segunda-feira, 30 de maio de 2011

BOM DIA AMIGOS!


A vida, qualquer que seja o desafio em que nos encontremos, é abençoado presente de Deus cujo uso é denossa responsabilidade.
Há quem ainda atribua a alegria e a tristeza a cargo de Deus, mas somente nós somos responsáveis pela nossa felicidade ou infelicidade.

Somente somos felizes quando participamos da natureza divina, que a tudo coopera na harmonia e no amor, na interação com todos os seres.

A infelicidade nos encontra quando não aceitamos que tudo é passageiro e que as dificuldades são as lições necessárias para o aprendizado.

As vicissitudes da vida são imperiosas, mas o sofrimento é opcional.

Saiba tirar de todas as dificuldades algo de positivo que contribua no seu crescimento espiritual.

                                                 
Angel

PSICOMETRIA

Segundo a definição do Assistente Àulus, a palavra «psicometria» designa a faculdade que têm algumas pessoas de lerem «impressões e recordações ao contato de objetos comuns».
Psicometria é, também, faculdade mediúnica. Faculdade pela qual o sensitivo, tocando em determinados objetos, entra em relação com pessoas e fatos aos mesmos ligados.
Essa percepção se verifica em vista de tais objetos se acharem impregnados da influência pessoal do seu possuidor.
Toda pessoa, ao penetrar num recinto, deixa aí um pouco de si mesma, da sua personalidade, dos seus sentimentos, das suas virtudes, dos seus defeitos.
A psicometria não é, entretanto, faculdade comum em nossos círculos de atividade, uma vez que só a possuem pessoas dotadas de «aguçada sensibilidade psíquica». E a nossa atual condição espiritual, ainda deficitária, não permite esses admiráveis recursos perceptivos.
Quando tocamos num objeto, imantamo-lo com o fluido que nos é peculiar. E se, além do simples toque ou uso, convertermos inadvertidamente esse objeto, seja um livro, uma caneta, uma jóia ou, em ponto maior, uma casa ou um automóvel em motivo de obsessiva adoração, ampliando, excessivamente, as noções de posse ou propriedade, o volume de energias fluídicas que sobre o mesmo projetamos é de tal maneira acentuado que a nossa própria mente ali ficará impressa.
Em qualquer tempo e lugar, a nossa vida, com méritos e deméritos, desfilará em todas as suas minúcias ante o «radar» do psicômetra.

Estudo de psicometria
Há um belo estudo de Ernesto Bozzano intitulado «Enigmas da Psicometria», através de cuja leitura nos defrontamos com impressionantes narrativas, algumas delas abrangendo fases remotas da organização planetária terrestre.
O processo pelo qual é possível, ao psicômetra, entrar em relação com os fatos remotos ou próximos, pode ser explicado de duas maneiras principais, a saber:
a. Uma parte dos fatos e impressões é retirada da própria aura do objeto;
b. Outra parte é recolhida da subconsciência do seu possuidor mediante relação telepática que o objeto psicometrado estabelece com o médium.

Não tem importância que o possuidor esteja encarnado ou desencarnado.
O psicômetra recolherá do seu subconsciente, esteja ele onde estiver, as impressões e sentimentos com que gravou, no objeto, a própria vida. .

Bozzano demonstra que não são, apenas, as pessoas os únicos seres psicometráveis.
Além do elemento humano, temos:
a. Os animais,
b. Os vegetais,
c. Objetos inanimados, metais, etc., etc.

O filósofo italiano menciona, na obra citada, extraordinários fenômenos de psicometria por meio do contato com a pena de um pombo, o galho de uma árvore, um pedaço de carvão ou de barro.
Poder-se-á indagar: E se o objeto psicometrado teve, no curso dos anos, diversos possuidores? Com a vida de qual deles o médium entrará em relação ?
Explica Bozzano, com irresistível lógica, que o médium entrará em relação com os fatos ligados àquele (possuidor) cujo fluido se evidenciar mais ativo em relação com o sensitivo.
A esse aspecto do fenômeno psicométrico, Bozzano denominou de «afinidade eletiva».


Martins Peralva
CONTINUAÇÃO NA PRÓXIMA POSTAGEM.

O EXEMPLO DA CRIANÇA

Saí hoje para dar o meu passeio habitual na cidade de Jerusalém; como todo dia, fui andando e cumprimentando as pessoas conhecidas.
Olhava com muito orgulho esta cidade reconstruída e cheia de pessoas, indo e vindo ocupadas com os seus afazeres.
Durante este tempo, meditava sobre a vida e o objetivo dela, pois tinha aprendido os mais importantes princípios religiosos e os praticava diligentemente.
Hoje sou um homem, com família e profissão, mas tive a mais importante lição de minha vida, quando eu era ainda um menino de pé no chão e arteiro.
Aquela experiência me marcou muito, não por causa do ato em si, mas pelas pessoas que participaram daquele fato.
Minhas lembranças estão um pouco vagas, mas fui marcado profundamente no coração.
Este fato aconteceu quando tinha 8 anos e brincava ruidosamente na rua com outros meninos. Fazíamos as nossas brincadeiras habituais, não percebendo um grupo de adultos conversando muito perto de nós.
Em um certo momento, corremos entre estes adultos atrapalhando os seus afazeres e recebemos uma bronca de alguns deles.
Neste instante o chefe deste grupo, conversa com aqueles que nos bronquearam, me pega pelos ombros e me coloca no meio deles dizendo mais ou menos assim:
Quem que quiser o Reino dos Céus tem que se assemelhar a esta criança.
Não entendi, naquele instante, o que aquele homem queria dizer com isto, mas o seu olhar profundo e sereno marcou a minha alma, e esta marca ainda trago comigo.
Depois que amadureci, fui entender o significado daquela fase, pois as crianças não guardam rancores, aprendem tudo o que está em sua volta e estão sempre prontas para a vida.
E agora andando pela minha cidade meditando sobre estes remotos fatos, me distanciei mais do que o normal, atingindo a periferia onde ficam os mais pobres e necessitados. Vejo então um barracão humilde e singelo, cheio de doentes e com pessoas de semblante sereno.
Paro e pergunto o que é aquilo. E eles me respondem que aquele salão é a Casa do Caminho, onde são ensinados e praticados a doutrina de um homem chamado Jesus Cristo.
Entro para conhecer mais de perto e o meu coração gela quando vejo um homem pregando lá na frente, contando a história que eu tinha passado.

