quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

BOM DIA AMIGOS!

As palavras de Jesus nos envolve o coração, nos traz o consolo necessário para as amarguras e desilusões .
Mas se faz necessário edificar dentro de nós os alicerces inquebrantável da fé, e exemplificar as atitudes que denotam essa fé.
Quantos se perdem nos labirintos de aflições passageiras?Esquecendo que tudo o que passamos é justiça!
Se não encontramos a causa nesta vida, há de estar nas outras.
O dever, a compensação e a reparação por nossos próprios atos demonstram a perfeição das Leis Divinas.
Cada um conforme suas obras.
Busque o consolo nos ensinamentos, mas empregue-os nas atitudes, para que a colheita de amanhã seja melhor do que a de hoje.
Paz
Angel
"Jesus, o nosso Salvador, estende-nos os braços amoráveis e compassivos. Com ele, a vida enriquecer-se-á de valores imperecíveis e à sombra dos seus ensinamentos celestes seguiremos, pelo trabalho santificante, na direção da Pátria Universal...
Todos os crentes registram-lhe o apelo consolador, mas raros se revelam suficientemente valorosos na fé para lhe buscarem a companhia. Em suma, é muito doce escutar o "vinde a mim..."
Entretanto, para falar com verdade, já consegues ir?"
Fonte Viva

O PORQUÊ DA VIDA .

1. Quais as consequências das idéias materialistas?

O vácuo e a obscuridade das doutrinas religiosas e os abusos que elas engendraram lançam muitos espíritos no materialismo, os quais ficam dispostos a crer que tudo acaba com a morte e que o destino do homem é desaparecer no vácuo.

Com a perspectiva do nada, quanto mais praticar a abnegação e a justiça, tanto mais a vida do homem será fértil em amargores e decepções. O egoísmo seria então a suprema sabedoria e a existência perderia toda a dignidade e grandeza.

A negação da vida futura suprime também toda a sanção moral. Desse modo, todo ato bom ou mau, criminoso ou sublime, termina com os mesmos resultados. Não existe compensação para a existência miserável, a dor, a opressão, nem há consolação para as provas, ou esperança para os aflitos.

Se tudo acaba com a morte, o indivíduo não tem nenhum motivo para constranger-se, para comprimir seus instintos e seus gostos. O bem e o mal, o justo e o injusto se confundem igualmente, se esvaem no nada, e o suicídio será sempre um meio de escapar aos rigores das leis humanas.

2. Como definir a natureza humana?

O homem participa de duas naturezas. Pelo seu corpo, pelos seus órgãos, deriva-se da matéria. Pelas suas faculdades intelectuais e morais, procede do Espírito. Digamos ainda com mais exatidão, reportando-nos ao corpo humano, que os órgãos componentes dessa máquina admirável são semelhantes a rodas incapazes de andar sem um motor, sem uma vontade que os ponha em ação. Esse motor é a alma, ligada ao corpo por um terceiro elemento, que transmite ao organismo as ordens do pensamento.

Esse elemento é o perispírito, matéria etérea que escapa aos nossos sentidos. Ele envolve a alma e a acompanha depois da morte, nas suas peregrinações infinitas, depurando-se, progredindo com ela, constituindo para ela um corpo diáfano.

3. Se Deus fez o mundo, quem fez a Deus?

Tal objeção é insensata. Deus não se vem adaptar à cadeia das suas criaturas. É o Ser universal, sem limites no tempo e no espaço; por conseguinte, é infinito e eterno. Não pode existir ser superior ou igual a Ele, fonte e princípio de toda a vida.

A existência dum plano geral, dum alvo comum, para o qual tendem todas as potências do Universo, prova a existência duma causa, duma inteligência suprema, que é Deus.

Léon Denis

COMO UM VELHO BOIADEIRO

Muitas vezes, atravessamos difíceis momentos em nossa vida. Dificuldades, obstáculos, falta de perspectivas. Desânimo mesmo. Dor.

