sábado, 31 de janeiro de 2015

CRENÇA OU CONHECIMENTO?


O Espiritismo não é uma questão de crença, mas de conhecimento, por isso, Allan Kardec afirmou que: em matéria de Espiritismo, antes de crer, é preciso compreender. Portanto, o Espiritismo não é proselitista, no sentido de angariar adeptos a qualquer custo. O Espiritismo não pede para ninguém abandonar as suas crenças para segui-lo.

 As pessoas procuram o Espiritismo por diversas razões, contudo, a maioria o procura nas fases de dores físicas ou morais, quase sempre em busca de uma solução ou de uma cura. Destes, muitos alcançam o objetivo e se afastam, até que uma nova crise venha surpreendê-los. Outros continuam frequentando o Centro para receber passes, sem se aprofundar, nem que seja por alguns centímetros, no cerne da Doutrina. 

Um menor número se aprofunda no estudo e no conhecimento, e alguns passam a ser trabalhadores espíritas. Não é fácil se tornar espírita convicto, especialmente depois de ter passados por igrejas e religiões, porque o sedimento dessas crenças é difícil de ser retirado, e o novo adepto começa a sentir falta dos seus dogmas, dos seus ritos litúrgicos, dos hinos, das estampas de seus santos e começam a questionar, e não raro, ter o seu modo particular de fazer espiritismo. 

Não estamos condenando esses procedimentos, pois conhecemos pessoas maravilhosas, honestas, dedicadas ao próximo, médiuns sensíveis que em seus grupos espíritas adaptaram as velhas crenças às novas, fazendo uma amálgama filosófico-religiosa. As vezes essas coisas acontecem até mesmo nas instâncias mais altas, porque ainda encontramos o culto de personagens, até com estampas de suas figuras, como do Dr. Bezerra de Meneses, Meimei, Maria, mãe de Jesus. 

Alguns Centros adotaram hinários, outros, uniformes ou aventais. Há Também a criação de fraternidades com graus iniciáticos, o culto a um Jesus de olhar lânguido, com o coração fora do peito, ou as marcas dos cravos nas mãos e pés, tipicamente dos altares católicos. 

Reiteramos que o nosso intuito não é o de criticar, mas apenas mostrar como é difícil libertar-nos dos condicionamentos adquiridos em religiões que nos embalaram anteriormente. Aparentemente não há nenhum mal nessas misturas, entretanto ela nos afasta da libertação dos condicionamentos que estreitam a nossa visão doutrinária. 

Amilcar Del Chiaro Filho

Observação: No nosso grupo, fazemos o esforço de seguirmos os estudos diretamente do conhecimento da codificação, sem adotarmos pontos de vista de terceiros; obviamente; estudamos todos eles e até ilustramos em nossos estudos,

O CENTRO ESPÍRITA TEM DONO?

Dá conta de tua administração.”- Jesus. (Lucas, 16:2.) 

Procurando subsídios para uma palestra, folheava o livro Os Mensageiros(1), quando me detive de forma mais demorada no capitulo 34 intitulado “Oficina de Nosso Lar”. O que alguns anos atrás não me chamou a devida atenção ao ler o livro, desta feita me prendeu de forma especial, mais especificamente à frase em que Isidoro se dirige hospitaleiro a André Luiz: “Entrem! - A casa pertence a todos os cooperadores fieis do serviço cristão” Tal assertiva reportou-me imediatamente a um diálogo que tive com um confrade amigo meu, acerca da construção de um Centro Espírita, em que o mesmo fazia questão de afirmar a todo o momento; vou construir o meu próprio Centro. Pois não se encontrava muito à vontade na instituição a que pertencia. Tais afirmações, levou-me fazer, uma análise do assunto. 

Alguns irmãos, ao se sentirem melindrados, por algum motivo, nas instituições a que pertencem, libertam sentimentos negativos, como o egoísmo e o personalismo e saem a falar em altos brados: Vou fundar o meu próprio Centro! 
Não estou colocando em questão a iniciativa altruísta cristã de construir um Centro, mas sim a ênfase dada ao pronome possessivo MEU, que nos dá a clara ideia de posse. E estes irmãos, após terem construído os “seus Centros,” usam de forma mal disfarçada do termo MEU, para imporem regras e empecilhos aos que desejam integrar-se às tarefas enobrecedoras da casa, colocando explicitamente o personalismo nas tarefas que foram distribuídas anteriormente. 

Quando estes donos, presidentes e detentores também de outras tarefas e “cargos” da casa, são procurados por trabalhadores da instituição que discordam das suas linhas de pensamento, fazem prevalecer as suas condições de “donos de Centro” e suas opiniões se sobrepõe a tudo. Quem não estiver satisfeito que procure outra casa, aqui eu mando. Esquecem porém que um grupo espírita é um templo aberto à necessidade e à indagação de todas as criaturas, que não se resume, simplesmente, a simples propriedade particular, mas na sua profundidade maior, à condição de escola de amor cristão, de hospital, de oficina de trabalho e, especialmente, de nossos irmãos desencarnados, que trabalham para o Cristo. 

Tais lembranças reportam-me a ensinamentos de Emmanuel, no livro Fonte Viva, “Na essência, cada ser humano é servidor pelo trabalho que realiza na obra do Supremo Pai, e, simultaneamente, é administrador, porquanto cada criatura detém possibilidades enormes no plano em que moureja”. 1 - Os Mensageiros, livro da série André Luiz (FEB)

Warwick Mota

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Podemos perguntar...

Quem de nós jamais errou? 
Quem de nós nunca caiu? 
Quem está isento de falhas? 

Somos todos, espíritos da Terra, viajantes imperfeitos nesse vai e vem das existências, procurando acertar cada vez mais e aprender com os próprios erros. Olha para o passado, reconhecer os equívocos e seguir adiante: tal é a nossa grande missão. Apenas lamentar não vale. O remorso não é um bom conselheiro, mas o arrependimento é útil e conduz ao movimento, a reparação. A misericórdia divina, manifestada sob a forma da lei de ação e reação, oferece muitas oportunidades de reconciliação conosco mesmos e também com todos aqueles que magoamos. Teremos sempre uma nova oportunidade de aprendermos juntos a grandeza do amor. Não existem vítimas ou algozes, estamos todos sentados nos mesmos bancos escolares.


A bondade de Deus jamais condena; ao contrário, oferece sempre uma nova chance, que vai se manifestar muitas vezes em um convite para a prática da caridade. É só ter olhos de ver.

Fonte: Juventude Interrompida