As histórias aqui narradas são produtos da psicografia* realizada semanalmente no Grupo Espírita Apóstolo Paulo. Todas as narrativas têm como foco principal a figura do Mestre Jesus, ora com seus apóstolos, ora com o povo que o admirava.
Podemos entender as histórias como possíveis de terem acontecido. Como não há nada que as desabone frente ao Evangelho do Cristo, servem para que possamos refletir sobre a figura deste sábio que nos trouxe o caminho, a verdade e a vida.

NÃO HAVERÁ O FIM DO MUNDO NEM MESMO EM 2012

O fim do mundo foi anunciado diversas vezes e nunca aconteceu. Agora inventaram outra data em 2012. Para esclarecer tudo isso, é importante saber que o nosso calendário está errado. Frei Dionísio, no ano 525, ao organizar o calendário Cristão a partir do aparecimento de Jesus na Terra, errou em pelo menos cinco anos. Esse erro foi constatado por dois cientistas ingleses, por um teólogo americano e pelo Espírito Humberto de Campos, através do médium Chico Xavier, no capítulo XV do livro Crônicas de Além Túmulo, em 1937.

Bem, o ano 2000 já passou e a Terra não foi destruída, conforme previsões equivocadas que “de 2000 não passaríamos”. A bem da verdade, essa previsão não consta da Bíblia. Agora, o que Jesus profetizou sem marcar uma data foi: “Quando o Evangelho for pregado em toda a Terra, é então que chegará ao fim”. Nesta profecia, o Cristo não estava se referindo ao fim físico do nosso planeta, e sim ao fim da era de violência e ignorância espiritual que ainda existe em nosso mundo. Jesus quis dizer que quando as criaturas humanas estiverem evangelizadas, haverá o fim das guerras, do narcotráfico, das balas perdidas, da violência, do egoísmo, enfim, de todo o mal que ainda existe no coração do homem.

O chamado fim do mundo, de que tanto se fala, é, portanto, o início de um novo tempo para o planeta que habitamos, quando surgirá uma geração nova. Era de paz e de construção espiritual para o bem, quando os Espíritos rebeldes e violentos serão excluídos do planeta que habitamos, a fim de os mansos e pacíficos viverem aqui em paz; afinal, Jesus afirmou, no Sermão da Montanha, que os mansos e os pacíficos habitariam a Terra.

E, convenhamos, seria racional Deus acabar com o nosso planeta, logo quando as criaturas humanas estivessem vivendo plenamente a mensagem do Evangelho? E se Deus é a Justiça Suprema, esse seria o prêmio reservado para os mansos e pacíficos, que se esforçaram tanto para implantar no mundo o Seu reino de amor e de paz?


Gerson Simões Monteiros
(Artigo publicado no Jornal EXTRA em 03/10/2010)

CONSTRUÇÃO DA CASA

Um homem muito rico morreu e foi recebido no céu. O anjo guardião levou-o por várias alamedas e foi lhe mostrando as moradias que ali existiam. Passaram por uma linda casa com belos jardins. O homem, admirado, perguntou:
- Que linda casa, quem mora aí?
O anjo respondeu:
- É o Raimundo, aquele seu motorista que morreu no ano passado.
O homem ficou pensando:
"Puxa! Se o Raimundo tem uma casa dessas, aqui deve ser muito bom!"
Logo a seguir, surgiu uma outra casa muito mais bonita e ele perguntou mais admirado ainda:
- E aqui, quem mora?
O anjo respondeu:
- Aqui é a casa da Rosalina, aquela que foi sua cozinheira.
O homem ficou imaginando que, tendo seus empregados magníficas residências, sua morada deveria ser, no mínimo, um palácio, e estava ansioso por vê-la.
Nisso, o anjo parou diante de um barraco construído com tábuas e disse: - Esta é a sua casa.
O homem ficou indignado!
- Como é possível? Vocês sabem construir coisa muito melhor!!!
- Sabemos, respondeu o anjo, mas nós construímos apenas a casa. O material é selecionado e enviado por vocês mesmos. Você só enviou isso!
Cada gesto de amor e partilha com o próximo é um tijolo com o qual construímos a nossa casa na eternidade. Tudo se decide por aqui mesmo, nas escolhas e atitudes que você faz todo dia. Por isso, é importante nós repensarmos a respeito de nossos valores, atitudes e ações, para que, mais tarde, não soframos por todas as consequências de nossos erros.
Contribua com o melhor material para erguer sua casa. Depende só de você! Assim sendo mãos à obra e comece sendo feliz muito feliz!


site: Minuto Poético

segunda-feira, 23 de maio de 2011

BOM DIA AMIGOS!


