segunda-feira, 2 de maio de 2011

SIMPATIAS E ANTIPATIAS TERRENAS E/OU NO MUNDO ESPIRITUAL

1 - COMO SE EXPLICA A SIMPATIA E ANTIPATIA À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA?

RESP.: Frequentemente durante a romagem terrena, dois seres sentem-se naturalmente atraídos um pelo outro, em circunstâncias aparente fortuitas; ou inversamente, a sensação que surge é de antipatia e rejeições. Estes personagens não se reconhecem, porém esta primeira impressão é resultante de encarnações anteriores, cujas experiências felizes ou desgradáveis emergem da memória espiritual de cada um.


2 - A AFEIÇÃO QUE DOIS SERES MANTIVERAM NA TERRA PROSSEGUE SEMPRE, NO MUNDO DOS ESPÍRITOS?

RESP.: Sim, sem dúvida, se ela se baseia numa verdadeira simpatia; mas se as causas de ordem física tiveram maior influência que a simpatia, ela cessa com as causas. As afeições entre os Espíritos são mais sólidas e mais duráveis que na Terra, porque não estão subordinadas ao capricho dos interesses materiais e do amor-próprio.


3 - AS ALMAS QUE DEVEM UNIR-SE ESTÃO PREDESTINADAS A ESSA UNIÃO, DESDE A SUA ORIGEM, E CADA UM DE NÓS TEM EM ALGUMA PARTE DO UNIVERSO "A SUA METADE", À QUAL UM DIA SE UNIRÁ FATALMENTE?

RESP.: Não; não existe união particular e fatal entre duas alma. A união existe entre todos os Espíritos, mas em graus diferentes, segundo a ordem que ocupam, a perfeição que adquiriram: quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males humanos; da concórdia resulta a felicidade completa.


4 - DOIS ESPÍRITOS PERFEITAMENTE SIMPÁTICOS, QUANDO REUNIDOS, FICARÃO ASSIM PELA ETERNIDADE, OU PODEM SEPARAR-SE E UNIR-SE A OUTROS ESPÍRITOS?

RESP.: Todos os Espíritos são unidos entre si. Falo dos que já atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, quando um Espírito se eleva, já não tem a mesma simpatia pelos que deixou.


5 - DOIS ESPÍRITOS SIMPÁTICOS SÃO COMPLEMENTO UM DO OUTRO, OU ESSA SIMPATIA É O RESULTADO DE UMA AFINIDADE PERFEITA?

RESP.: A simpatia que atrai um Espírito para outro é o resultado da perfeita concordância de suas tendências, de seus instintos, se um devesse completar o outro, perderia a sua individualidade.


6 - A AFINIDADE NECESSÁRIA PARA A SIMPATIA PERFEITA CONSISTE APENAS NA SEMELHANÇA DOS PENSAMENTOS E SENTIMENTOS,OU TAMBÉM NA UNIFORMIDADE DOS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS?

RESP.: Na igualdade dos graus de elevação.


7 - OS ESPÍRITOS QUE HOJE NÃO SÃO SIMPÁTICOS, PODEM SÊ-LO MAIS TARDE?

RESP.: Sim, todos o serão. Assim, o Espírito que está hoje numa determinada esfera inferior, quando se aperfeiçoar, chegará à esfera em que se encontra o outro. Seu encontro se realizará mais prontamente, se o Espírito mais elevado, suportando mal as provas a que se submetera, tiver permanecido no mesmo estado.


8 - DOIS ESPÍRITOS SIMPÁTICOS PODEM DEIXAR DE SÊ-LO?

RESP.: Certamente, se um deles é preguiçoso.


9 - DOIS SERES QUE SE CONHECERAM E SE AMARAM, PODEM ENCONTRAR-SE NOUTRA EXISTÊNCIA CORPÓREA E SE RECONHECEREM?

RESP.: Reconhecerem-se, não, mas serem atraídos um pelo outro, sim; e frequentemente as ligações íntimas, fundadas numa afeição sincera, não provêm de outra causa. Dois seres se aproximam um do outro por circunstâncias aparentemente fortuitas, mas que são o resultado da atração de dois Espíritos que se buscam na multidão.


10 - NÃO SERIA MAIS AGRADÁVEL PARA ELES SE RECONHECEREM?

RESP.: Nem sempre. A recordação das existências passadas teria inconvenientes maiores do que pensais. Após a morte, eles se reconhecerão e saberão em que tempo estiveram juntos.


11 - A SIMPATIA TEM SEMPRE POR MOTIVO UM CONHECIMENTO ANTERIOR?

RESP.: Não; dois espíritos que tenham afinidades se procuram naturalmente, sem que se haja conhecido como encarnados.


12 - OS ENCONTROS QUE SE DÃO ALGUMAS VEZES ENTRE CERTAS PESSOAS, E QUE SE ATRIBUEM AO ACASO, NÃO SERIAM EFEITO DE UMA ESPÉCIE DE RELAÇÃO SIMPÁTICA?

RESP.: Há, entre os seres pensantes, ligações que ainda não conheceis. O magnetismo é a bússola dessa ciência, que mais tarde compreendereis melhor.


13 - DE ONDE VEM A REPULSA INSTINTIVA QUE SE EXPERIMENTA POR CERTAS PESSOAS, À PRIMEIRA VISTA?

RESP.: Espíritos antipáticos, que se percebem e se reconhecem, sem se falarem.


14 - A ANTIPATIA INSTINTIVA É SEMPRE UM SINAL DE NATUREZA MÁ?

RESP.: Dois Espíritos não são necessariamente maus, pelo fato de não serem simpáticos. A antipatia pode originar-se de uma falta de similitude do modo de pensar. Mas, à medida que eles se elevam, os matizs se apagam e a antipatia desaparece.


15 - COMO DEVEMOS ENTENDER A SIMPATIA E A ANTIPATIA?

RESP.: A simpatia ou a antipatia têm as suas raízes profundas no espírito, na sutilíssima entrosagem dos fluidos peculiares a cada um e, quase sempre, de modo geral, atestam uma renovação de sensações experimentadas pela criatura, desde o pretérito delituoso, em iguais circunstâncias. Devemos, porém, considerar que toda antipatia, aparentemente a mais justa, deve morrer para dar lugar à simpatia que edifica o coração para o trabalho construtivo e legítimo da fraternidade.


16 - PODEREMOS OBTER UMA DEFINIÇÃO DA AMIZADE?

RESP.: Na gradação dos sentimentos humanos, a amizade sincera é bem o oásis de repouso para o caminheiro da vida, na sua jornada de aperfeiçoamento. Nos trâmites da Terra, a amizade leal é a mais formosa modalidade do amor fraterno, que santifica os impulsos do coração nas lutas mais dolorosas e inquietantes da existência. Quem sabe ser amigo verdadeiro é, sempre, o emissário da ventura e da paz, alistando-se nas fileiras dos discípulos de Jesus, pela iluminação natural do espírito que, conquistando as mais vastas simpatias entre os encarnados e as entidades bondosas do Invisível, sabe irradiar por toda parte as vibrações dos sentimento purificadores. Ter amizade é ter coração que ama e esclarece, que compreende e perdoa, nas horas mais amargas da vida. Jesus é o Divino Amigo da Humanidade. Saibamos compreender a sua afeição sublime e transformaremos o nosso ambiente afetivo num oceano de paz e consolação perenes.


Comunidade Espírita.

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