quarta-feira, 29 de junho de 2011

BOM DIA AMIGOS


Todos os dias se apresentam oportunidades de aprendizado seja a nível material ou espiritual, pois o objetivo de estarmos aqui neste mundo é exatamente esse, APRENDERMOS.


Infelizmente pelas nossas condições evolutivas tendemos a aprender mais por nossos erros do que por nossa vontade de fazermos o certo, cada atitude nossa traz as suas consequencias. Por isso o sofrimento que passamos são as respostas para nossas escolhas erradas, que nos faz refletir e mudar nossas atitudes.


Dizem que não podemos aprender sem errar, mas quase sempre sabemos que o caminho que estamos trilhando é o errado, mas insistimos nele. Por quê? Talvez porque momentaneamente nos traz mais satisfação, e esquecemos-nos de sua consequência em longo prazo.


Reflita caros irmãos, pois aqueles que caminham cegamente estão fadados a cair nas ilusões efêmeras desta vida terrena, uma queda no abismo das paixões, entendamos como: vícios, desvios morais, prazeres terrenos; a subida se fará muito mais íngreme e desvencilhar dos liames dessas armadilhas é bastante difícil.


Aproveite cada momento como um aprendizado no bem, para a iluminação do seu espírito e a edificação do Reino de amor e Paz que tanto desejamos ver neste mundo.


Que Jesus seja o seu guia.


Abraço
Angel

A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS

Fé humana e fé divina

A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras.(O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 12)
No Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 19, item 12, Kardec define a fé como sendo uma força de vontade direcionada para um certo objetivo, ou seja, a vontade de querer. E esta força pode ser aplicada em dois campos distintos: o material e o espiritual, conforme o objetivo proposto.

No campo material, Kardec define a fé como humana, quando ela é usada para conseguir objetivos materiais e intelectuais, como por exemplo: a construção de uma empresa, a melhoria profissional buscando novos horizontes de atuação.
Todos nós temos que ter esta fé, que é a crença em nossa própria capacidade de realizar uma tarefa material. Mas ela deve ser aliada à humildade e à racionalidade, para não se transformar em orgulho, sentimento este que nos traz ilusões sobre a nossa personalidade.

Vários exemplos de homens que realizaram grandes tarefas para o bem da sociedade, acreditando no seu próprio potencial, em vários campos de atuação, como por exemplo: a política, as ciências, os descobrimentos e também o campo empresarial.

No campo espiritual, Kardec define a fé como divina, pois ela orienta o homem na crença em uma força superior a ele e a tudo, que direciona a sua capacidade na busca de algo além do material, na descoberta do seu lado imortal. É a religiosidade, agregando a caridade, a fraternidade e a melhoria interior.

Esta fé, aliada à fé humana, espiritualiza os objetivos desta última e direciona esta força material para a satisfação da coletividade e não mais só da individualidade.

Fé cega e fé racional
A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender.(O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 6)
Aqui vamos definir a fé que a nossa Doutrina veio propagar, que é a Fé Racional. Aquela que conforme este trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, veio aliar a este sentimento de crença e vontade de querer, uma qualidade própria do nosso tempo, que é a razão.
É ela quem dá uma base sólida a nossa crença, podendo encarar a ciência e o progresso a qualquer tempo. E que também nos ensina que não basta só crer ou ver, é também necessário compreender.

Isto se aplica principalmente ao Espiritismo, onde o estudo e a prática da caridade são fundamentais para um bom desenvolvimento do trabalhador espírita.
Não basta também sentir, ver, ouvir, incorporar ou falar com os espíritos, é importante compreender sua natureza, o seu ambiente, a sua ação no mundo material e no espiritual.

O que diz o Evangelho Segundo Espiritismo, que é necessários compreender antes de ver.
O perigo da fé cega, aquela que acredita sem compreender, sem questionar, pois ela é a gênese do fanatismo religioso que causou tanto mal para a humanidade, e que deve ser combatida com serenidade e racionalidade

Fé ativa e fé passiva
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.(Tiago 2, 14 e 17)
 A Fé sem obra não vale nada, mesmo a Fé Racional, pois só o conhecimento não salva ninguém.
É vital aplicarmos o que estamos aprendendo e o que já sabemos, mudando o mundo em nossa volta, primeiramente o nosso interior e depois a parte externa.
Não adianta nada lermos toda a Bíblia, todas as obras da codificação, todas as obras complementares, se todo este cabedal de ensinamentos não mudar o nosso espírito para melhor, transformando em obras materiais e espirituais o que aprendermos.

É o benefício que podemos fazer ao próximo, e que, com certeza, será também revertido para nós mesmos.

Espiritismo.org.

EU, ORGULHOSO?

Paulo de Tarso, em uma de suas epístolas ao povo de Corinto, expressa que atualmente nos vemos como por um espelho, parcialmente, mas que haveríamos de nos conhecer como verdadeiramente somos.
Fazia alusão, certamente, ao nosso autodescobrimento como seres divinos e, como tais, seres espirituais e imortais.
Neste instante, em que nos defrontaremos com a nossa verdadeira realidade, haveremos de nos identificarmos sem o véu da ilusão que as aparências do mundo físico proporciona aos sentidos e suas consequências naturais.
Esta descoberta facilita o não desenvolvimento de sentimentos egoísticos e permite nos enxergarmos sem os adereços personalísticos que maioria de nós cria e cultiva, isto é, sem a supervalorização do eu.

Este império do eu
Se reflete na maioria dos comportamentos de orgulho que se caracteriza por uma paixão crônica por si mesmo.
Este "amor" próprio se revela, porém, em muitas faces.
O melindre é o orgulho na mágoa.
A pretensão é o orgulho nas aspirações.
A presunção é o orgulho no saber.
O preconceito é o orgulho nas concepções.
A indiferença é o orgulho na sensibilidade.
O desprezo é o orgulho no entendimento.
A vaidade é o orgulho do que se imagina ser.
A inveja é o orgulho perante as vitórias alheias.
A falsa modéstia é o orgulho da "humildade artificial".
A prepotência é o orgulho de poder.
A dissimulação é o orgulho nas aparências.