"Ver o reino de Deus não poderá
aquele que de novo não nascer."


Assim disse o Mestre e assim será,
embora muitos não o queiram crer.

Quando o homem cansado de sofrer
e de atoa viver, "ao Deus dará",


paterno o lar de novo há de querer
e ao Pai o filho então retornará.


Nascer, morrer, nascer, aqui voltar
na rota do progresso, eis a Lei,
sempre forçando a nós recomeçar.


Da água e do espírito, em verdade,
só poderá surgir a humana grei
para alcançar a imortalidade.

José Siquara da Rocha

NECESSIDADE DA REFORMA ÍNTIMA

Estudaremos aqui de que maneira, secundando a Jesus, o Espiritismo vê a solução dos problemas que afligem a humanidade, e como ela se assenta na reforma íntima.

A — Introdução
Uma das coisas que mais impressiona, ao considerar a Doutrina Espírita, é o seu poder de penetração. Se uma árvore se avalia pelos seus frutos, o Espiritismo é de surpreender. Num momento em que todos os credos religiosos são submetidos a um reexame; no qual as igrejas se esvaziam, com suas doutrinas reconsideradas à luz de novas noções atingidas; ele se impõe ao respeito geral, qual ciência, filosofia e religião; revela novo poder de consolar os aflitos; reconduz à religiosidade; arregimenta sequazes em quantidade sempre crescente; reconquista, para a religião, a capacidade de fixar orientação, num apelo à ação, ao desenvolvimento de aptidões e virtudes.

Prega o trabalho, a caridade, a solidariedade humana, a fraternidade; a luta contra a ignorância, contra a miséria; clama pelo amparo à velhice, a proteção à infância, o combate à doença, a comiseração para o sofrimento, sob o lema cristão de que fora da caridade não há salvação. E ensina exemplificando, desenvolvendo obras assistenciais de todo o tipo: oferece guarida aos desajustados, nos abrigos, nos hospitais, nos hospícios, nas penitenciárias. Realiza obras de grande alcance na iniciação à profissionalização, na suavização da prova à criatura excepcional ou anormal.

Reconsiderando as noções religiosas conclui pela inutilidade dos ritos e cultos e aponta para as forças que engrandecem o espírito. Não tem ritos nem cultos, não tem liturgia. Mas desenvolve a tomada de consciência de cada um, nas próprias responsabilidades, pelas escolas que patrocina, conduzindo à reforma íntima, impelindo para o desenvolvimento em todos os sentidos. Sua bandeira é a auto-educação dos homens: não apregoa revoluções, deposição de partidos, destrona-mento de pessoas ou grupos. Não patrocina lutas fratricidas. Condiciona o progresso e a reestruturação sociais à reforma íntima de cada um, realizada nas trilhas traçadas pela Escola do Mestre, guiada pelas diretrizes do Evangelho redivivo.

Aos revoltados, aos insatisfeitos, aos queixosos, esclarece que as causas de todos os males estão em nós mesmos e que a solução dos problemas reside na reconsideração das atitudes: sermos operosos na produção do bem, sermos bondosos, pacientes, tolerantes, caridosos, justos, responsáveis, amantes a Deus e ao nosso próximo, na prática constante do estudar e servir. Para que possamos fazer uma idéia mais precisa do que se pretende dizer, façamos uma analogia com o serviço da limpeza pública.

B — Poluição e educação
Há queixas contra o poder público quanto ao atendimento da limpeza; entretanto ninguém considera as posturas que proíbem jogar detritos no chão ou em terrenos baldios. Sabe-se que terrenos sujos proporcionam a proliferação de ratos, tornam-se focos de mosquitos, miasmas e pestilências. Apesar disso não há terreno baldio entre nós que não tenhamos transformado em depósito de lixo. Nos logradouros públicos, mesmo que haja recipientes adequados para a colocação de sujidades, é frequente observar quão poucos se servem deles.

E as praias em época de férias ou em dias de feriado? Transformam-se em verdadeiros tapetes de imundícies. Apesar das advertências relativas aos males que isso pode acarretar, aos perigos da poluição; as doenças, as infecções, as viroses, as enfermidades mais variadas, todos atiram detritos: embalagens de todo tipo, restos de petisqueiras, bagaços de frutas, sobras de comida, cascas de qualquer coisa, na mais insensível desconsideração por tudo e por todos.

A ida à praia, que pretendemos se constitua prazeroso convívio com a natureza, para o retemperar das forças e energias, transforma-se em desagradável envolvimento com a sujeira que nos enche de asco e de revolta.— Mas não há serviço público? Não há lixeiros? Não há observância de higiene? E a saúde pública? Que faz o governo?

Lixeiros há — amontoam o lixo que carros recolhem. Mas é como se não houvesse. Todo mundo joga coisas a toda hora, a todo instante; é um lançar detritos constante, contínuo, interminável. Enquanto um limpa, o outro suja. Em qualquer logradouro público, mesmo que jamais procedêssemos de forma semelhante em casa, nos tornamos todos sugismundos. Para que pudéssemos desfrutar de ambiente bem posto, desenxovalhado, necessário seria existir um homem de limpeza atrás de Cada um.

O problema é insolúvel: não há serviço público que possa atingir os requisitos mínimos de higiene e conforto, se ninguém se preocupa.
É a impossibilidade que enfrenta a dona-de-casa quando, ao pretender manter a ordem, se depara com o descaso, o desleixo de todos — um que larga coisas por onde passa, outro que põe em desalinho tudo que toca, outro ainda que deixa desarrumação em tudo que faz.