Nessas ocasiões, é necessário que reflitamos sobre a Lei de Causa e Efeito, sobre a Justiça Divina e sobre o que a “dor”, as dificuldades significam para nossa vida.

Quem conhece e, mais que isso, compreende efetivamente o processo reencarnatório, sabe que as dificuldades e “dores” (morais e/ou físicas) são um sinalizador na estrada de nossa existência, indicando que estamos trilhando hoje um caminho que projetamos e construímos, de forma não adequada, no passado de nossa(s) existência(s).

A esse respeito, podemos fazer analogias e inferências, utilizando um poema muito lindo, na verdade a letra de uma conhecida canção, que em um de seus trechos diz assim: “...penso que cumprir a vida / seja simplesmente / compreender a marcha / ir tocando em frente. / Como um velho boiadeiro/ levando a boiada / eu vou tocando os dias / pela longa estrada / eu vou / estrada eu sou” (1).

As dificuldades, as provações, são a “boiada” que adquirimos, pelos compromissos cármicos, em encarnações passadas. Quando viemos para esta vida, somos os “boiadeiros”, que temos que tanger e entregar a “boiada”. Quando entendermos isso, compreendemos que temos que “...ir tocando em frente...”, simplesmente, compreendendo a razão e a necessidade da marcha.

Temos então que ir tocando a boiada. Pela longa estrada. Longa e difícil. Mas devemos nos lembrar que “...estrada eu sou...”. Fazemos nossa própria estrada. E nesse trajeto, temos que “ir entregando nossa boiada”. Como velhos boiadeiros de nossas imperfeições, temos que ir tocando os dias, tocando a vida, compreendendo a marcha, ir tocando em frente.

Nossos erros do passado, tornaram nossa estrada complicada, que muitas vezes nos conduz para abismos profundos, outras para serras escarpadas e íngremes. No entanto, “...estrada eu sou...”, posso pavimentar um novo caminho. Mais plano e suave.

Devemos nos lembrar, no entanto, que pela Lei de Justiça, para sair do abismo, há que se escalar as íngremes paredes, com todos os “esfolados” e “escoriações” causados pela dificuldade do trajeto. Da mesma forma, para se descer da serra escarpada, há o perigo dos desfiladeiros, das rochas cortantes, da trilha estreita e desgastante.

Mas se quisermos, lá em baixo, ou lá em cima, a “nova” estrada estará pronta, como a construirmos agora. Para trilhar ainda nesta vida. Também para a existência futura.

Se subimos a “serra”, temos que descer, e se estávamos no “abismo”, temos que subir. Por dolorido que seja, não há, peremptoriamente, como evitar isso. Esse caminho difícil é o da "entrega da boiada", e a medida que o trilharmos, com decisão, vamos “entregando alguns bois”, a boiada vai ficando menor, e a boiada menor é mais fácil de tocar.

Fé, pensamento positivo, esperança e confiança, bom senso, razão e amor. Tal a “receita” de uma boa estrada para nossa vida. Se buscarmos e conseguirmos esse tipo de atitude, o trecho ruim, com certeza, terá seu término mais a frente. Cabe a nós caminharmos até a “boa estrada”, apesar das dificuldades e obstáculos do trecho momentâneo, cujo projeto de engenharia imprevidente, foi por nós realizado no pretérito. Lembremo-nos, como reforço para o caminho: "Ora e confia, buscai e achareis".

Com extrema sensibilidade e rara felicidade, prossegue o poema: "...cada um de de nós / compõe a sua história / cada ser em si carrega / o dom de ser capaz / de ser feliz..."(1) .

Nossa história é escrita por nós mesmos. Nossa estrada somos nós mesmos. Só nós podemos decidir e construir nossa felicidade. Deus nos deu esse dom, “...o dom de ser capaz de ser feliz...”.