Analisando nesta amplitude conceitual é muito difícil não constatar o quão orgulhosos somos. Ainda assim, muitas pessoas não conseguem realizar este autodiagnóstico, afirmando "orgulhoso eu?".

Dois pesquisadores do comportamento humano Joseph Luft e Harry Ingham, lançaram, há mais de quarenta anos, um modelo de compreensão da percepção das atitudes humanas que ficou conhecido como a Janela de Johari e que pode facilitar na identificação do orgulho humano.
Trata-se de uma interseção das percepções daquilo que é conhecido ou não pelos outros com aquilo que é conhecido ou não pela própria pessoa.

Estas interseções provocam o aparecimento de quatro áreas de conhecimento/percepção do indivíduo:
(1) O eu aberto, que representa o nosso comportamento manifesto, conhecido por nós e pelos outros;
(2) o eu cego, que representa nosso comportamento que é facilmente percebido pelos outros, mas do qual não temos consciência;
(3) o eu secreto, que abrange as coisas que conhecemos sobre nós, mas escondemos dos outros, variando desde aspectos insignificantes até os mais importantes e
(4) o eu desconhecido, que se refere às coisas que desconhecemos sobre nós, as quais os outros também não têm acesso, como, por exemplo, potencialidades escondidas e traços de personalidade ainda inconscientes.

O orgulho pode estar localizado em qualquer uma destas áreas, mas comumente pode ser encontrado no eu cego, onde os outros percebem, mas não conseguimos enxergar.

Há diversos ângulos de estudo do orgulho, uma vez que sua manifestação é variada.
O orgulhoso, por exemplo, é alguém que se compara o tempo inteiro aos outros.
Compara-se para elevar-se sobre os demais.
Por consequência, possui uma excessiva preocupação com a opinião do outro sobre si que se transforma numa espécie de neurose.
Está sempre diminuindo o valor dos esforços alheios e, desta forma, é alguém que atrai antipatia e indiferença.
O orgulhoso, achando-se "o rei da cocada preta" - numa expressão bem nordestina - valoriza o que não é, mas desejaria ser, o que o leva a pensar e a sentir que tudo que faz ou tem é melhor do que o do outro. Aí é que ele se aprisiona nas teias da ilusão, pois cria seu mundinho à parte e dá a ele vida intensa.

O personalismo
Que talvez seja a forma mais concreta de identificação do orgulho, pode ser encontrado em comportamentos como:
a irredutibilidade velada ou clara; vaidade intelectual, dificuldade de conviver pacificamente com a diversidade humana; manipulação interpretativa de conceitos; autoritarismo nas decisões; boicote na cooperação a projetos que partam de outras cabeças; agastamento ante as cobranças e correções; sistemática competição para produzir além dos outros e da capacidade pessoal; coleção de animosidades; superlativa fixação dos valores que possui; pretensões de destaque; vício de ser elogiado e apego às próprias obras, até porque "Narciso acha feio o que não é espelho".
O personalista é alguém que não sabe dialogar, não sabe dividir, não sabe trocar, não sabe ouvir. Eis o grande desafio a ser vencido pelo orgulhoso.

A antítese para vencer o orgulho é procurar ser humilde.
Esta palavra sabiamente expressa o sentido que se busca na superação do orgulho. A sua etimologia é a mesma das palavras humano e húmus, por exemplo, e das expressões inglesas análogas humble (humilde) e humility (humildade). A raiz latina hum significa aquilo que vem da terra. Assim, humilhar originalmente quer dizer aquele que numa luta colocava o outro no chão. Humildade, bem apropriado, é aquele que mantém os pés no chão.

Ser humilde é aquele que tem consciência do que é, nem mais nem menos. É aquele que reconhece os seus limites e suas qualidades. É aquele que está em sintonia com a realidade, com a verdade. É aquele que está apto a ouvir o outro, viver em harmonia com o outro.


Algumas posturas de humildade:
Podem e devem ser exercitadas como emitir opiniões sem fixar-se obstinadamente na idéia de serem as melhores; aprender a discernir os limites entre convicção e irredutibilidade nos pontos de vista; ouvir a discordância alheia acerca de nossas ações sem sentimento de perda ou melindre; cultivar abnegação na apresentação dos projetos nascidos no esforço pessoal, expondo-os para análise grupal; evitar difundir excessivamente o que já fez; disciplinar e enobrecer o hábito de fazer comparações; acreditar que a colaboração pessoal sempre poderá ser aperfeiçoada; pedir desculpas quando errar; ter metas sem agigantá-las na sua importância frente às incertezas do futuro; admitir para si sentimentos de mágoa e inveja; ser simples; ter como única expectativa nas participações individuais o desejo de aprender e ser útil e delegar tarefas, mesmo que acredite que outro não dará conta de fazê-la tão bem quanto você.


O mundo materialista e capitalista em que vivemos Sem dúvida, é um grande alimentador do orgulho pessoal, o que torna mais difícil superá-lo, pois somos estimulados constantemente pelos holofotes da vaidade, pela luta competitiva do dia-a-dia e pela valorização das aparências. Jesus, a maior celebridade de todos os tempos, era, acima de tudo, humilde. Sendo quem era poderia reivindicar outro tratamento, querer ser "paparicado" ou exigir que todos o reverenciassem pela sua posição superior. Em vez disso, deu lições contínuas de humildade, tanto que ensinou que :
"o Reino de Deus não vem com a aparência exterior", que "aquele que se exaltar seria humilhado" e que "os últimos seriam os primeiros".

Texto inspirado no livro "Mereça Ser Feliz - Superando as Ilusões do Orgulho", de Ermance Dufaux, psicografado por Wanderley Soares de Oliveira.