Não há quem possa manter adequadamente, seja o que for, se cada um não se compenetrar do valor da ordem, não fizer dela parte de suas responsabilidades. Se cada um considerar, observar e puser em prática os princípios sadios da convivência, não somente facilitará a ação governamental, mas fará com que se possam desenvolver meios mais poderosos, mais eficientes, mais benéficos, possíveis, se alicerçados na compreensão e na participação de todos.

Finalidade da saúde pública é sanear, prevenir endemias e doenças, preservar a saúde, criar recursos de assistência. De pouco valerá o desempenho, entretanto, se continuarmos a poluir as águas, lançar detritos nas ruas ou em terrenos baldios. De pouco servirá uma alimentação:-sadia se cultivarmos os vícios do álcool, do fumo, dos estupefacientes, ou outros que solapam as forças e as energias. De pouco valerá qualquer planejamento amplo se não cultivarmos os hábitos da higiene, ou os sadios na prevenção de moléstias: o expor-se ao sol, o praticar exercícios, o não ingerir alimentos fortes; não entregar-se a excessos de qualquer espécie.

São tarefas da educação proporcionar escolas, livros baratos, bolsas de estudo aos que possam ter necessidade. Mas pouco poderá ela proporcionar, se não desenvolvermos sede de conhecimento, ânsia de saber, amor pela verdade; se não nos dispusermos a contribuir com o nosso esforço na produção de aperfeiçoamentos no receber e transmitir o conhecimento.

Qualquer que seja o problema coletivo, não há governo, partido ou grupo capaz de solucioná-lo se cada um de nós não se dispuser a realizar em si mesmo as condições aptas a resolvê-lo. Não se erradicará a miséria, se quem detém a riqueza não dispuser dela para proporcionar oportunidades de trabalho, ensejos de empreendimentos. Mas também não desaparecerá se o trabalhador desperdiçar o tempo, o vendedor adulterar as medidas, o comerciante falsear os preços, se cada um de nós, na esfera da própria ação, buscar obter para si proveitos ilícitos.

Seria necessário um fiscal para cada um. A essência de nossos sofrimentos será sempre consequência do nosso despreparo diante dos deveres que o convívio social nos impõe. Para eliminá-los não há outro caminho que aquele da auto-educação, do aprimoramento e do serviço. — Estudar e servir — diz Emmanuel — é o lema.

C — Poluição moral
No campo moral as coisas não são diferentes. Nossos pensamentos constituem o veículo de influências pelo qual nos relacionamos com os outros. A falta de vigilância para com eles, o descuido com que os formulamos, a fácil adesão às idéias menos edificantes, o palavratório grosseiro, o anedotário licencioso, os julgamentos precipitados, a malícia, a desconfiança, o ciúme, o despeito, a inveja mal disfarçados, são vários dos móveis com os quais lançamos detritos mentais em nosso derredor, conspurcando o meio que nos circunda, provocando poluição no campo das idéias.

Por mais que se esforcem os paladinos do bem, em propiciar meios de paz, tranquilidade e entendimento, pouco ou nada podem conseguir, enquanto ninguém policiar seus próprios atos mentais. Todos, de maneira constante e contínua, atiram faíscas de ódios, fuligem de despeito, negrume de falsidades, dardos de ciúme, explosões de cólera, azinhavre de maledicência, podridões de concupiscência, lodo de desregramentos, nódoas de corrupção, máculas de desonestidade, na mais completa ignorância de que idéias são forças e que constituem a paisagem que nos há de abrigar para o convívio comum.

Para poder manter a imaculabilidade, necessário seria um vigilante para cada um. Para que a paisagem se nos aclare, se nos ofereça apaziguaníe, confortadora, repousante e acolhedora, necessário se faz que abracemos os preceitos do ajustamento íntimo, adotemos as posturas sugeridas pelos sentimentos nobres; irradiemos as influências inspiradas pelas exigências do bem comum.

E da mesma forma que se exige, para aquele que não quer debater-se com a espurcícia, ser o primeiro a não contribuir para ela, assim se requer, para aquele que clama pelo resguardo dos valores humanos, a necessidade de ser-lhes o fautor.

D — O ensinamento evangélico
Jesus, sabedor de nosso despreparo, conhecedor das causas que nos aduziam dor e aflição, mestre e consolador dos necessitados e famintos, diante daquele que clamava por justiça, obtemperava:
— Sede justos, não julgueis. Sede misericordiosos.
— Bem-aventurados os misericordiosos porque deles é o reino dos céus.
— Não critiqueis. Não lanceis anátemas. Perdoai para serdes perdoados.
— Se perdoardes as ofensas que os homens vos fazem, vosso Pai vos perdoará os pecados.


Quereis justiça?
Praticai-a. Porque o dia em que cada um for justo, a injustiça erradicar-se-á da face da terra. Aprendestes a devolver o insulto, se atacados: olho-por-olho, dente-por-dente. Justiça com Jesus não é o revide à ofensa; não é retribuir com a mesma moeda. É porém atribuir a cada um o que lhe compete segundo a melhor consciência. A justiça apenas não deve agravar os problemas do devedor. Aos que fazem o mal, basta o fogo do remorso, o comburir-lhes o coração.

