quarta-feira, 5 de outubro de 2011

BOM DIA!

Foram Teus ensinamentos,
Quando Homem peregrino,
Mostras do Amor em essência,
Porta-voz da Providência,
Lume de nosso destino...


Hoje, em horas incertas,
Na alegria ou desatino,
Eu Te encontro em minhas preces,
Pois sei que nunca me esqueces,
Jesus, meu Mestre Divino!

Oriza












A vida nos revela perante a luz divina o projeto de nossa existência.
Cada ser traz em si a consciência da missão que deve desempenhar.
O propósito de tal missão é solidificar em nossos corações a lei sublime do amor, pois o amor é causa e o efeito que deve reger todo nosso proceder.
Jesus mostrou o caminho para irmos ao encontro da paz e do amor.
Façamos como ele!
Exemplificou que os valores da alma transcendem as coisas terrenas.
De que vale possuir o mundo se perdermos nossa alma pelos caminhos da ilusão ?
Busque a luz!
Essa  luz que nunca se apaga e quanto mais escuro seu caminho ficar, mais ela brilhará.
Seja feliz meu irmão e faça os outros felizes também.
Que o amor irradie do seu coração.
Essa é a centelha  Divina que habita em nós
Muita paz
Que Jesus esteja sempre contigo em pensamentos e ações.
Abraço
Angel

ONDE ESTÁ O MEU MENTOR?

Nota-se uma certa tendência, na atualidade, das pessoas incorporarem, às suas vidas, novas idéias ou conhecimentos relativos à vida espiritual.
Estamos na "nova era" e todos já devem estar cansados de ouvir - e ler- que as coisas estão mudando e que o intercâmbio entre os mundos físico e espiritual tende a aumentar.
Nosso povo, conhecido pela facilidade de familiarizar-se com todos e com tudo, tem feito muitas "amizades" com os irmãos do "lado de lá".

Como a Doutrina Espírita é muito difundida por aqui, e diversas são as lições aprendidas por nós, alguns fatos têm se tornado muito popularizados e tratados de uma forma interessante - para quem se atenta a observar.
Dentre vários desses assuntos, o que nos chama mais a atenção, nesse momento, é o relacionado com o Mentor.

Anjos da Guarda, Guias, Mestres interiores, etc, nunca estiveram tão popularizados e tão íntimos como atualmente, na visão espírita de Mentor.
Quando, em "O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec, lemos as observações relativas a esses nossos amigos e protetores invisíveis, observamos a seriedade e o respeito com que Kardec se dirige a eles.

No livro "Nosso Lar", ditado pelo espírito de André Luiz a Chico Xavier, esse respeito e seriedade ficam muito mais evidentes, principalmente quando nos mostram o trabalho desses abnegados servidores do Cristo, de uma forma mais abrangente.
Observem que conotamos os mentores como "servidores do Cristo", e não "nossos servidores". Embora possa parecer o óbvio, não é o que acontece na prática. Somos surpreendidos , às vezes, ouvindo alguém dizer: "meu mentor é meu amigo, ele fecha os olhos para algumas coisas"; ou, "onde estava meu mentor para deixar isso acontecer?" Ou ainda: "se faço algo errado, não há problema, pois meu mentor me conhece e sabe que não fiz por mal".

Há também aqueles que, por estudarem superficialmente a Doutrina, acabam confundido - ou não - sua própria vontade e decisões com o que supõem ser a vontade do mentor. Tentam impor suas idéias e conceitos e, para dar o cunho de "ordem superior", concluindo seus argumentos com a célebre frase: "quem me pede para assim dizer é o meu mentor!"

Kardec demonstrou-nos, pela sua obra e, principalmente pela sua conduta, que a razão deve ser sempre utilizada quando tratar-se de intercâmbio entre os planos, pois além de ser um campo que necessita de muito estudo de nossa parte, podemos ainda, receber a influência de entidades espirituais que se aproveitem desse nosso descuido e causem danos a nós e aos outros.

A vida, quando encarnados, é de suma importância para o nosso progresso evolutivo. Toda ela é planejada exaustivamente pelos espíritos superiores, preocupados em que tenhamos um bom aproveitamento. Além disso, para que tenhamos sempre uma orientação segura no nosso caminho, permitem, por determinação do Altíssimo, que Espíritos sérios, evangelizados e cientes das realidades eternas, nos acompanhem na caminhada terrena.
Desnecessário deveria ser, enfatizar o respeito e gratidão que todos nós devemos a esses irmãos.

Ensinaram-nos os espíritos, através da razão de Kardec, que quando atribulações se apresentem às nossas vidas, devemos ter a certeza de que será apenas um remédio amargo, mas necessário para a saúde do espírito, e que, com a fé e a paciência que o Evangelho nos ensina (e que os mentores fazem o possível para lembrar-nos), em breve passarão.

