar desorganizado... não encontram nada, eu que tenho tanto mrito... parece até certas repartições públicas que conhecí no mundo...Bate o desespero, a moça continuava a procurar, já com uma certa fisionomia de que pensa: ... este coitado, vai já visitar o Belzebú. Mas ela se esforçava na busca e rebusca, fichários sem fim. Até que em determinado momento seu semblante se ilumina, dizendo. Meu amigo, estás salvo. Por fim encontrei remota ficha, uma única, mas ela indica que uma ensolarada manhã de domingo te desviasse da tarefa automatizada que fazias semanalmente na adoração exterior ao templo religioso... e te desviando realizasse verdadeira obra de caridade, ainda mais que ao fazê-la te julgava perdendo muito do acreditava, a reunião religiosa... Esta obra te salvou... vem adentra ao reino do eterno....