Reclamais contra as agruras, a miséria, a luta que se torna pesada?
Sede operosos, caridosos; não negueis uma camisa a quem a pede, mas dai-lhe duas. Sede mansos, sede pacientes; não cultiveis a cólera, não pratiqueis a crítica. Dai sempre vossa palavra de estímulo; não censureis. Cultivai a compreensão, oferecei sempre novas oportunidades.
Bem-aventurados os mansos porque cultivam a paz, a paciência, a tolerância, a bondade. Tornar-se-ão os preferidos, os amados por todos. Serão senhores, porque senhor é aquele que é amado, respeitado.

Reclamais contra os abusos do poder, os excessos dos privilegiados?
Ele responde:— Não amealheis tesouros na terra; não temais; não vos inquieteis por vossa vida.
Olhai as aves do ar; não semeiam, não colhem, não fazem provisões nos celeiros, contudo vosso Pai Celeste as sustenta. Considerai os lírios dos campos; não trabalham, nem fiam; entretanto vos digo que nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como nenhum deles.

Reclamais contra as forças da inferioridade que vos solapam o instituto da família, vos desonram o nome, vos desencaminham os filhos, vos conspurscam a imagem?
Responde: — Sede puro, não pratiqueis a impudicícia. Erguei o pensamento às fontes da vida e não o deixeis mergulhar nos pântanos do vício, para que, a vida se vos faça para melhor. Bem-aventurados os que têm puro o coração, porque deles é o reino dos céus. E acrescenta: — Compenetrai-vos de vosso destino e cumpri vossos deveres para realizá-los. Vós sois deuses. Tende fé. Pedi e dar-se-vos-á. Buscai e achareis. Batei e abrir--se-vos-á. Se maus como sois sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus que bens não dará aos que lhos pedirem.
Cumpri vossos deveres, praticai a caridade. Pensai feridas, aliviai o sofrimento, soerguei os decaídos. Ensinai e acreditai no bem e eliminai o mal. Em tudo e em todos esparzi amor e benefícios. Reconciliai-vos com todos, amai aos inimigos; pagai o mal com o bem. Imitai o Pai — sede perfeitos como vosso Pai é perfeito. Dai a quem pede; fazei aos outros o que desejaríeis que os outros vos fizessem. A paz, a justiça, a prosperidade, a felicidade reinarão entre vós quando vos amardes uns aos outros como vos amei. O reino de Deuá pode ser estabelecido mesmo na-terra: ela é a sociedade de homens piedosos e honestos amando a Deus e amando-se entre si.

E — O Espiritismo
O Espiritismo, em consonância com o Cristo, não apregoa revoluções, levantes ou destruição de situações existentes. Apregoa a caridade e a reforma íntima porque, ao praticá-las, e a seguir nos depararmos com os problemas que envolvem as necessidades humanas, veremos que, na sua essência, eles se convertem principalmente em necessidades de aprimoramento pessoal, aculturamento, virtuosidade e, acima de tudo, de muito amor ao próximo.


Rino Curti
Comunidade Espírita

O ESPÍRITO NA ADOLESCÊNCIA

Pergunta do Livro dos Espíritos 385:

Que é o que motiva a mudança que se opera no caráter do indivíduo em certa idade, especialmente ao sair da adolescência? É que o espírito se modifica?
Resposta: É que o espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era.

 

A partir dessa afirmativa, encontramos elementos de análise que iluminam nosso entendimento, a saber que a adolescência revela o ponto no qual o espírito se apresenta, estagiando em conflitos maiores ou menores conforme experiências pretéritas que carregue o ponto crítico de retomada dessa natureza que lhe é peculiar.

Voltando a narrativa inicial acerca do desejo de singularidade, poderíamos apostar que a força desse desejo expressa exatamente a peculiaridade desse momento onde o espírito se reconhece num ponto crucial de mudança de atitude, exigindo que ele avance, ou seja, busque novos caminhos ou estacione.

Na medida em que o espírito, na adolescência, se percebe em sua singularidade, ele reforça ou não a mesma, dependendo, das escolhas e tendências que caracterizam sua individualidade. Reforçar a singularidade pode representar várias coisas, indo desde a auto-afirmação de inclinações negativas pretéritas até o desejo de transformação das mesmas, construindo um novo panorama dessa mesma singularidade.

Há, portanto, aqueles espíritos que encerram em si grandes dificuldades de transpor defeitos até mesmo por não terem à sua volta, estímulos reforçadores de seu lado criativamente positivo. Neste contexto, encontramos jovens que freqüentemente, são reforçados pelos transtornos que causam, lembrados apenas no desgosto que causam, no prejuízo material e emocional que geram.

Dito isso, é imprescindível aprendermos a não só conviver com os jovens, mas despertar para as contradições observadas na nossa conduta diante dos mesmos. Ora cobramos atitudes e posturas de um comportamento adulto, alegando que eles não são mais crianças para agir desta ou daquela forma e no mesmo circuito, infantilizamos nosso tratamento para com eles, cerceando, demasiadamente, sua liberdade de ação e expressão.

Sem dúvida, não se quer dizer com isso, que o jovem deva fazer o que bem entenda, desconsiderando os limites inerentes à relação humana; até porque nem ele e nenhum de nós possui a possibilidade de agir descompromissadamente, ferindo as leis da convivência e do respeito ao espaço do outro.

Pais e educadores deveriam atentar para o seu papel de facilitadores do desenvolvimento e das potencialidades do espírito na juventude e na infância, assim como para sua função de orientadores que auxiliam seus passos, encorajando-os a fazer boas escolhas.

Lembrando sempre: Nossos filhos são espíritos e como tal trazem bagagens próprias nem sempre afinizadas com aquelas peculiaridades de seus familiares. Estas bagagens nos exigem esforço de compreensão, uso da disciplina, mas principalmente estímulo à mudança de sentimentos e ações através do amor.