Quem é nosso mentor, é uma curiosidade que muitos têm e desnecessária, por sua vez. Grandes espíritos passaram anônimos pelo planeta, realizando grandes tarefas pela humanidade e muitos outros continuam realizando da mesma forma.

O importante é entendermos - e praticarmos- os ensinamentos contidos na doutrina que abraçamos.
Respeitar e amar o nosso próximo é um dos grandes ensinamentos de Jesus, e pelo que aprendemos no Espiritismo, será que existe alguém mais próximo a nós do que o mentor?

Humberto Pazian

EU QUERO SER MÉDIUM

Embora muitos insistam em afirmar que a mediunidade é dívida, antes de qualquer outra coisa, baseando-se em uma afirmação de Emmanuel, (essa afirmação precisa ser melhor interpretada), na realidade, mediunidade é um sério compromisso que assumimos conscientemente antes de retornar à carne, seja por sugestão da espiritualidade superior ou por iniciativa nossa.

Mediunidade é o instrumento de nossa evolução e oportunidade de reparação de um mais que provável passado de erros. Recusá-la quando já estamos aqui, é fugir da responsabilidade, do compromisso, que assumimos no mundo espiritual, em detrimento de nós mesmos.

O Espiritismo está conosco há cento e cinquenta anos e ainda hoje a prática mediúnica claudica em muitas casas espíritas.
Não são raros os casos em que, logo na primeira visita, a pessoa é encaminhada ao desenvolvimento da sua mediunidade, mesmo não tendo nenhuma noção sobre como se processa o intercâmbio com os espíritos.
O resultado disso, inúmeras vezes, é desastroso: pessoas ficam apavoradas e com idéias erradas sobre o contato entre os homens e os desencarnados. E essa mentalidade é cultivada entre nós basicamente, pelo pouco ou nenhum estudo doutrinário, sobretudo das obras básicas.

Sabemos que o fenômeno mediúnico é um bom meio de atração para os que ainda não conhecem o Espiritismo, mas não se pode inverter a escala de valores das coisas.
O estudo, a divulgação da Doutrina Espírita e a reforma íntima, fundamentais para a vida futura do espírito imortal, devem ser as principais preocupações dos espíritas, principalmente dos dirigentes.

Milhares de pessoas, batem às portas dos centros espíritas, apresentando sintomas de mediunidade, desejando ser assistidas, a fim de se livrarem do desequilíbrio. Grande parte dos médiuns principiantes querem desenvolver a mediunidade, mesmo desconhecendo completamente o que isto significa, pois acreditam que, unicamente, na sessão mediúnica, desenvolverão sua mediunidade, seus obsessores serão doutrinados e alcançarão automaticamente o equilíbrio, a paz e a saúde. Em outras palavras, querem a conquista mágica e fácil, através do simples fenômeno mediúnico!

Grupos espíritas, sem conhecimento mais aprofundado do Espiritismo, ansiosos em aumentar o número de trabalhadores da casa, encaminham pessoas para a prática mediúnica, tão somente porque demonstram possuir mediunidade. Quando alertados, muitos dirigentes afirmam estar fazendo um ato de caridade, quando, na verdade, poderão estar promovendo uma tremenda desorganização psíquica, forçando o desenvolvimento mediúnico em pessoas despreparadas.
O erro torna-se muito mais grave, porque a pressa com o fenômeno mediúnico, torna o fenômeno mais importante que o próprio Espiritismo. E o resultado infeliz, da soma do despreparo dos dirigentes, com a persistente má vontade dos médiuns em estudar Espiritismo.

Repetimos: O estudo continuado, a divulgação incessante da Doutrina Espírita, – principalmente pelo exemplo – e a indispensável e indelegável reforma íntima, absolutamente fundamentais para a vida futura do espírito imortal, devem ser sempre as principais preocupações dos espíritas, principalmente dos seus dirigentes.

Escrito por Agnaldo Cardoso
Revista crista de espiritismo

O CÉU E O INFERNO

A explicação que a doutrina espírita oferece sobre as penas e gozos futuros é fruto da experiência direta com os espíritos.

As penas e os gozos são inerentes ao grau de perfeição dos espíritos.
Cada um tira de si mesmo o princípio de sua felicidade ou da sua desgraça.
E como os espíritos estão por toda parte, não existe um lugar circunscrito ou fechado que possamos chamar de paraíso, inferno ou purgatório. Existe o estado moral dos espíritos.


Quanto aos encarnados, esses são mais ou menos felizes ou desgraçados, conforme é mais ou menos adiantado o mundo em que habitam.

Inferno e paraíso são simples alegorias
Por toda parte há espíritos ditosos ou infelizes.
Os espíritos de uma mesma ordem se reúnem por simpatia e, quando são perfeitos, podem reunir-se onde queiram.

