quarta-feira, 13 de abril de 2011

BOM DIA!

A perfeita sintonia do universo demonstra a grandeza de Deus.
Como podemos não confiar plenamente Nele?
Muitos dizem a boca cheia, tenho fé no senhor, cantam louvores entoando o quão Deus rege suas vidas, mas quando vem a dificuldade caem angustiados e revoltados.
A fé verdadeira é provada quando nos é tirado a tábua que nos mantem estabilizados.
Elas são tiradas pois precisamos aprender a nos manter sozinhos, e não se apoiar em ninguém; a nossa felicidade e as conquistas pessoais depender apenas de nós mesmos.
Por mais que estejamos no mesmo caminho, as escolhas são de cada um, pela nossa livre vontade.
Preste atenção, cuidado com aqueles que você escolhe para seguir, muitos estão indo para o precipício, e te arrastarão com ele.
Desapegue-se, confie, tenha fé.
Deus coloca em nosso caminho os desafios para que possamos provar a nossa fé Nele e em nós mesmos!
Pois aquele que não acredita em si, nada faz!
Abraço
Angel

O BOM PASTOR

Uma das principais simbologias usadas pelo Cristianismo é a da liderança representada por um pastor e suas ovelhas.
O Cristo tem sido apresentado durante os séculos como o Bom Pastor, e a humanidade, o seu rebanho - o conjunto de fiéis a ser dirigido ou orientado por Ele.
Todavia, precisamos entender que o Mestre é diferente do líder paternalista ou autoritário que age no pressuposto de que as criaturas devam ser conduzidas aos empurrões, a golpes de um cajado ou com um cão pastor nos seus calcanhares, com a finalidade de não se desviarem da rota certa.

O conceito de Guia Benevolente ou de Pastor das Almas é verdadeiro no que se refere à solicitude infinita de Deus, por intermédio de Jesus, para com suas criaturas, porém não deve ser entendido como atitude paternalista, quer dizer, dominação sufocante, objetivando à obediência cega.

Atualmente, sugere-se que os líderes não sejam protecionistas e que jamais utilizem a frase “estou fazendo isso visando apenas a seu próprio bem”, a fim de impor furtivamente suas idéias de direção e comando. Os aprendizes do Evangelho não se desenvolvem num clima de servilismo patético, ou seja, não devem ser conduzidos como ovelhas incapazes e inertes, ao som impositivo de um estalido da chibata.
O aprisco seguro, os campos de pastagens e as fontes de água límpida são fatores a ser estimulados pelos dirigentes espíritas aos seareiros iniciantes.
E não os regimes de austeridade paternalista, caracterizados pela tendência a uma eterna passividade que impede o desenvolvimento da própria manutenção física, psíquica e espiritual das criaturas.

Acreditamos que a rebeldia está submetida às forças educadoras da Providência Divina, razão pela qual ninguém precisa forçar ou literalmente “conduzir” os outros ao caminho certo; no momento exato, as leis naturais farão isso.

Um núcleo espírita cristão cresce quando todos se unem com a disposição de desenvolver suas habilidades, sem qualquer rigorismo ou imposições. Há quem acredite que um grupo apenas floresce quando as cabeças pensam de forma idêntica. A prática tem demonstrado o contrário: companheiros de índole e habilidades diferenciadas obtêm resultados surpreendentes nas tomadas de decisões e encontram com maior facilidade soluções criativas.

Nas searas de ação no bem, não conduzamos os trabalhadores ao redil da mesmice, mas sim às atividades da messe generosa da criatividade e do progresso interior.
O maior desrespeito para com um companheiro de jornada está na tentativa de o constranger aos nossos pontos de vista, sem considerar o que ele pensa, quer ou necessita. Manter um comportamento desinteressado pelas aspirações de liberdade manifestadas pelos liderados - ainda que no intuito de beneficiá-los
- é negar-lhes o direito básico à dignidade individual.

O Nazareno não conquistou as multidões que O seguiam sendo prepotente ou desinteressado de suas necessidades. Ele ouviu apelos e respeitou as criaturas. Por isso, não agiu sozinho; arrebanhou inúmeros candidatos ao entendimento da Boa Nova, pois não poderia transmitir sua mensagem particularmente a cada pessoa. Inspirou colaboradores e, assim, criou discípulos que, por sua vez, incentivaram outros obreiros ao serviço na Vinha de Luz.