Desenvolvermos ou não esse dom, é decisão própria, pessoal, intransferível. Livre arbítrio, inviolável.


(1)“Tocando em Frente”, poema de Renato Teixeira. Em minha opinião, a mais bela letra da música brasileira, um verdadeiro poema, um libelo à vida. A musica é de Almir Sater, que gravou uma versão de emocionar de linda.

PROGRESSO

A fé no progresso não caminha sem a fé no futuro, no futuro de cada um e de todos. Os homens só progridem e só avançam se acreditarem nesse futuro e se marcharem com confiança, com certeza, para o ideal entrevisto.
O progresso não consiste somente nas obras materiais, na criação de máquinas poderosas e de todo equipamento industrial; não consiste, igualmente, em descobrir processos novos de arte, de literatura ou de formas de eloquência.
Seu objetivo mais alto é agarrar, atingir a idéia primordial, a idéia-mãe que fecundará toda a vida humana, a fonte elevada e pura de onde derivarão, ao mesmo tempo, as verdades, os princípios, os sentimentos que inspirarão as obras importantes e as nobres ações.
É tempo de compreendê-lo: a civilização só poderá engrandecer-se, a sociedade só poderá subir se um pensamento sempre mais elevado, se uma luz mais viva vierem inspirar, esclarecer os espíritos e tocar os corações, renovando-os. Somente a idéia e o pensamento levam à ação. Somente a vontade de realizar a plenitude do ser, cada vez melhor, cada vez maior, pode nos conduzir aos cimos longínquos em que a ciência, a arte e toda obra humana, em uma palavra, encontrarão sua expansão, sua regeneração.
Tudo nos diz isso: o universo é regido pela lei de evolução; é isso o que entendemos pela palavra progresso.
E nós mesmos, em nosso princípio de vida, em nossa alma e nossa consciência, estamos sempre submetidos a essa lei. Não se pode desconhecer hoje essa força soberana que conduz a alma e suas obras através do infinito do tempo e do espaço, rumo a um objetivo sempre mais elevado; mas uma lei assim só pode concretizar-sepor nossos esforços.
Para fazer obra útil, para cooperar com a evolução geral e recolher dela todos os frutos, é preciso antes aprender a distinguir, a reconhecer a razão, a causa e o objetivo dessa evolução, saber aonde ela conduz, a fim de participar, na plenitude das forças e das faculdades que dormem em nós, dessa ascensão grandiosa.
Nosso dever é o de traçar o caminho à humanidade futura da qual ainda faremos parte integrante, como nos ensina a comunhão das almas, a revelação dos grandes instrutores invisíveis, do mesmo modo que a natureza ensina, por suas milhares de vozes e pela renovação eterna de todas as coisas, àqueles que sabem estudá-la e compreendê-la.
Vamos rumo ao futuro, rumo à vida sempre renascente, pelo caminho imenso que nos abre o Espiritismo!
Tradições, ciências, filosofias, religiões, iluminai-vos com uma chama nova; sacudi vossos velhos sudários* e as cinzas que os cobrem. Escutai as vozes reveladoras do túmulo, elas nos trazem uma renovação do pensamento com os segredos do além, que o homem tem necessidade de conhecer para melhor viver, melhor agir e melhor morrer!

* Sudário: espécie de lençol com o qual antigamente se envolviam os corpos dos mortos para o sepultamento. Mortalha (N.E.).

Léon Denis
O Problema do Ser

TENHA UM DIA FELIZ!