Carlos Pereira

INVIGILÂNCIA

Embora seja o Centro Espírita sagrado instituto de iniciação espiritual, vezes inúmeras procuramos mais pela necessidade de ajuda que pelo desejo de aprender.
É quando nos sentimos dominados pela depressão e indefinível sensação de mal-estar nos oprime; é quando dores não diagnosticáveis nos torturam e o desânimo nos sitia; enfim, é quando, segundo a terminologia espírita, somos visitados pela perturbação.

Ao contato do ambiente balsâmico, sob efeito da palavra amiga de dedicados orientadores, e experimentando o benefício do passe magnético, aplicado por especialistas do Além, sentimo-nos reanimados e regressamos ao lar qual se houvéramos recebido poderosa medicação estimulante — infelizmente mal assimilada, porque em breve recrudescem aqueles males, a nos distanciarem da tranquilidade.

É o nosso Carma! — dir-se-ia. Mas semelhante raciocínio nem sempre é admissível.
Assim como o distúrbio da digestão é antes consequência do excesso alimentar do que sintoma de úlceras, nossas frequentes perturbações refletem muito mais os desajustes do presente que os desastres do passado. Assim como a glutonaria é fator de desequilíbrio orgânico, a intemperança mental é porta aberta para a invasão das sombras.

Por isso, a auto-análise, que possibilite identificar as falhas de nossa personalidade e seus reflexos na conduta diária, é preliminar indispensável no esforço da renovação, a fim de que o mal desapareça em definitivo e perdure a harmonia.

Todavia, nem sempre nos preocupamos com esta questão e, quando o fazemos, é de forma superficial, distanciada da realidade.

“— Hoje não me sinto bem psiquicamente. Que terei feito de errado ontem?
“Pela manhã não esqueci a oração, e estudei “O Livro dos Espíritos” com atenção. Discuti com um vendedor que pretendia impor mercadoria inferior por alto preço. Deixei bem claro que não sou tolo!
“Dediquei-me ao serviço no escritório, durante a tarde, sem tempo para cogitações inferiores. O único incidente de que me recordo é que passei severa descompostura em alguns subordinados distraídos em conversa. Era preciso manter a ordem!
“À noite compareci ao serviço mediúnico. A palestra do orientador espiritual foi magnífica. Quantas lições! Após a sessão, conversei com alguns companheiros. Lembro-me de que lhes falei a respeito de um confrade. Alertei-os de que se trata de pessoa mesquinha, que não merece confiança nem respeito.
“Que terei feito de mal?”

Neste breve monólogo podemos observar como é fácil identificar esclarecimento, disciplina e advertência em três atitudes que a Doutrina dos Espíritos classificaria, mais acertadamente, como agressividade, prepotência e maledicência, fatores de sintonia com as esferas inferiores, o grande celeiro de perturbações.

À medida que nos aprofundamos no estudo da Terceira Revelação, melhor percebemos a grandiosidade da lição legada por Jesus ao recomendar oração e vigilância.
É indispensável vigiar atentamente nossos pensamentos e ações nos contatos com o próximo, conscientes de que, sempre que não expressarem pureza, estaremos a caminho do desequilíbrio.

Quando isso acontecer, a prece sincera, de quem reconhece a própria fraqueza e deseja o melhor, será o recurso divino capaz de reajustar as emoções, para que o Bem seja mais forte.


Reformador – maio, 1964
Richard Simonetti

REFLEXÃO



segunda-feira, 13 de junho de 2011

BOM DIA!


“Sedes felizes quando os homens, tratando-vos com má vontade, vos derem a ocasião de provar a sinceridade de vossa fé, porque o mal que eles vos fizerem resultará em vosso proveito. Lamentai-lhes a cegueira, mas não os amaldiçoeis”. E.S.E
Aqueles que acreditam na força superior que rege o universo, sabe que o mal que nos atingi não é por acaso; por nossa necessidade ou merecimento recebemos muitas vezes as lições mais duras, as quais devemos tirar proveito positivo para nosso crescimento.
Esses testes de paciência e compreensão fazem com que possamos analisar em que grau de perfeição nos encontramos, pois Jesus disse que deveríamos ser perfeito como o Pai.

Mas sabemos que para isso ainda temos uma longa caminhada pela frente, indo e voltando até a depuração do nosso espírito; mas não justifiquemos que por termos essas inúmeras oportunidades, ficarmos adiando nosso melhoramento.

O sofrimento é inerente a nossa perfeição, quanto mais destituídos de vícios e imperfeições morais, menos sofrimentos sentiremos, não que teremos uma vida na calmaria, mas a nossa visão dos problemas se tornará mais ampla; conquista baseada na virtude do entendimento, da compreensão e do amor.

Saiba tirar proveito de todo mal; uma das lições é não devolver o mal, quebre a sua corrente, não permita que ele prossiga. Devolva o bem, nem que seja uma simples frase: Deus te abençoe.
A palavra edificante, o pensamento elevado faz com que não nos liguemos ao mal, e assim não lhe daremos morada nos pensamentos e principalmente no coração.

Eleve sua fé a Deus. Quem está com Ele passará por todas as provações na certeza de que tudo que nos chega é para nosso bem, seja material e espiritual.

Somos ferramentas de aprimoramento uns dos outros.
Muita paz no seu coração
Angel





A PRÁTICA DO EVANGELHO NO LAR

É uma ferramenta que nos auxilia a construir a paz e harmonia em nossos lares.
Quando praticamos o evangelho, os benfeitores espirituais e nossos amados guias que nos orientam, encontram maiores condições para nos auxiliar e reequilibrar possíveis obsessores, pois com a prática, criamos uma elevada atmosfera psíquica em nosso lar, formando uma verdadeira barreira magnética impedindo o assédio de espíritos desequilibrados. Além disso, se praticarmos o Evangelho no Lar com amor, sem julgarmos ninguém, estaremos dando um grande passo para nossa harmonização interior e familiar.