Jesus, o nosso grande modelo, lidou com espíritos de naturezas diversas, rudes, dóceis, esclarecidos, ignorantes, acima de tudo singulares. Sua pedagogia foi o amor sabidamente conduzido, sem sentimento de apropriação nem tampouco cobranças descabidas. Ele nos auxiliou, compreendendo nossa condição evolutiva, nos estimulando a crescer, sem nos ferir. Jesus nos exemplificou a capacidade de conciliar amor e disciplina, sem exagero de dose e ele é o único parâmetro indefectível que nos servirá, sempre de referencial de conduta.

Saibamos respeitar a singularidade e quando percebermos que ela se equivoca, utilizamos a dose certa do amor que vence pacientemente as dores, mas para isso é preciso aceitarmos que ainda não sabemos amar, no sentido cristão da palavra, logo, filhos, pais e educadores são todos alunos de uma grande conquista o exercício pleno do amor.

Bianca Cirilo
Retirado da Revista Estudos Espíritas
Dezembro/2000
Edições Léon Denis

FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS

CONTINUAÇÃO DA POSTAGEM ANTERIOR

Escolhos da prática mediúnica
Kardec destaca um fato que, ainda hoje, é causa de vulnerabilidade aos médiuns: as relações com Espíritos moralmente inferiores, principalmente com os que conservam traços de maldade. Eis o que tem a dizer a respeito:
[...] Devem [os médiuns] estar muito atentos para que tais Espíritos não assumam predomínio, porque, caso isso aconteça, nem sempre lhes será fácil desembaraçar-se deles. Este ponto é de tal modo importante [...] que, não sendo tomadas as precauções necessárias, podem-se perder os frutos das mais belas faculdades.

Mais adiante, retorna ao assunto, reafirmando que “se o médium deve fazer tudo para não cair sob a dependência dos Espíritos maus, mesmo que de forma involuntária, mais ainda deve fazê-lo para não cair voluntariamente”.

Nessas circunstâncias, a sólida base espírita do médium, associada à respeitável conduta moral, não lhe permitem dar ouvidos a ideias e informações aparentemente inócuas transmitidas por alguns Espíritos, que não têm o menor escrúpulo em assinar a comunicação com o nome de entidades veneráveis:

Todos os dias a experiência nos traz a confirmação de que as dificuldades e os desenganos encontrados na prática do Espiritismo resultam da ignorância dos princípios desta ciência [...].

O exercício mediúnico, como tudo na vida, está sujeito à lei de progresso.Nenhum médium nasce pronto, pois a mediunidade é faculdade dinâmica. Os aprendizados adquiridos pelo estudo, pela experiência e pelo esforço de perseverar no bem apresentarão os frutos, no momento propício. Nesse aspecto, é preciso considerar que os programas destinados à formação de médiuns, por melhores que sejam, não são infalíveis, visto que o médium, em si, representa um universo de aprendizado, como bem acentua Kardec:
[...] Embora cada um traga em si o gérmen das qualidades necessárias para se tornar médium, tais qualidades existem em graus muito diferentes e o seu desenvolvimento depende de causas que criatura alguma pode provocar à vontade. As regras da poesia, da pintura e da música não fazem que se tornem poetas, pintores ou músicos os que não possuem o gênio dessas artes [...].

Perda e suspensão da mediunidade
Independentemente do gênero de mediunidade que o médium possua, a faculdade “está sujeita a intermitências e a suspensões temporárias”, relacionadas a vários fatores: “O uso que ele faz da sua faculdade é o que mais influi para que os Espíritos o abandonem” .
Doença, cansaço, peso, certas provações, obsessão são outras situações que podem dificultar ou impedir o exercício mediúnico, de forma temporária ou permanente. São ocorrências facilmente compreendidas e acatadas pelo médium esclarecido.
Nessas circunstâncias, os programas de preparação de médiuns devem, necessariamente, objetivar o seu esclarecimento doutrinário e a sua melhoria moral, respectivamente com base nas lições do Espiritismo e do Evangelho. A propósito, ensina o Codificador:

Ao lado dos médiuns propriamente ditos, aumenta diariamente o número de pessoas que se ocupam com as manifestações espíritas. Guiá-las em suas observações, assinalar-lhes os obstáculos que certamente encontrarão [...] iniciá-las na maneira de conversarem com os Espíritos, ensinar-lhes os meios de conseguirem boas comunicações, tal é a esfera que devemos abranger, sob pena de fazermos trabalho incompleto.


Referências
KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Trad. Evandro Noleto Bezerra.

O CARVALHO E O CANIÇO

Um carvalho, de bom coração, porém superficial em seus julgamentos, uma vez que acreditava na superioridade da aparência e desconhecia os valores verdadeiros ocultos na essência, olhando a fragilidade do caniço e dele se compadecendo, assim falou:
- A natureza foi injusta com você. Frágil como é, um passarinho é uma carga pesada para suas forças. E o mais fraco dos ventos o abriga a inclinar-se e vergar a fronte. Ainda se tivesse nascido à sombra de minha ramagem e fosse mais alto, eu poderia servir de escudo para você e protegê-lo das tempestades que o ameaçam. Devo acrescentar que o admiro pela maneira como aceita, sem reclamar, a sua pequenez e a sua debilidade.
O caniço agradeceu a compaixão e a bondade do carvalho e replicou: Não se preocupe com a minha suposta fragilidade. Você se engana com ela. Por trás dessa aparência delicada existe, em essência, uma força que me faz ser forte e auto-suficiente. Eu sou flexível. Eu me curvo, se preciso for, mas não quebro. Na verdade, os ventos são mais perigosos para você do que para mim.
Mal terminou de proferir essas palavras, no final do horizonte forma-se um terrível vendaval que, furioso e implacável, fustiga tudo que lhe aparece pela frente. E o carvalho e o caniço são alvos de seus açoites.
A árvore enfrenta o vento forte e tenta a todo custo manter-se em pé; a cana dobra, inclina a fronte.
O forte, que se julgava alto como as montanhas do Cáucaso e capaz de suportar os violentos temporais, não resiste. E o vento fica mais violento e arranca aquele cuja cabeça era vizinha do céu e cujos pés tocavam o império dos mortos.