O comando do Bom Pastor não implica obediência impensada a que se ame o próximo. Ao contrário, sua liderança induz as pessoas a amar ao próximo espontaneamente. Todo ensinamento, na missão do Mestre, reveste-se de profunda expressão figurada: “Já não vos chamo servos” - serviçais prestam serviços e apenas obedecem as ordens; “porque o servo não sabe o que o seu senhor faz; mas eu vos chamo amigos” - amigos compartilham sentimentos e ideais e participam das atividades de modo voluntário.

“Tudo o que ouvi de meu Pai eu vos dei a conhecer” -na amizade e no amor se repartem os bens imortais da alma.
Os verdadeiros líderes iluminam o lado positivo de seus liderados, revelando o que neles existe de bom e incentivando-os ao crescimento.
As ovelhas do rebanho do Senhor são convocadas ao aperfeiçoamento de seus sentidos interiores, para que possam por si mesmas perceber e interpretar, onde estiverem, a voz do comando amoroso do Bom Pastor.

Batuíra

MEDIUNIDADE

Como é possível ao médium controlar as manifestações dos Espíritos, mesmo violentos ou desequilibrados?
R - O pensamento do Espírito, antes de chegar ao cérebro físico do médium, passa pelo cérebro perispirítico, resultando disso a propriedade que tem o medianeiro, em tese, de fazer ou não fazer o que a entidade pretende. Quanto mais educar-se interiormente o médium, maior a dificuldade do Espírito em extravasar atitudes violentas ou desequilibradas.

Mesmo quando inconsciente, o médium é responsável pelo que ocorre durante as comunicações?
R - Na psicofonia sonambúlica, o médium cede com mais espontaneidade os seus implementos físicos para a comunicação do Espírito, mas afastado de seu corpo, é absolutamente consciente, daí a sua responsabilidade no controle do Espírito comunicante.

Qual a condição do médium na psicofonia consciente, na semiconsciente e na inconsciente?
R - Na psicofonia consciente o Espírito comunicante transmite, telepaticamente, às vezes, à distância, as suas idéias ao médium que as retrata com as suas próprias palavras. Na semiconsciente, o Espírito comunicante, através do perispírito do médium, entra em contato com este, atuando sobre o campo da fala e outros centros motores. Na inconsciente, afasta-se o Espírito do médium de seu próprio corpo, que mais livremente é utilizado pelo comunicante. Quando há inteira confiança entre ambos, é como se o médium entregasse um instrumento valioso às mãos de um artista emérito que o valoriza. Se o comunicante é rebelde ou perverso, o médium, embora afastado, age na condição de um enfermeiro vigilante a controlar o doente.

Deve o médium inconsciente esforçar-se por se tornar consciente?
R - O médium deve esforçar-se sempre para ser consciente de suas elevadas responsabilidades, mas quando é portador da psicofonia sonambúlica, ou inconsciente, tendo neste campo assumido compromissos espirituais, dificilmente, modificará o curso de sua tarefa, a qual, nem por isso, deixará de ser meritória.

Por quê determinados médiuns extravasam no campo físico as impressões de desequilíbrio ou rebeldia dos Espíritos comunicantes?
R - Faltam-lhes ainda os valores da auto-educação evangélica, porém à medida que se esforçam no estudo, na prática do bem e na vivência evangélica, irão superando as dificuldades da prática mediúnica.

OS QUE DIZEM SENHOR, SENHOR.

"Nem todos que dizem, Senhor, senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim o que faz a vontade do meu Pai.”

Muitos professam a missão de Jesus e o chamam de mestre, mas o que adianta chamá-lo assim se não seguem seus preceitos?
São cristãos que honram através de atos exteriores de devoção, se pegam as formas, se impõem aos homens, mas não a Deus.

Passam os dias em oração; assíduos frequentadores de templos, igrejas, centros espíritas, mas não se mostram melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes com seus semelhantes.
Alguns ainda se lembram de melhorar a si próprio, mas na primeira pressão exercida pela vida, voltam a seus hábitos antigos: revidando, respondendo a altura as ofensas, desertando do trabalho, demonstrando raiva, violência, se utilizando de palavrões no lar, tendo atos de pouca moral, julgando, censurando os irmãos, ou seja, desmentindo com atos o que dizem com os lábios.