Quando falamos em evangelho, que significa Boa Nova, pensamos nos ensinamentos trazidos pelo Mestre Jesus, que refletem amor, bondade, humildade, enfim, a mais elevada sabedoria.

Mas se uma família lá na índia, por exemplo, ao invés de praticar o evangelho no lar com os ensinamentos de Jesus, o fizer estudando os ensinamentos de Sri Krishna, contidos no Baghavad Gita, que também refletem amor e sabedoria, os efeitos não serão os mesmos? O mais importante não é a letra, mas sim, a "dose" de sinceridade que colocarmos em nossa prática. Já que vivemos em uma cultura religiosa essencialmente cristã, vamos tomar como base para nossa prática os evangelhos, que podem ser considerados como o reflexo da mais absoluta perfeição.

Você poderá abrir a Biblia, na parte do Novo Testamento, mas minha sugestão é que seja utilizado o livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, que contém explicações de vários espíritos sobre os ensinamentos do Mestre, facilitando a compreensão de todos, espíritas e espiritualistas em geral.


A prática do evangelho

Escolha um dia da semana, em um horário em que todos da família estejam disponíveis. Não deixe de praticar. Você estará assumindo um compromisso com o plano espiritual superior. Mesmo que você esteja sozinho, como encarnado, pratique, pois com certeza os mentores que o acompanham estarão presentes e talvez, algum espírito necessitado também possa vir receber as luzes do Alto.

Desligue o telefone, TV e rádio. Este momento deverá ser reservado apenas para a prática, evitando-se conversas paralelas.

Caso chegue alguma visita, explique que você e sua famíla estão praticando o evangelho e convide a pessoa a assistir ou retornar mais tarde.

Crianças também podem assistir. Dependendo da idade, convide-a a fazer uma prece, para o anjinho da guarda ou para o "Papai do Céu". E muito importante acostumar a criança o mais cedo possível com a prática da oração. Geralmente, aqueles que desde cedo são orientados pelos pais, com carinho, sem tirania, nas praticas religiosas, se afastam com mais facilidade dos abismos que encontramos cada vez maiores, como as drogas e a prostituição.

Coloque um jarro de água em cima da mesa e peça para os mentores espirituais, no final da prática, magnetizarem a água, depositando os fluidos necessáriios para cada membro da família.


1 - Prece de abertura: você ou outro membro da família faz uma prece. Ore com o coração, colocando seus melhores sentimentos. Pode-se orar o Pai-Nosso, mas que seja com sinceridade, e não apenas da "boca pra fora". Peça pela presença dos benfeitores espirituais. Que eles possam guiar a reunião familiar.


2 - Leitura do Evangelho: outra pessoa pode ler um trecho, não muito longo, de O Evangelho Segundo o Espiritismo. O ideal é seguir, em cada reunião, a ordem dos capítulos, pois a prática não deixa de ser um momento de estudo.


3 - Comentários: após a leitura, a mesma pessoa que leu, se quiser, pode fazer um comentário, segundo o seu grau de entendimento. Depois, outra pessoa comenta, e assim por diante, até todos terem tempo para falar. Jamais comente os defeitos alheios. Deixe que cada um perceba por si próprio seus erros. Procure aplicar os ensinamentos dos evangelhos em você, e com certeza a sua transformação interior irá repercurtir nos outros. Lembre-se que, principalmente neste momento, a bondade deverá transparecer em seus comentários. Jamais atrairemos a presença dos guias espirituais através da maledicência ou da frivolidade.


4 - Vibrações: após os comentários, alguém poderá conduzir as vibrações, também em voz alta, pedindo que Jesus ampare os presidiários, obsediados, doentes, órfãos, políticos, militares, as pessoas necessitadas na família, os membros presentes na reunião etc. Durante as vibrações, o importante é irradiarrmos o amor incondicional, e com certeza os espíriitos saberão canalizar nossas energias para onde for necessário. Pode-se, neste momento, pedir pela magnetizacão da água.


5 - Prece de encerramento: É o momento em que outro membro da família, em voz alta, agradece pelas bençãos derramadas e pede para que os benfeitores espirituais estejam presentes durante a semana, auxiliando a todos, na grande jornada evolutiva.
Reserva-se um minuto de silêncio para que cada um ore em voz baixa.
Desta forma, meus irmãos, encerra-se o culto do Evangelho no Lar, uma grandiosa ferramenta para a harmonização dos nossos lares.

É muito fácil chegarmos no centro espírita, orarmos e entramos em sintonia com nossos mentores, mas é no dia-a-dia que enfrentamos as mais difíceis provas. Portanto, precisamos viver nosso lar como um verdadeiro templo, onde cada membro é um sacerdote a zelar pela harmonia familiar. O indivíduo é o princípio do equilíbrio na familia, e esta é a base da paz mundial.

Aproveito para encerrar com a seguinte passagem do Evangelho de São Lucas:

"E aconteceu, que como fossem de caminho, entrou depois Jesus em uma aldeia. Uma mulher; de nome Marta, o hospedou em sua casa. E esta tinha uma irmã chamada Maria, a qual até sentada aos pés do Senhor ouvia sua palavra. Marta, porém, andava toda afadigada na contínua vida da casa, a qual se apresentou diante de Jesus e disse: Senhor; a ti não se te dá que minha irmã me deixasse andar servindo só? Dize-lhe pois que me ajude. E respondendo o Senhor; lhe disse: Marta, Marta, tu andas muito inquieta, e te embaraças com o cuidar em muitas coisas. Entretanto, só uma coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada." (S. Lucas c.1 O vv38-42).


Victor Rebelo.
Comunidade Espírita.