RETIRAR OS REMOS DA ÁGUA
Nada na Terra pode vencer o homem flexível, pois tudo pode conseguir aquele que não oferece resistência. A propósito, a maioria das coisas muito duras tem grande propensão para quebrar.

Às vezes, quando o vento da renovação começa a uivar, não temos certeza de que as transformações serão para melhor. Apesar disso, devemos nos entregar, mesmo quando não sabemos aonde as mudanças irão nos levar.
A Providência Celestial tem um plano só para nós, e as ventanias nos conduzirão aonde precisamos ir.
Em certas ocasiões, é necessário "retirar os remos da água" e confiar na embarcação divina.

Hammed

quarta-feira, 18 de maio de 2011

BOM DIA!


A magia da vida é descobrir nela todas suas maravilhas e a cada dia ser agradecido ao Criador por essa dádiva divina que é Viver!

  Felizes são aqueles que transformam seus dias em oportunidades de aprender, de ajudar , de compartilhar, de construir, de compreender, de AMAR.

  Que seu dia seja lindo; pois quem ama a si e aos seus irmãos, consegue suplantar a difícil realidade atual e passageira, para uma ampla visual espiritual de que tudo está no projeto divino e que um dia o mundo encontrará a Paz, que nascerá nos corações de todos aqueles que descobriram que viver não é lutar entre nós, mas lutarmos juntos para alcançar um objetivo maior.
Angel 

ESTUDO DAS OBRAS FUNDAMENTAIS DO ESPIRITISMO

A leitura atenta e o estudo continuado das obras fundamentais do Espiritismo sempre renovam nossa oportunidade de aprender. Dão a impressão de que estamos diante de um con teúdo inédito, quando nos certificamos, após algum tempo, de que já o havíamos lido anteriormente. Isso decorre, em nosso entendimento,de duas razões principais: a constante atualização dos conteúdos doutrinários expostos na obra básica da Codificação Espírita, isto é, o conteúdo espírita organizado na obra kardequiana foi, é e continua sendo atual; e a oportuna necessidade de atualizarmos nosso entendimento acerca da mensagem evangélica pelo salutar hábito do estudo, ou seja, precisamos “atualizar”nossa ignorância, buscando novos conhecimentos, cujos assentamentos encontramse, sem exceção, nas inamovíveis bases definidas no arcabouço doutrinário.


As orientações seguras advindas da Espiritualidade superior nos recomendam que dediquemos pelo menos 15 minutos diariamente à leitura de alguma obra de Allan Kardec.

Esse contato diário com a obra básica, que compõe o Pentateuco Kardequiano (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo,O Céu e o Inferno e A Gênese), somando-se Obras Póstumas,O Que é o Espiritismo e a extraordinária Revista Espírita (18581869), certamente nos colocará a par da sabedoria espiritual e da genialidade de Kardec ao ensejar que tais ensinamentos renovadores fossem materializados na Terra para acesso de todos nós, trabalhadores e aprendizes da última hora.


O estudo possibilita ampliar a visão e o entendimento, a reflexão e a prática, sobre tudo o que nos sensibiliza as percepções, dilatando gradativamente a nossa capacidade de compreensão, “a zona lúcida”, conforme expressão do estudioso francês Paul Gibier.

O estudo espírita pode ser individual, num processo persistente de autodesenvolvimento, e coletivo, quando nos predispomos a integrar algum grupo interessado em propósitos semelhantes de reunião e aprendizado, pelo compartilhamento de lições e experiências.


Ambas as tipologias de estudo, individual e coletivo, exigem planejamento, disciplina e organização do proponente à compreensão da Mensagem Divina à luz do Espiritismo.

Para o estudo individual, alimentemo-nos de boa vontade, separemos um tempo diário de pelo menos 15 minutos, e iniciemos com o propósito firme de ir adiante.
No início, há que se vencer algumas resistências naturais. Depois,torna-se mais fácil.
Para o estudo em grupo, as casas espíritas ofertam várias possibilidades, aproveitando-se do material de excelente qualidade disponibilizado ao Movimento Espírita pela FEB. São os programas do Estudo Sistematizado, do Estudo Aprofundado, do Estudo e Educação da Mediunidade, de cursos específicos sobre as obras da Codificação e de algumas publicações subsidiárias.


Oportunidades de estudo e aprendizado não faltam.
O que às vezes falta é nossa boa vontade de estudar e aprender.

Que tal enriquecermos nossa trajetória presente, aproveitando a oportunidade de educação espiritual, propondo-nos à efetiva renovação íntima pelo exercício dos excelsos mandamentos recomendados pelo Espírito de Verdade: amai-vos e intruí-vos!