O “purgatório”
Por “purgatório” deve-se entender dores físicas e morais, ou seja, o tempo da expiação. Quase sempre é neste mundo que fazemos o nosso “purgatório”, onde Deus nos concede a chance de expiarmos as nossas faltas.
Então, o que se deve entender por purgatório?
Nada mais é que um estado de sofrimento físico e moral, consistindo geralmente nas provas da vida corporal, até que consigamos superar nossas provas, elevando-nos ao estado de espíritos bem-aventurados.

Sintetizando: Inferno é uma vida de prova extremamente penosa, com incerteza de uma melhora. Purgatório é uma vida também de provas, mas com a consciência de um futuro melhor.

Por “alma a penar” deve-se entender uma alma errante e sofredora, incerta de seu futuro e à qual proporcionar o alívio que muitos vezes solicita, vindo comunicar-se conosco.

Por “céu” não se deve entender um lugar onde os espíritos bons estejam todos aglomerados, sem outra preocupação que a de gozar, pela eternidade toda, de uma felicidade passiva. Céu é o espaço universal; são os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores onde os espíritos gozam plenamente de suas faculdades, sem as preocupações da vida material nem as angústias peculiares à inferioridade. As expressões “quarto, quinto céu” etc., indicam graus de purificação e, em consequência, de felicidade.

Foi por isso que Jesus disse: “ Meu reino não é deste mundo”.
É que o seu reinado também não consiste em um aglomerado de seus súditos neste planeta, mas se exerce unicamente sobre os corações puros e desinteressados.
Ele está onde quer que domine o amor do bem.

O bem só reinará na Terra quando, entre os espíritos que a virão habitar, os bons predominarem, fazendo com que nela reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade. Haverá a transformação da humanidade, ocorrendo pela encarnação, aqui, de espíritos melhores, que constituirão na Terra uma geração nova.

Os espíritos dos maus, que a morte irá ceifando a cada dia, e os de todos que tendem a deter a marcha das coisas serão daqui excluídos, pois que viriam a estar deslocados entre os homens de bem, cuja felicidade perturbariam.
Irão para outros mundos, menos adiantados, desempenhar missões penosas, trabalhando pelo seu próprio adiantamento e, ao mesmo tempo, pelo de seus irmãos ainda mais atrasados.

Escrito por Victor Rebelo

BRILHE VOSSA LUZ

Meu amigo, no vasto caminho da Terra, cada criatura procura o alimento espiritual que lhe corresponde à posição evolutiva.
A abelha suga a flor, o abutre reclama despojos, o homem busca emoções. Mas ainda mesmo no terreno das emoções, cada espírito exige tipos especiais.
Há sofredores inveterados que outra coisa não demandam além do sofrimento, pessimistas que se enclausuram em nuvens negras, atendendo a propósito deliberado, durante séculos. Suprem a mente de torturas contínuas e não pretendem construir senão a piedade alheia, sob a qual se com prazem. Temos os ironistas e caçadores de gargalhadas que apenas solicitam motivos para o sarcasmo de que se alimentam.
Observamos os discutidores que devoram páginas respeitáveis, com o único objetivo de recolher contradições para sustentarem polêmicas infindáveis.
Reparamos os temperamentos enfermiços que sorvem tóxicos intelectuais, através de livros menos dignos, com a incompreensível alegria de quem traga envenenado licor.
Nos variados climas do mundo, há quem se nutra de tristeza, de insulamento, de prazer barato, de revolta, de conflitos, de cálculos, de aflições, de mentiras...
O discípulo de Jesus, porém - aquele homem que já se entediou das substâncias deterioradas da experiência transitória -, pede a luz da sabedoria, a fim de aprender a semear o amor em companhia do Mestre...
Para os companheiros que esperam a vida renovada em Cristo, famintos de claridade eterna, foram escritas as páginas deste livro despretensioso.
Dentro dele, não há palavras de revelação sibilina.
Traduz, simplesmente, um esforço para que nos integremos no Evangelho, celeiro divino do nosso pão de imortalidade.
Não é exortação, nem profecia.
É apenas convite.
Convite ao trabalho santificante, planificado no Código do Amor Divino.
Se a candeia ilumina, queimando o próprio óleo, se a lâmpada resplende, consumindo a energia que a usina lhe fornece, ofereçamos a instrumentalidade de nossa
vida aos imperativos da perfeição, para que o ensinamento do Senhor se revele, por nosso intermédio, aclarando a senda de nossos semelhantes.
O Evangelho é o Sol da Imortalidade que o Espiritismo reflete, com sabedoria, para a atualidade do mundo.
Brilhe vossa luz! - proclamou o Mestre.
Procuremos brilhar! - repetimos nós.

Texto extraído do livro "Vinha de Luz", Chico Xavier (Emmanuel)
Pedro Leopoldo, 25 de novembro de 1951.