A ÚLTIMA PERGUNTA

Os livros da Codificação Espírita constituem fonte permanente para estudos e reflexões. Sempre encontramos em suas páginas fecundas oportunidades de análise para qualquer tema do cotidiano da vida humana. Isto sem falar nas questões transcendentais ...

Assuntos admiráveis ou polêmicos encontram no pensamento do Codificador ou na revelação dos Espíritos, roteiros e argumentações, orientações e material para manter concentrado qualquer pesquisador que venha procurar na Doutrina Espírita respostas às suas indagações. Trata-se de vasto campo cultural alicerçado na mais alta moral que o planeta pode conhecer: a moral de Jesus. Incrível como qualquer assunto possa ser analisado sob a ótica espírita.

Trazemos essas considerações pensando em convidar o leitor a pensar conosco sobre a última questão de O Livro dos Espíritos, a de número 1.018. É que o tema dessa questão está diretamente relacionado com uma preocupação coletiva.

Vive-se no planeta um período de grandes dificuldades, agravadas por inúmeros problemas sociais, todos conhecidos graças ao poder da mídia. Problemas que têm gerado grandes aflições coletivas. Aí estão presentes no dia-a-dia do cidadão do planeta a violência, a miséria, o desemprego e pior, a indiferença, o desamor.

Ao lado de um tanto de criaturas que lutam pelo bem, que se esforçam pelo aprimoramento individual e coletivo, boa parcela da população se perde ainda nos excessos, na incompreensão, na intolerância, fechando-se no egoísmo que tantos males tem gerado.

E vem a última pergunta do livro referido:


"1.018 - Jamais o reino do bem poderá ter lugar sobre a Terra?

- O bem reinará sobre a Terra quando, entre os Espíritos que vêm habitá-la, os bons vencerem sobre os maus. Então, farão nela reinar o amor e a justiça que são a fonte do bem e da felicidade. É pelo progresso moral e pela prática das leis de Deus que o homem atrairá sobre a Terra os bons Espíritos e dela afastará os maus. Mas os maus não a deixarão senão quando dela forem banidos o orgulho e o egoísmo. A transformação da Humanidade foi predita e atingis esse momento, que apressam todos os homens que ajudam o progresso. Ela se cumprirá pela encarnação de Espíritos melhores, que constituirão sobre a Terra uma nova geração ( .. .)".


Notem os leitores que a transformação virá pela atração de Espíritos melhores, através da transformação moral dos próprios homens e da prática das leis de Deus.

O amadurecimento humano, pelo progresso inevitável, fará isso, cedo ou tarde. Porém, nada nos impede de antecipar o notável acontecimento, através de esforços individuais e coletivos que melhorem o padrão moral do planeta.

Felizmente, há muita gente boa trabalhando para isso, em todo o mundo. Iniciativas brilhantes nas áreas de pesquisas científicas (para as conquistas tecnológicas que beneficiem o homem em todos os sentidos), ou esforços de solidariedade que despertem o coração humano para a importância da afabilidade, estão levando o homem para o caminho da tão sonhada paz e felicidade.

Vou citar um exemplo muito simples, pequenino mesmo, mas muito ilustrativo.

Em nossa pequena cidade, há um cidadão espírita, atualmente cego, que solicita para seu funcionário escrever diariamente uma frase motivadora ou de teor cristão, em pequena lousa localizada em seu estabelecimento comercial. Trata-se de um hábito muito antigo, já conhecido da cidade. Pois, com a prática já transformada em hábito, hoje em dia é comum pessoas pararem para ler a frase e outras copiarem a dita frase para reflexão posterior. Até uma professora solicita a uma de suas alunas passar por lá diariamente para copiar a frase ...

O comerciante teve uma idéia simples, mas gerou simpatia e ajuda às criaturas que por ali passam e já buscam até com certa ansiedade a frase do dia, inclusive para anotações. A iniciativa criou um clima melhor naquele ambiente, atraindo forças positivas e irradiando amor para muitos.

O exemplo simples pode ser usado para dimensões mais abrangentes que gerem modificações positivas em ambientes perturbados ou perturbadores.

Desejamos atingir o fato, destacando para o leitor, de que a implantação do reino do bem e por extensão natural da paz e da felicidade tão procurada, está principalmente nas iniciativas que tenhamos para fazer as oportunidades do bem aparecer, fazendo-o presente em nossas vidas. Se a ação generalizar-se, em breve tempo, teremos o bem implantado sobre o planeta. E isto propiciará a encarnação de Espíritos melhores ...


A nova geração
Para que os homens sejam felizes sobre a Terra, é necessário que ela seja povoada apenas por bons Espíritos encarnados e desencarnados, que apenas queiram o bem. Tendo chegado a tal ponto, uma grande emigração se realiza neste momento enntre os que a habitam, aqueles que praticam o mal pelo mal, e que o sentimento do bem não atinge, não sendo mais digno da Terra transformada, dela serão excluídos, porque eles lhe trariam novamennte perturbações e confusão, e seriam um obstáculo ao progresso. Irão expiar seu endurecimento, uns nos mundos inferiores, outros, em raças terrestres atrasadas, que serão equivalente a mundos inferiores, onde levarão seus conhecimentos adquiridos, e onde irão com a missão de as fazer progredir. Serão substituídos por Espíritos melhores, que farão reinar entre si a justiça, a paz, a fraternidade.
(A Gênese, de Allan Kardec, cap. XVIII)


Orson P. Carrara - Jornal O Semeador

OS REAIS OBJETIVOS DO CASAMENTO

No capítulo XI de O Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos uma preciosa elucidação:
"O amor resume inteiramente a doutrina de Jesus, visto que é o sentimento por excelência. Os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. Em seu início, o homem não tem senão instintos. Mais avançado e corrompido, só tem sensações e, quando instruído e purificado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne, em seu foco ardente, todas as aspirações e revelações sobre-humanas".