Jesus nos diz que não esperemos dobrar a justiça de Deus pela repetição das nossas palavras e nem pelo dobramento dos nossos joelhos, por que o único caminho é o da pratica sincera da Lei do amor e da caridade.
E ele diz que:
"Todo aquele que ouve suas palavras, e as observa, será comparado ao homem sábio, que edificou sua casa sobre a rocha, e veio a chuva, e transbordou os rios, e assopraram os ventos, e combateram aquela casa, e ela não caiu, por que estava fundada sobre a rocha."
Todos nos estamos sujeitos as incertezas e mudanças drásticas neste planeta de provas e expiações em que vivemos. Perdemos dinheiro, perdemos entes queridos, sofremos acidentes, perdemos emprego, perdemos casa.
Tudo isso para aprendermos a ter desapego e fé, para desligarmos de todo sentimento de egoísmo e orgulho, para perceber que nada é nosso, que tudo pertence a Deus, e fé para acreditar que aconteça o que acontecer, terá sido pela vontade de Deus, que é infinitamente justo e bom.

A grande maioria se revolta contra Deus, outros aceitam a perda consciente por se tratar de uma prova ou expiação, no entanto continuam a viver suas vidas da mesma forma que viviam antes, preocupados com os pequenos problemas do dia a dia; oram, pedem proteção para que mais nada lhes aconteça e logo voltam a seu modo de existência, não conseguem ver nada além dos seus interesses imediatos, procuram manter a fé, mas recaem sempre nos mesmos erros, logo se arrependem, recriminando a si próprio, apesar de já terem decididos se reformar.
Mas este arrependimento só dura até que nova prova os faça demonstrar que na verdade evoluíram muito pouco.

fonte: Evangelho Segundo Espiritismo
MUITOS SÃO CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS- CAP XVIII
item.6
Palestrante: Francine

A ESPERANÇA NUNCA MORRE

O asilo de idosos recebeu naquela manhã mais uma senhora. Chegou calada, sentou-se em uma cadeira de rodas e mergulhou em lágrimas. O semblante traduzia a desesperança e a mágoa pelo abandono. Notava-se que o seu único intuito era aguardar a morte. Parecia que a sua volta tudo já morrera, igualmente.

Foi então que um jovem, que costumava visitar os idosos com regularidade, se aproximou. Tentou conversar. Mas ela se mantinha calada, num protesto mudo de rejeição aos homens que a haviam deixado ali. Longos suspiros escapavam do seu peito e as lágrimas rolavam, silenciosas. O rapaz brincou, perguntou e insistiu. Ela não conseguiu resistir. Sorriu e acabou por contar a triste história de sua vida.

Fora uma mulher muito rica. Com o marido, administrava sete fazendas. Com a morte dele, ela assumira os compromissos, ao tempo que cuidava da única filha. Quando a filha se casou, estranhamente foi se acercando da mãe. Começou a se interessar pelos negócios. Depois, foi a vez do genro. Tarefas divididas. Esforços somados.

Ela pensava em como tudo, um dia, deveria ficar para a filha e os netos. Talvez ela, em sua velhice, pudesse realizar algumas viagens que nunca se permitira. Aos setenta e dois anos, por insistência da filha, passou-lhe uma procuração, concedendo-lhe amplos poderes. Fora seu erro. Em plena posse de tudo o que um dia seria seu por direito, a filha aliou-se ao marido e em doloroso processo, conseguiu que a mãe fosse declarada incapaz.

Por fim, a colocaram naquele asilo, sem recursos. Não era para morrer de desgosto? Concluiu a senhora.
O jovem, reconhecendo nela os valores da liderança, da capacidade de trabalho, lhe falou do quanto ela poderia enriquecer outras vidas. Ela era uma pessoa com experiência administrativa.

Por que não se dispor ao trabalho naquela instituição, auxiliando o serviço de voluntários e funcionários?

Por que não reunir aqueles idosos todos, sem esperança, e lhes falar da terra, de grãos, produção, gado, semeaduras?

Afinal, muitos deles vinham do campo e com certeza gostariam de ouvir sobre o que fora a tônica das suas vidas, por um largo tempo.

Ela ouviu, ouviu e aceitou a idéia.

Levantou-se da cadeira de rodas onde se jogara e começou a agir.

Sua filha e seu genro lhe haviam usurpado os bens, arrancando-lhe as possibilidades de viver como desejasse.

Mas não podiam lhe destruir as conquistas interiores.

Ela tinha valor e esse valor podia ser usado em prol de outros desesperançados.

Ergueu-se, sacudiu a poeira da mágoa e começou a fazer sol em outras vidas, inundando-se de luz.

Se você está triste porque foi abandonado, lembre-se dos que nunca tiveram família, lar e afetos.

Se você está magoado porque lhe feriram, não permita que isso destrua o restante da sua vida.

Ninguém lhe pode tirar as conquistas realizadas, os talentos conseguidos e a imensa capacidade de amar que temos todos nós, espíritos imortais, filhos de Deus.


(texto da equipe de redação do momento espírita)