Revista O Reformador - maio/2011
Geraldo Campetti Sobrinho

CORAÇÃO MATERNAL

Mãe, que te recolhes no lar atendendo à Divina Vontade, não fujas à renúncia que o mundo te reclama ao coração. Recebeste no templo familiar o sublime mandato da vida. Muitas vezes, ergues-te cada manhã, com o suor do trabalho, e confias-te à noite, lendo a página branca das lágrimas que te manam da alma ferida.
Quase sempre, a tua voz passa desprezada, como vazio rumor, no alarido das discussões domésticas, e as tuas mãos diligentes servem, com sacrifício, sem que ninguém lhes assinale o cansaço...
Lá fora, os homens guerreiam entre si, disputando a posse efêmea do ouro ou da fama, da evidência ou da autoridade... Além, a mocidade, em muitas ocasiões, grita festivamente, buscando o mentiroso prazer do momento rápido...
Enquanto isso, meditas e esperas, na solidão da prece com que te elevas ao Alto, rogando a felicidade daqueles de quem te fizeste o gênio guardião.
Quando o santo sobe às eminências do altar, ninguém te vê nas amarguras da base, e quando o herói passa, na rua, coroado de louros, ninguém se lembra de ti na retaguarda de aflição.
Deste tudo e tudo ofereceste; entretanto, raros se recordam de que teus olhos jazem nevoados de pranto e de que padeces angustiosa fome de compreensão e carinho.
No entanto, continuas amando e ajudando, perdoando e servindo...
Se a ingratidão te relega à sombra na Terra, o Criador de tua milagrosa abnegação vela por ti, dos Céus, através do olhar cintilante de milhões de estrelas.
Lembra-te de que Deus, a fonte de todo o amor e de toda a sabedoria, é também o grande anônimo e o grande esquecido entre as criaturas.
Tudo passa no mundo...
Ajuda e espera sempre.
Dia virá em que o Senhor, convertendo os braços da cruz de teus padecimentos em grandes asas de luz, transformará tua alma em astro divino a iluminar para sempre a rota daqueles que te propu seste socorrer.
Meimei
Fonte: XAVIER, Francisco C. Luz no lar. Por Espíritos diversos. 12. ed. 2. reimp.

FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS

É comum as casas espíritas brasileiras disporem, nos dias atuais, de estudo regular da Doutrina Espírita, destinado ao esclarecimento dos futuros trabalhadores espíritas, até mesmo para os que demonstram possuir vinculações com a área da mediunidade.
Tal atividade tem como base ensinamentos fornecidos por Espíritos superiores que destacam a importância do conhecimento doutrinário.

Assim, em O Livro dos Médiuns, Segunda parte, capítulo XVII, Allan Kardec transmite importantes orientações, fundamentais à formação de médiuns, de grande valia para os médiuns iniciantes e para as pessoas que já se encontram integradas em um grupo mediúnico.

Antes de focalizarmos as ideias desenvolvidas no capítulo supracitado, recomendamos a leitura dos capítulos anteriores, fonte de dois importantes conjuntos de esclarecimentos espíritas:

1) ação, características e consequências das manifestações físicas e intelectuais dos Espíritos – capítulos I a X;

2) classificação dos médiuns, segundo a diversidade de manifestação da faculdade mediúnica – capítulos XI ao XVI.

Os principais pontos destacados por Kardec, relativos à formação dos médiuns, são indicados em seguida. Lembramos, porém, que esses pontos tiveram como referência as análises e as observações do Codificador junto aos médiuns escreventes, utilizados para ilustrar o assunto.


Como Saber se Alguém é portador de mediunidade
[...] não dispomos até hoje de nenhum meio para diagnosticar, ainda que de forma aproximada, que alguém possua essa faculdade.Os sinais físicos, que algumas pessoas tomam por indícios, nada têm de infalíveis. [...] Só há um meio de comprovar sua existência: é experimentar.


Resumo das orientações ao médium principiante
O desejo natural de todo aspirante a médium é o de poder conversar com os Espíritos das pessoas que lhe são caras; deve, porém, moderar a sua impaciência porque a comunicação com determinado Espírito apresenta muitas vezes dificuldades materiais que a tornam impossível ao principiante. Para que um Espírito possa comunicar-se, é preciso que haja relações fluídicas entre ele e o médium. [...] Só à medida que a faculdade se desenvolve é que o médium adquire pouco a pouco a aptidão necessária para pôr-se em comunicação com o Espírito que se apresente. Pode acontecer [...] que aquele com quem o médium deseje comunicar-se não esteja em condições propícias a fazê-lo, embora se ache presente, como também pode suceder que não tenha possibilidade, nem permissão para atender ao pedido que lhe é feito. Antes, pois, de pensar em obter comunicações de tal ou tal Espírito, é preciso que o aspirante se empenhe em desenvolver a sua faculdade [...]

No médium aprendiz, a fé não é condição rigorosa; sem dúvida lhe secunda os esforços, mas não é indispensável; a pureza de intenção, o desejo e a boa vontade bastam.
Uma coisa ainda mais importante a ser observada [...], é a calma, o recolhimento que se deve ter, aliados ao desejo ardente e à firme vontade de conseguir-se o que se quer [...] uma vontade séria, perseverante, contínua, sem impaciência nem desejo febricitante.

O médium principiante não deve exercitar a mediunidade isoladamente, a sós:
Outro meio, que também pode contribuir fortemente para desenvolver a faculdade, consiste em reunir-se certo número de pessoas, todas animadas do mesmo desejo e comungando na mesma intenção[...]

Continua na próxima postagem.