A lei do amor substitui a personalidade pela fusão dos seres, extinguindo as misérias sociais. Entendemos que a família é uma sagrada oportunidade para nos reunirmos e, através do livre-arbítrio, substituirmos nossos instintos e sensações pelo mais nobre sentimento, que é o amor. E para que a família se constitua, é necessário o casamento.
A doutrina espírita nos oferece um fartíssimo material para estudar e compreender o casamento, a família, o sexo e nossas ligações. Precisamos meditar detidamente sobre estes temas, uma vez que, nos dias de hoje, passamos por uma fase conturbada. Há uma grande confusão entre liberdade e libertinagem na transição para a libertação das mulheres. Os jovens necessitam de uma orientação bastante segura, face à quantidade de informações (ou desinformações) que chegam até eles. A maioria das religiões se perde em dogmas que, não sendo compatíveis com o espírito crítico, muitas vezes afastam o jovem dos ensinamentos religiosos.
Sendo assim, devemos fazer a nossa parte, estudando, meditando e nos modificando, para que, através do exemplo, possamos oferecer uma educação segura para nossos filhos e auxiliar todos aqueles que baterem à nossa porta.

Por que não há casamento nos centros espíritas, como nas igrejas e demais religiões em geral?
Carlos Alberto Silva - Por vários motivos. Observamos que, na maioria das religiões, há a figura de um padre ou pastor, o intermediário de Deus para oficializar uma união ou casamento, segundo o entendimento delas. No Espiritismo, não existe esse intermediário. Mesmo o presidente do centro espírita é tido apenas como mais um trabalhador, com a missão de organizar as tarefas do centro, sempre ajudado por uma equipe de trabalho. Portanto, para o espírita, o casamento não depende da autorização de um presidente do centro ou mesmo de um palestrante ilustre, mas de um consentimento que vem de Deus, de um pedido sincero feito por dois corações que resolveram se unir. Isto não quer dizer que o espírita não pode realizar uma cerimônia espírita, na qual haverá um amigo que possa realizar uma prece ao invés de um padre e, no lugar da igreja, ter como sede não o centro espírita, mas o lar ou um local adequado para reunir os amigos e familiares.

A pessoa com quem casamos possui algo relacionaado com nossas vidas passadas?
Carlos Alberto Silva - Normalmente sim, mas não façamos disso uma regra absoluta. A doutrina espírita nos ensina que a maioria de nós possui um planejamento de vida a cumprir, referente à nossa família, ao país em que nasceremos, à profissão que será escolhida e aos companheiros que encontraremos ou reencontraremos, incluindo o futuro cônjuge. Contudo, ela nos ensina também que possuímos o livre-arbítrio, abrindo a possibilidade de sermos atraídos para um (a) companheiro(a) e resolvermos por outro(a), seja pelo interesse material ou pelas paixões.

"Para o Espiritismo, um casamento não depende de autorizações, mas de um pedido sincero de dois corações que resolveram se unir."
Permanece-se casado depois do desencarne?
Carlos Alberto Silva - Se as ligações forem de alma para alma, sim, formando, inclusive, as famílias espirituais. Mas caso as ligações sejam somente da matéria, elas se desfazem com a mesma.

O casamento tem lugar e função nos estágios mais elevados da vida espiritual ou tende a desaparecer com a compreensão completa do amor e caridade? Aliás, alguns usam esta compreensão para justificar a poligamia. Como podemos analisar a questão?
Carlos Alberto Silva - Vemos o casamento como um estágio necessário para a troca de experiências que visam nosso aperfeiçoamento moral. Conforme evoluímos por meio delas, vamos conquistando o "amor" em sua plenitude, atingindo a possibilidade de "amar ao próximo como a nós mesmos". Nesse estágio, não precisamos mais da reencarnação e, a meu ver, o casamento não se dá mais de alma para alma, segundo o nosso nível atual, mas de alma para almas. Vejo no amigo Jesus o exemplo a que me refiro. O que os espíritos nos ensinam é que a monogamia se trata de uma evolução de nossa sociedade. Na poligamia, não encontramos afeição real, mas sensações. As pessoas que tentam justificá-la estão bastante ligadas às sensações físicas, não tendo despertado ainda para as "sensações" da alma, que é um de nossos grandes objetivos até chegarmos ao despertamento e descobrimento do amor.

Também poderíamos compreender como um "casamento" a união estável entre dois indivíduos do mesmo sexo?
Carlos Alberto Silva - Este é um tema bastante complexo, para o qual não nos arriscamos a dar respostas definitivas. No meu entendimento atual, depois, inclusive, de várias mensagens do plano espiritual, penso que sim. Entretanto, só conseguiremos compreender melhor a questão homossexual depois que estivermos livres dos preconceitos que nos acompanham há muitos milênios. Arrisco-me a dizer que a legalização do casamento entre duas pessoas do mesmo sexo é um avanço da sociedade, que estará apenas regulamentando o que já existe de fato.

Se a família é "uma sagrada oportunidade para nos reunirmos e, através do livre-arbítrio, substituirmos nossos instintos e sensações pelo sentimento mais nobre, que é o amor", como se disse na introdução, uma pessoa que opte por não se casar estaria incidindo em erro?
Carlos Alberto Silva - Não. Ou melhor, podemos dizer que depende. Existem planejamentos de reencarnações nos quais a formação de uma família não está prevista. Temos, por exemplo, o caso do Chico Xavier ou, no livro Renúncia, do personagem Carlos, que teve planejada a volta como padre, sem a previsão de ter uma família. Para uns, é expiação, enquanto que, para outros, é prova. E por isso que não temos uma vida só, pois, a cada reencarnação, temos oportunidades de crescimento em um ou mais campos.

"A doutrina espírita não íncentiva o divórcio,mas não ensina a ficar preso em compromissos que não têm mais razão de existir."

Geralmente, há uma idéia de que um casamento que fracassou obrigatoriamente deverá ser refeito em outra vida, em bases sofridas.


