sábado, 8 de fevereiro de 2014

REQUISITOS PARA EDUCAR A MEDIUNIDADE


 Para educar a mediunidade há requisitos inamovíveis, sem os quais ninguém consegue desdobrar essas percepções.


O primeiro deles, estudá-la, conhecer as suas possibilidades e as demais. Conhecer o Espiritismo, que é a ciência que explica a mediunidade. Sem esse conhecimento a pessoa não passa do estado de superstição e de aventura, ainda mais, por causa do grande escolho à mediunidade, do grande perigo, que é a obsessão. (Fonte para estudo, O Livro dos Médiuns, cap. XXIII).
 
Sendo os Espíritos as almas dos homens que viveram na Terra, eles são exatamente os mesmos desvestidos do corpo físico. Bons ou maus, nobres ou indignos, honestos ou injuriosos e, estando a pessoa no desabrochar da mediunidade, em uma faixa de incerteza e de instabilidade emocional, sintoniza primeiro com os Espíritos levianos, que se lhe aproveitam da ignorância para prometer-lhe missões, funções especiais, posições de relevo, e mentindo, dizerem tudo aquilo que agrada à vaidade da criatura humana. (Fonte de estudo, O Livro dos Médiuns, cap. XVII, ítem 211 e O Livro dos Espíritos, pergunta 919).

Portanto, cumpre ao médium o dever de vigiar-se, para ter certeza de que é uma criatura humana falível, como uma outra qualquer. Portadora apenas de uma faculdade a mais que lhe pode ser instrumento de felicidade, como de ruína, de acordo com a finalidade que lhe dê.
A mediunidade não é boa nem má; o uso que se lhe dê tornar-lhe-á uma bênção ou uma desdita para o seu usuário.

A segunda função é o exercício. A mediunidade não é para um breve período como muita gente que treina uma semana e na seguinte abre um Centro Espírita, para atender à sua e à vaidade das pessoas que lhe são afins. Acreditando que o fato de abrir um Centro Espírita a mais, é um grande serviço que presta à Humanidade, pois que, não estando a pessoa convenientemente equipada, o que pode transmitir? Como conduzir, se ainda não sabe conduzir-se? Incidindo naquela prescrição de Jesus: "Cego que conduz cego, caem todos no mesmo abismo". (S.Mateus, cap. XV, vv 1 a 20)
 
Portanto, é um exercício para toda a vida. Porque, a pessoa que possui inteligência, não pode dizer amanhã: — "A partir de agora vou deixar de ser inteligente". A pessoa que aprende a ler e escrever não pode afirmar: — "De agora em diante não leio mais." Porque, onde quer que incidam as suas vistas, o que estiver grafado em seu idioma, ela o lerá, queira ou não, uma vez que é uma qualidade inerente à sua realidade humana.
A mediunidade, portanto, exige uma educação permanente e, à medida quem o médium vai educando as suas possibilidades psíquicas, mais amplas estas se lhe fazem, exigindo-lhe maior campo de ação e de vigilância.
 
"Educar-se incessantemente é dever a que o médium deve comprometer intimamente, a fim de não estacionar e, aprimorando-se, lograr as relevantes finalidades que a Doutrina Espírita propõe para a mediunidade com Jesus." 
(Joanna de Ângelis, no livro no Limiar do Infinito).

O terceiro requisito é a consciência de que é médium, para que lhe serve a mediunidade.

 "É necessário vigiar as entradas do coração e permanecer no posto da prece." 
(Joanna de Ângelis, no livro Convites da Vida)


Requisitos para educar a mediunidade
Divaldo Pereira Franco