Sempre que o mundo desabava sobre minha cabeça, eu ia andar pela praia, próxima de onde morava.
Um dia encontrei uma bela garotinha de olhos tão azuis quanto o mar, construindo um castelo de areia ou algo parecido.
Oi, disse ela.
Eu respondi com um aceno de cabeça, não estava com humor para me aborrecer com uma criança.
Você quer me ajudar a construir meu castelo?
Hoje não. Falei pouco atencioso.
Eu gosto de sentir a areia em meus dedos do pé, ela falou sorridente.
Que boa idéia, pensei, e tirei meus sapatos. Um siri deslizou próximo.
Isto é um "alegria", falou a criança.
É um o quê?, perguntei.
Isto é um "alegria", livre pela praia.
Adeus "alegria", olá dor, murmurei comigo mesmo e continuei a caminhar.
Eu estava deprimido, mas a menina não desistia e perguntou: qual é o seu nome?
Eu sou Robert Peterson, respondi..
O meu é Wendy... Eu tenho seis anos.
Oi, Wendy.
Apesar de minha melancolia fui obrigado a rir e continuei caminhando.
Sua risadinha musical me seguiu.
Venha novamente, Sr. P., disse ela, animada.
Nós teremos outro dia feliz.
Meus dias foram atribulados e somente semanas depois é que voltei à praia.
A brisa era fria, mas eu andava a passos largos, tentando readquirir serenidade.
Tinha até me esquecido da criança, quando ela apareceu.
Oi, Sr. P., você quer brincar?
Não sei, que tal charadas? Perguntei sarcasticamente.
Eu não sei o que é isto, falou a menina.
Então me deixe continuar a caminhada.
Onde você mora? Perguntei-lhe.
Ali. Ela respondeu apontando na direção de uma fila de cabanas de verão.
Como você vai para a escola?
Eu não vou à escola. A mamãe disse que nós estamos de férias.
Ela tagarelou e quando eu ia voltar para casa, Wendy disse que tinha sido outro dia feliz. E havia sido mesmo.
Três semanas mais tarde, eu andava apressado pela praia, quase em pânico, quando a garota me alcançou.
Olhe, se você não se importa, hoje eu quero andar sozinho.
Ela me pareceu pálida e sem fôlego.
Por que?, ela perguntou.
Porque minha mãe morreu! Gritei.
Oh, então este é um dia ruim, falou a menina com ar de tristeza.
Sim, eu disse, e ontem e anteontem também. Vá embora!
Um mês depois disto, fui andar novamente na praia, mas ela não estava lá.
Sentindo-me culpado e admitindo para mim mesmo que sentia falta dela, subi até à cabana, e bati na porta.
Uma mulher jovem atendeu.
Olá, eu sou Robert Peterson.
Senti a falta de sua pequena menina e gostaria de saber se ela está bem.
Oh, sim, Sr. Peterson, entre, por favor.
Wendy falou muito do Senhor.
Eu tinha receio que ela estivesse lhe aborrecendo.
Se ela foi um incômodo, por favor, aceite minhas desculpas.
Não, sua filha é uma criança muito amável. Onde está ela?
Wendy morreu na semana passada, Sr. Peterson. Ela tinha leucemia. Talvez não tenha lhe contado...
A notícia me deixou cego e mudo, por alguns instantes...
E a mãe continuou: ela adorava esta praia e parecia um tanto melhor aqui. Aqui teve muito do que ela chamava de “dias felizes”.
Mas nos últimos dias, ela piorou rapidamente...
Minha filha deixou algo para o Senhor.
Entregou-me um envelope, com Sr. “P.” escrito em grandes letras infantis.
Dentro havia um desenho uma praia amarela, um mar azul, e um siri marrom.
Embaixo estava escrito: “Um siri vai lhe trazer alegria.”
Lágrimas rolaram de meus olhos, e um coração que quase esqueceu de amar abriu-se largamente.
Tomei a mãe de Wendy em meus braços e murmurei repetidas vezes: eu sinto muito, sinto muito!
O pequeno e precioso desenho está agora emoldurado e pendurado em meu escritório.
Seis palavras uma para cada ano de sua vida me falam de harmonia, coragem, amor e desinteresse.

História traduzida por Sérgio Barros, de autoria ignorada, recontada pela Equipe de Redação do Momento Espírita.