Isso não contraria a própria lei de evolução, já que os espíritos, ao refazerem a experiência juntos, poderão estar mais cooperativos, amenos e amorosos? Por que se insiste em ameaçar, alegando que a próxima experiência será pior do que a atual?
Carlos Alberto Silva - A ameaça vem pela falta de entendimento, são os elos que ainda trazemos das religiões que se baseiam no conceito de "céu" e "inferno", de punições eternas. Eu também já interpretei muitos textos espíritas exatamente como o descrito na questão, mas o entendimento das leis de Deus nos mostra que não é assim. Não faz sentido estabelecermos uma "fatalidade" quase cega ao término de um relacionamento, até porque as leis divinas não são punitivas, mas educativas. Acredito que a confusão seja feita nesse sentido, com estas interpretações, em virtude de querermos enquadrar as situações dentro de leis quadradas de certo e errado. Certa vez, ao se referir a este tema, o amigo Altivo Pamphiro, presidente do Centro Espírita Léon Denis, afirmou que, em seu entendimento, as questões relacionadas ao casamento são individuais. Há tempos que venho pensando nisso, que faz muito sentido para mim. Cada um de nós é um universo em si mesmo, com experiências milenares, e, no casamento, juntam-se "dois universos". Como estabelecer que o final de um casamento será assim ou assado diante de tantas variáveis envolvidas? Tudo dependerá da maturidade de cada um, do que acontecer depois. Podemos salientar, ainda, a existência de casos nos quais um dos envolvidos no casamento - que, no atual estágio em que nos encontramos, normalmente é de reajuste - pode se esforçar e agir como alguém que está "quitando" seu débito. Entretanto, o outro nunca se sente "pago". O que fazer então? Ficar "amarrado", esperando "que a morte os separe"? Abençoada doutrina espírita, que nos mostra os objetivos do casamento com mais clareza, que não incentiva o divórcio, mas que também não nos ensina que devemos ficar "presos" indefinidamente a um compromisso que, muitas vezes, não tem mais razão de existir. Sempre será uma questão de consciência de cada um.

"A família oferece a chance de uma pessoa se juntar a outras e trocar seus instintos por amor.
Mas o desejo de não se casar e criar laços familiares não deve ser visto como algo contrário à evolução, pois pode fazer parte da programação reencarnatória do ser."


O Evangelho Segundo o Espiritismo nos fala que o divórcio serve para quando não existe amor, pois, diante disso, não é justificável continuar uma ligação. Entretanto, no livro Vida e Sexo, Emmanuel nos diz que não há união por acaso e nunca se deve estimular o divórcio, que se destinaria apenas para aqueles aos quais um homicídio ou um suicídio se configurem uma ameaça.

Como conciliar estas duas informações? Quando aconselhar o divórcio para alguém? A agressão física seria uma justificativa plausível ou se deve tentar mesmo assim, por meio do sacrifício e da paciência?
Carlos Alberto Silva - Na maioria das vezes, quando falamos de divórcio ou assuntos relacionados às problemáticas da vida, basicamente buscam
os uma resposta que nos oriente exatamente como proceder. No íntimo, sem que façamos isso conscientemente, estamos procurando uma "regra de bolo", algo que nos isente de tomar uma decisão "errada", já que podemos dizer coisas como "agi de acordo com a doutrina, com o ensinamento deste ou daquele espírito", ou seja, uma maneira de suavizar uma decisão tão difícil. Só que esta receita não existe! Para mim, cada caso será sempre único. Se uma pessoa tem entendimento e encontra forças para prosseguir em sua caminhada dentro de um casamento difícil, por que diríamos a ela para se separar? Agora, no caso de uma outra que, por motivos que nos parecem menores do que a primeira, está a ponto de se suicidar ou cometer seguidos adultérios, como poderemos insistir para que ela continue presa ao casamento? Embora, de forma geral, sejamos espíritos em estágios parecidos de inferioridade, cada um de nós possui uma bagagem, uma experiência. Uns combatem o egoísmo, alguns combatem a bebida, outros se sacrificam pelo casamento. Por isso, normalmente os espíritos avaliam estas questões de forma genérica. Nos casos em que há violência física, vícios graves ou adultério, é lícito ter o divórcio como saída plausível, porém, saberemos quais são as conseqüências deste ato apenas na vida espiritual, com base naquilo que fomos e conseguimos conquistar na atual existência.

Carlos A.Silva - Revista Cristã de Espiritismo

BRILHAR A NOSSA LUZ

                                        
Nossa existência é a candeia viva. O nosso procedimento para fazer brilhar a nossa luz é o nosso aperfeiçoamento, que significa:
a - aprendermos tudo que pudermos (lei do progresso);
b - termos fé (vontade) raciocinada;
c - pormos em prática os mandamentos de Deus ditos por Jesus.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

BOM DIA!

Os judeus haviam negligenciado os verdadeiros mandamentos de Deus, apegando-se a prática de regras estabelecidas pelos homens, e das quais os rígidos observadores faziam casos de consciência. O fundo, muito simples, acabara por desaparecer sob a complicação da forma. Como era mais fácil observar a pratica dos atos exteriores, do que reformar-se moralmente, de lavar as mãos do que limpar o coração, os homens se iludiam a si mesmos, acreditando-se quites com a justiça de Deus, porque se habituavam a essas praticas e continuavam como eram, sem se modificarem, pois lhes ensinavam que Deus não exigia nada mais. Eis porque o profeta dizia: “É em vão que esse povo me honra com os lábios, ensinando máximas e mandamentos dos homens”.
E.S.E cap.VIII item 10 – Bem-aventurados os puros de coração.


Nada vale as atitudes apresentadas aos homens se vosso coração não transmite o sentimento que quer expor.

Não pratique os atos pelas aparências externas, enganas aos outros e a si mesmo, mas o Pai lhe conhece, sabe de todos os seus sentimentos, suas virtudes e seus defeitos.

Procura ser sincero consigo mesmo, saiba que não será feliz querendo agradar os homens, mas sim, buscando agradar a Deus.

Suas preces serão atendidas apenas por seus sentimentos e não por seus atos de adoração externa.

Se quiser de verdade agradar a Deus, se importe mais com atitudes sinceras do seu coração do que com a pratica muitas vezes vazia da exposição pública.

Deus espera de ti, o melhor que puder dar vindo do seu coração.

Que a doce essência do amor que Ele nos emana seja sentida no coração por cada ato de amor que praticar no dia de hoje.


O que importa os engrandecimentos e agradecimentos dos homens, se você receberá o maior de todos os agradecimentos, que é a satisfação de agradar a Deus fazendo o bem ao seu próximo.

Cultive meus irmãos, as virtudes do coração.

Deixai os atos exteriores de adoração para aqueles que ainda têm necessidades deles.

Com carinho
Angel

CENTRO FORTE

Existe Centro Espírita forte e Centro Espírita fraco?

Não; existe apenas Centro Espírita.
"Mas, já me falaram uma vez que eu deveria frequentar um Centro mais forte".
Se falaram (e disso não duvidamos, pois muita gente se põe a dar conselhos sobre Espiritismo sem saber nada do assunto), pode pôr o conselheiro de quarentena.
Repetimos: só existe um tipo de Centro Espírita - é aquele onde a pregação e a prática do Evangelho estão colocadas acima de quaisquer interesses particulares.

E quando nos referimos a "interesses particulares", queremos falar das pessoas que procuram os Espíritos só para resolver problemas de ordem material; só pedem e nada dão de si. São indivíduos que acreditam em mágicas, que acreditam em milagres.

É preciso deixar claro que, no Centro Espírita, se a pessoa recebe um benefício do Plano Espiritual é porque a ele faz juz; é porque se propôs a dar, em troca, uma melhoria de si mesmo. Melhoria interior, nada de exterior; nada de oferendas em dinheiro ou espécie.

O que o Espiritismo prega é a reforma Íntima do homem: aquele esforço que todo indivíduo é capaz de fazer, a fim de amanhã ser melhor do que hoje. Um esforço que não exige riqueza ou tempo. Exige apenas boa vontade, responsabilidade.

Portanto, todo Centro verdadeiramente espírita é "forte". Pois até hoje não encontramos um Espírito mais forte do que Jesus. Pelo menos no estágio evolutivo em que ainda nos encontramos. Forte é Jesus: sua ascendência moral sobre todos nós - sobre todos os Espíritos que nos rodeiam - é incontestável.

Ora, se um Centro está colocando em prática os ensinamentos de Jesus, está, automaticamente, fortalecido. É um Centro que deve ser frequentado por quem deseja ficar realmente forte do ponto de vista espiritual. Mas, os fracos e gananciosos - os indivíduos que só pensam em sua fortuna pessoal - estes não encontram lugar ao lado daqueles que lutam com Jesus. Estes vão, realmente, em busca dos Espíritos "fortes" em assuntos materiais; Espíritos com pouca ou nenhuma moral. E com pouco ou nenhum conhecimento das Leis Eternas que regem nossas vidas.

Quem procura um "Centro forte" para resolver um problema imediato (ficar curado rapidamente, por exemplo) pode encontrar aquilo que procura. Os Espíritos que prestam colaboração nesses núcleos são acostumados a obedecer aos homens sem quaisquer preocupações de ordem moral. Podem, contudo, acontecer duas coisas não muito agradáveis para os pesquisadores dos "Centros fortes".

1ª) Muitas vezes, uma doença que acomete a pessoa é uma prova necessária à reeducação e ao reequilíbrio do Espírito encarnado. Uma espécie de prisão, que mantém o prisioneiro (Espírito) na linha, sem cometer grandes abusos. É possível, portanto, que, curada essa doença, o Espírito ainda desequilibrado, sentindo-se com um corpo sadio, comece novamente a fazer uma série de desatinos que o levarão fatalmente a um longo estacionamento expiatório em sua caminhada rumo à perfeição. O correto é o indivíduo apoiar-se moralmente nos ensinamentos evangélicos, aceitar o passe magnético com devoção e aguardar a atitude da Providência Divina. Se realmente os Espíritos julgarem que ele já poderá se libertar da prisão, ele será curado: não haverá jamais perigo iminente de seu Espírito cair em novos erros nesta encarnação. Entretanto, se ainda não conseguiu disciplinar-se, o Plano Espiritual Superior permite que prossiga sofrendo a doença, mas lhe dará força e coragem de suportar a dor.

2ª) Pode também acontecer uma espécie de compromisso espiritual entre o indivíduo que foi beneficiado por um Espírito pouco esclarecido, e esse próprio Espírito. Isto é, quando pedimos alguma coisa a alguém, ficamos devendo um favor: estabelece-se uma espécie de pacto. Algo semelhante com a alegoria do homem que vendeu a alma ao diabo. Na realidade, o indivíduo passa a dever um favor ao Espírito que o atendeu: e Espíritos ainda materializados, como nós, costumam cobrar os favores que prestam. Como um homem interesseiro quando presta um auxílio a qualquer pessoa: fica aguardando o momento para "cobrar" o favor. Imagine-se a situação do supostamente beneficiado com o atendimento: estará sempre preso a um compromisso que, um dia, terá de saldar. E saldar de que forma? Prestando-se a trabalhar para tais Espíritos - muitos dos quais ainda não sabem distinguir entre o bem e o mal. Devemos convir que não se trata de um bom negócio.

Voltando ao assunto: quem quiser um Centro forte, procure aquele Centro que não promete curas, mas esclarecimentos para fortalecer o Espírito.

Valentim Lorenzetti
Comunidade Espírita